4. Capitulo – O início da guerra.

4012 Words
No norte da Itália, próximo a Turim, considerada um lugar definitivamente perigoso, se encontrava desde bandido simples a homicidas doentios. Um lugar propicio para os ligantes da máfia se encontrarem. A polícia já não se surpreendia em encontrar cadáveres na rua logo cedo, por dia eram mais ou menos oito. Dante andava pelas ruas com os irmãos Rossi ao seu lado. O líder Girard tinha um semblante atroz nos olhos perolados em irritação. Adentrou num beco e pode visualizar Niccolo encostado na parede, observou que o mesmo usava um tapa olho, algo que era recente, e uma cicatriz podia ser vista. Algo havia acontecido com o líder Romano. Ao seu lado, os gêmeos Greco; Dado e Elia os principais integrantes da rede de interrogatório. Além deles havia uma meia dúzia de seguranças, o que não seriam de grande utilidade contra os irmãos Rossi. O fato de estar faltando o mais habilidoso da rede de assassinos que Dante controlava não passava despercebido por Niccolo. De longe seria reconhecível o porte inquisitório e intenso que Donovan possuía. Era um fato, o melhor da equipe de Dante estava servindo de babá para Kayla. Embora, Ítalo Marino tenha sido encarregado do novo segurança da primogênita do líder dos Salvatore, Dante ofereceu para Ítalo seu melhor assassino. Os dois mafiosos se olharam desafiadoramente. Niccolo não estava com aquele olhar calmo, estava tão intimidador quanto Dante. Ambos subordinados destravaram as armas, queriam estar preparados caso uma batalha fosse travada. - Me dê uma boa desculpa para não acabar com a sua raça. Declarou Dante de modo frio. Não gostava do olhar desafiador que Niccolo mantinha. Apesar do líder dos Romano temer o líder dos Girard não deixaria isso exposto. – Eu não tenho culpa de você ser tão desagradável, com inimigos por toda a parte. Dante continuou falando com a voz firme. - Eu fui atacado e não foi por bandidinhos qualquer. Eles tinham metralhadoras e armas que apenas mafiosos de elite possuem. Não foi só você que saiu no prejuízo, eles mataram três dos meus homens. Falou de modo frio. – Eu perdi um olho se não percebeu, enquanto você está intacto. Niccolo falou, mantendo o olhar frio. Dante escutava tudo com atenção tentando achar qualquer sinal de que as palavras de Niccolo eram mentiras para se livrar de sua ira. Todavia, estava notável que o fato narrado era verdadeiro, não somente pelo tapa olho, e a cicatriz visível em seu rosto, mas todos os seus subordinados tinham as vestes sujas, alguns de sangue. - Imagina quem foi o cretino que lhe atacou? - Matteo, aquele maldito está crescendo a cada dia, deixou de ser um mafioso de segunda categoria. Declarou Niccolo com rancor na voz. – Ele está recebendo ajuda e temo que seja de Ítalo Marino. - Ítalo? Dante pareceu surpreso ao escutar o nome do líder Marino. - As armas que os vermes nos atacaram usavam não era comuns, eram o tipo de arma que Ítalo trafica. Niccolo tirou o tapa olho, mostrando como o seu rosto tinha ficado. – Veja, acha que eu mentiria sobre esse ataque e cometeria essa atrocidade comigo? Ele mudou a expressão, mas seu timbre ainda era mais perigoso. – Por sorte, eu conseguir pegar um refém, vou interrogá-lo assim que chegar na mansão, talvez me atrase no jantar de Vincenzo. Quero chegar com todas as informações exatas para lhes informar e se ítalo também estiver envolvido eu vou fazer questão de meter uma bala na cabeça dele, quando o ver. - Niccolo acha que o ataque aos meus negócios e a você está relacionado com o atentado a Kayla? Dante parecia pensativo, encaixando cada peça do quebra cabeça. - Tenho certeza. Ele respondeu de modo firme. – Quem quer que esteja a liderar esses ataques está tentando eliminar a herdeira dos Salvatore, e acabar com os seus aliados sejam nos negócios ou na vida. Niccolo jogou uma revista para Dante. – E, nós também somos alvos. Dante visualizou a capa da revista e pode ver a foto do antigo líder Pallavicini, Fillipo. Na foto, Fillipo estava apertando a mão do prefeito de Nova York. Fillipo Pallavicini de origem italiana é um dos fortes candidatos para as próximas eleições para prefeito de Nova York... - Isso não é nada bom. Comentou Dante franzindo o cenho. Dando a revista para Conrado Rossi que soltou uma exclamação ao reconhecer o ex-líder Pallavicini. Leonel Rossi assobiou num gesto surpreso, ao reconhecê-lo também. - Está óbvio que ele está tentando conseguir aliados da máfia norte americana. Grande parte daqueles mafiosos são políticos. Comentou Conrado. - Sabe o que isso quer dizer não quer? Leonel perguntou, já sabendo a resposta. - A luta pelo poder da Cosa Nostra começa que eliminar os traidores e buscar aliados confiáveis, pois vai ser uma guerra sangrenta. ** A mulher de cabelos negros longos estava deitada sobre o homem de olhos claros. Apenas um lençol fino de seda cobria-lhes a nudez. Ela acariciava a franja desgrudando os fios negros da testa dele. Sorria para o semblante sério que ele teimava em conter. As mãos dele acariciava as costas femininas em um carinho provocante, gostava de sentir a maciez da pele da noiva. - Pietro, temos mesmo que ir a nessa reunião? Não estou afim de aguentar a Kay dando em cima de você. Marina estava aborrecida, mas os carinhos que ela fazia nas costas dele eram carregados de outro sentimento. – Sabe que eu sou ciumenta e odeio ter que ver aquela ruiva cor de cenoura se oferecendo para você. Marina era insegura quando se tratava de Kayla. Desde pequena conhecia a ruiva e sabia que ela era determinada a conseguir o que queria e sem dúvida Pietro era uma das coisas que Kay mais desejava. Outro fato que fazia aquela insegurança aumentar era a batalha que travaram para conquistar o coração do líder Pallavicini, Kayla não havia ganhado por pouco. “Kay é o tipo de mulher que qualquer homem gostaria de ter na cama. Ela é bonita, tem um corpo esbelto além de ser provocante...” Por mais que quisesse, Marina nunca havia apagado de sua mente aquelas palavras que vieram de seu noivo. Admitia que de fato Kay fosse mais bonita do que ela, afinal a ruiva tinha uma beleza que chamava a atenção por onde quer que fosse. Toda roupa, corte de cabelo ou maquiagem parecia se harmonizar no visual da Kayla. Pietro se levantou da cama, estava totalmente nu, dando total visão do seu corpo esbelto. Ele se virou antes de ir para o banheiro. - Marina, se eu quisesse alguma coisa com a Kayla acho que eu já teria te trocado por ela, não acha? Comentou sem qualquer emoção. Uma das coisas na qual ele não gostava de sua noiva, era aquela insegurança. “Certo, as vezes dava umas olhadinhas quando Kayla passava por ele usando aquelas minissaias, não tinha como negar. Mas, fora isso nada mais havia que o fizesse largar Marina para ingressar num romance com a ruiva”. – Fora que, não posso faltar em uma reunião quando Vincenzo nos convoca, ele é de grande ajuda nos meus negócios. E, eu quero que minha futura mulher vá comigo, por isso não insista para não ir, porque iremos. Marina também já havia se levantado da cama, ido até seu noivo. Aproximou os lábios do noivo e disse em um timbre de aviso. As mãos dela que antes se encontravam na franja desciam para os braços fortes arranhando-o de leve. - Não vou te perdoar se você der atenção para aquela mulherzinha. - Quem você acha que eu sou? Posso ser m*****o, corrupto, mas sou leal tanto aos meus aliados como a uma mulher que eu chamo da minha noiva. Ele tentava ignorar as mãos femininas que pareciam saber exatamente como toca-lo. Chamava a atenção de Marina como se ela tivesse o ofendendo. – Olha para mim, se eu quisesse flertar com outras mulheres eu não estaria de casamento marcado com você. - Amo você, Pietro! Marina pressionou os lábios contra os deles sentindo a língua masculina tocar na dela. Esperar que ele dissesse o mesmo era pedir demais, Pietro não era o tipo de homem que fazia declarações de amor diretas, tinha que aprender a entendê-las nas entrelinhas. ** Kayla em sua cama se encontrava deitada descansando antes de começar a se arrumar para o jantar. Havia sido um dia aborrecedor, desde manhã quando conhecerá Donovan, e ele fizera questão de acabar com o fã clube dela na universidade, até a hora da tarde quando ela pensou em se vingar e acabou novamente perdendo aquela “batalha”. Tudo que tinha acontecido, só lhe fizera odiar ainda mais o segurança. Ainda estava com raiva de Donovan pelo ocorrido no shopping. Lembrava-se da maneira que ele a havia provocado e depois a largado no chão sem qualquer delicadeza. O homem parecia ter duas personalidades, num momento era frio como um cubo de gelo o suficiente para se esquecer da existência dela e no outro era tão quente que a seduzia como ela fosse um objeto de conquista. Ela tocou na parte do seu seio em que a boca dele havia famintamente deslizado sobre a sua pele. Ainda sentia a sensação da língua molhada a acariciando. “Ele acha que eu sou alguma espécie de mulherzinha qualquer que ele vem e toca como quer e depois joga no chão como se fosse um saco de batata?” - Acho que dei muita liberdade para aquele cretino. Ela conversava consigo mesmo. – O que você está fazendo, Kayla? Ele é um mero segurança, você é a primogênita dos Salvatore e a obrigação dele é me proteger e não me fazer gemer até perder a voz. Ela balançou a cabeça em negativa. Donovan parecia ser uma espécie de amante que as mulheres não desejariam ter apenas por uma noite de amor. Ele não parecia o tipo de homem que namoraria sério, e sim o estilo boêmio que apenas via mulher como objeto. - Claro que ele é bem diferente de Pietro, ele, sim, é o homem perfeito para se casar comigo. Kayla tinha que admitir, sim, ela tinha sonhos infantis como entrar de véu e grinalda numa igreja com um homem, prometer juras de amor eterno, ter três filhos e viver numa casa no campo. “Mas como iria se casar com o seu príncipe se tinha a megera da Marina com ele?” – Não, é tarde, ainda tenho esperanças, de que Pietro não se case, afinal não marcaram a data do casamento. Levantou-se da cama decidida a se arrumar, e ficar deslumbrante para aquela noite do jantar. Ficaria tão bonita que Pietro iria desejar ter a escolhido em vez da testuda. ** - Tem certeza De Luca? Vincenzo estava interessado no que o segurança lhe dizia. Tiziano que estava num canto mais afastado, não estava com a cara de sono costumeira, escutando os relatos com atenção. - Sim, com certeza. Declarou. – Era Victor, e ele nos seguiu durante a tarde toda. Não estava sozinho havia outras pessoas suspeitas que pareciam sempre estar no mesmo lugar que a gente, olhavam a sua filha com interesse em excesso. Donovan tinha uma boa memória, e recapitulava o que acontecera naquela tarde, fazia o relatório que Vincenzo havia ordenado no final de cada dia, apenas havia ocultados as partes em que ele e Kayla haviam tido um contato não apropriado para um segurança e uma protegida. – Na minha opinião a qualquer momento eles vão atacá-la por isso peço que me ceda alguns homens. Eu posso ser bom, mas não vou ter como atirar em vinte de uma vez. - Hum... Vincenzo murmurou, pensando no que faria. Donovan tinha toda a razão, o mais sensato era contratar alguns homens bons de mira que fossem confiáveis. Levantou-se e foi até o armário do escritório pegando um celular de última geração e entregando ao moreno que esperava as ordens dos próximos passos. – Esse celular tem todos os telefones e endereços de lugares seguros que você possa se esconder com Kay, além de ter o número de contatos importantes, caso necessite deles em algum requisito. Ele procurava alguns dos seus charutos. Vincenzo finalmente achou as caixas de charutos e notou que ela estava vazia. Olhou para Tiziano esperando o homem de confiança lhe explicar o motivo de não ter nada que pudesse fumar. – O meu telefone também está aqui. Além de informações especiais sobre todas as pessoas suspeitas e os seus subordinados, e sim, possui um rastreador, caso Kayla fuja e você possa localizá-la facilmente. Ele continuava olhando para Tiziano, e não parecia muito feliz. - Já mandei um dos empregados comprar os seus charutos alguns minutos, mas ele não chegou ainda. Disse de forma entediada. - Ligue para ele e diga que se não aparecer com os charutos em três minutos eu vou matá-lo. - Isso é complicado... os empregados não usam celular, chefe. - Encontre-o ou então vá comprar você. Declarou Vincenzo irritado, sem se importar de Donovan estar escutando a discussão por motivos tão banais. O segurança agora sabia de quem Kayla tinha herdado aquela futilidade. - Se eu não tiver os meus charutos em três minutos eu te mato no lugar do infeliz atrasado. Tiziano nunca pareceu tão bem disposto quanto naquele momento. Levantou-se rapidamente até a porta se retirando. Donovan não simpatizava com o homem de confiança dos Salvatore. Lembrava-se das vezes em que se encontraram. Voltando a se sentar na poltrona Vincenzo olhou para Donovan e disse sério mirando os olhos do assassino. - Donovan se houver uma luta entre os mafiosos quero que esteja ciente que sua missão é arriscar a vida por Kay. Vincenzo visualizou o moreno esboçar um sorriso sarcástico como se dissesse com aquele gesto que só ordens não bastava para ele faze-lo. – Se for preciso pago mais. Vincenzo sabia que o único que teria a capacidade de talvez conseguir manter Kay viva era De Luca, por isso contratara o melhor e queria manter aquele contrato pelo menos até matar a mente diabólica que planejava aquela guerra. - Quinhentos e dez mil dólares de bônus além do salário que você vai me pagar por mês de trezentos e noventa e oito mil e setecentos e sessenta dólares. Esse é o preço para arriscar a minha vida. - Hum...Então esse é o valor que você acha que vale a sua vida, De Luca? Perguntou Vincenzo, de modo irônico. - Não! Falou de modo sério, um tom de total desligamento olhando para o pacote de dinheiro que Vincenzo tirava de uma das gavetas. – A minha vida não vale nada. ** Bianca andava pelas ruas em busca de uma confeitaria. Levaria um bolo para Kay, a amiga parecia tão desanimada ultimamente. A intenção do doce seria animá-la. A ruiva era louca por bolo de chocolate com recheio de prestígio, eram poucas as confeitarias que faziam esse tipo de bolo já que não era uma receita Italiana. Pasticceria Regoli tinha todas as variedades de doces. A noite já havia caído e apenas três seguranças a escoltava. Não gostava de andar com aqueles brutamontes, todos na rua lhe olhavam como se fosse diferente, não conseguiam enxergar além da mulher que era escoltada para onde desejava. Bianca entrou na loja de doces. - Boa noite! Exclamou com alegria, e procurou escolher rápido o bolo. Não olhou para trás para ver quem era o outro comprador que adentrava a local. Sua atenção apenas se voltou para porta quando o grito de terror da atendente fez-se ouvir, os seguranças ao lado da herdeira Camorra exclamaram um grito agonizado. Um caiu no chão ainda vivo, porém sem conseguir de mover. O outro morreu instantaneamente com um tiro na cabeça, o sangue lhe escorrendo sobre a face e os olhos mortos abertos tornavam-no uma visão de um filme de chacina. O terceiro caíra sobre o vidro de doces e depois de alguns segundos recebendo mais tiros faleceu. Seu sangue escorria pelo vidro fazendo com que tanto os olhos da atendente como os de Bianca enchessem de lágrimas pelo pânico que começava a lhes dominar. - Emi-li-a-no. gaguejou a herdeira Camorra após visualizar o homem conhecido. Era um dos empregados do líder da Girard já havia visto-o algumas vezes na mansão e definitivamente achava-o falso e nojento. Odiava a maneira que os olhos amarelados a fitava como se a comesse com os olhos. - Tragam a outra mulher até aqui! Ordenou apontando para a atendente que tentava fugir pela porta dos fundos. Os subordinados de Emiliano correram até a atendente pegaram-na com agressividade, jogaram-na nos pés do patrão como se fosse um saco de lixo. Emiliano pisou na cabeça da mulher escutando-a dar um grito de dor e medo. Bianca apenas observava rezando para que fosse um pesadelo, as lágrimas já lhe acumulavam nos olhos começando a lhe escorrer pela face. - É melhor você vir comigo quietinha se não quiser que eu meta bala na cabeça dessa v***a aqui. Emiliano destravou a pistola e apontou para a mulher na qual pisava. Ele sabia do coração bondoso e ingênuo que a líder Camorra possuía, por isso Dante virara o líder, aquela mulher tola não tinha capacidade para matar nem mesmo uma mosca. A esperança de Bianca era alguém na rua notar o que acontecia no local. Todavia a loja não era rodeada de vidros quem estivesse do lado de fora não conseguia ver o que se passava do lado de dentro da loja. As armas estavam com silenciador impedindo que os barulhos dos disparos ressoassem. -N-não p-precisa m-machuca-la. Exclamou a mulher de olhos perolados. Tremendo Bianca deu alguns passos para frente com as mãos para o alto num gesto de rendição. O homem de olhos amarelados fez um movimento com as mãos, os seus subordinados agarraram Bianca pelos braços e a levaram para mais perto. Os olhos cobiçosos admiraram os lábios carnudos e rosados que a herdeira Camorra possuía, passou a língua sobre a boca maliciosamente. Seria divertido se vingar de Dante. - O q-que quer c-comigo? Com a pergunta dela ele lhe lançou um sorriso m*****o, olhou Bianca da cabeça aos pés e não respondeu. A herdeira Camorra sentia um mau pressentimento. A maneira que Emiliano lhe olhava passava impressão que aquela seria a pior noite de sua vida. ** - Bianca não chegou? Dante perguntou irritado, para um dos seus seguranças ali. Ele havia chegado na mansão, logo após receber uma mensagem dela dizendo que não demoraria a chegar. - Ela saiu daqui dizendo que iria comprar um bolo no Pasticceria Regoli, mas até agora não voltou. Falou que não precisava tanto segurança com ela. Está com algum tempo que ela saiu. O segurança respondeu. Dante arqueou uma sobrancelha. Pegou o celular e discou o número dela, queria se certificar que aquela demora não havia relação com nada que pudesse colocar Bianca em perigo. Havia ligado três vezes e nas três o celular havia caído na caixa postal. Passou nervosamente os dedos nos fios castanhos e então andou apressadamente para a entrada da mansão. - Nidale venha comigo! Disse ríspido entrando na limusine, a loira apenas atendeu a ordem do chefe. Após a assassina ter entrado no carro Dante disse ao motorista mostrando irritação na voz. – Leve-me ao Pasticceria Regoli, rápido! Sentia que alguma coisa de r**m estava acontecendo. Iria castrar o infeliz que fizesse m*l a Bianca. "Nunca vou me perdoar se alguma coisa acontecer!" ** Ítalo conversava no escritório com Vincenzo enquanto os seus seguranças estavam espalhados pela sala conversando entre si ou com os empregados do chefão Vincenzo. Donovan parecia não querer se socializar, se encontrava encostado na parede com os braços cruzados sobre o peito. Olhava atentamente para o local certificando-se de que não, havia qualquer movimento suspeito. Seguranças poderiam ser subornados e assim trair os seus patrões, por isso o moreno se mantinha atento, não confiava em ninguém ali presente. Kayla estava próxima à janela. Usava um vestido preto tomara que caia que ia até os joelhos. Uma roupa recatada para alguém que normalmente usava vestes mais provocantes. Os cabelos ruivos soltos caindo sobre as costas. A maquiagem estava leve, apenas os lábios estavam bem destacados numa tonalidade carmim. Estava bonita com uma aparência mais madura apesar de por dentro ser a mesma Kay de sempre. Abria a cortina a todo o momento, nervosa como se esperasse ansiosa por alguém. - Tá esperando por alguém menina? Donovan se aproximou furtivamente assustando a ruiva. A aproximação do segurança não fora pelo interesse na herdeira de Vincenzo e sim pelo fato de muitos homens ali presentes estarem olhando a ruiva de esguelha. Queria mostrar a eles que Kayla não estava desprotegida, era pago para isso. - Ahhhhh! não me assusta assim assombração! Kayla colocou a mão no peito tentando com esse gesto diminuir o ritmo das batidas. – Não é da sua conta se eu espero ou não alguém. Kayla voltou-se para janela ignorando o moreno ao seu lado. Foi quando a ruiva viu a limusine preta conhecida se aproximando. Ele tinha chegado... Seu príncipe. O carro parou e o motorista abriu a porta para o patrão sair. O coração da ruiva disparou ainda mais rápido ao ver o moreno de orbes ônix sair todo elegante com um smoking cinza e os cabelos arrepiados. Estava lindo como sempre. A pose altiva o ar sério e dominador. Não importa quantas vezes o visse a sua reação era sempre a mesma... Hipnotizada. "O príncipe dos sonhos. Aquele com quem delira todas as noites a espera de um beijo, toque ou afago. Planeja uma vida juntos em que tudo começa com um casamento inesquecível e termina numa velhice de mãos dadas se amando. Pietro como eu te quero para toda uma vida..." O sorriso e os pensamentos de Kayla foram interrompidos quando os olhos verdes miraram uma mulher de cabelos negros e orbes esmeraldas descendo do carro e postando-se ao lado de Pietro. Ela rodeou o braço do noivo e lhe deu um sutil selinho nos lábios. Usava um vestido rosa de alcinha de pano fino e cintilante. Os dois andavam até a porta de entrada com os braços enroscados. Um casal no mínimo elegante. "Então vem a BRUXA TESTUDA e me rouba o príncipe. Tenho certeza que aquela horrorosa jogou um feitiço ou deu uma poção do amor ao Pietro. Como ele prefere aquela lambisgóia despeitada do que a mim? Será que ele é o tipo que prefere as feinhas?" - Ele prefere as inteligentes e maduras. Um par de p****s e pernas não é tudo numa mulher para fazer um homem se apaixonar. Kayla desviou a atenção da janela para Donovan. Ele lhe falava como se lesse os pensamentos da ruiva. "Ótimo agora ele pode ler os meus pensamentos." Pensou irritada. - Por acaso você é um tipo de telepata? Era só o que me faltava e eu achando que você já era irritante o suficiente. Kayla fechou a cortina bruscamente e colocou as mãos na cintura impacientemente tentando matar Donovan com o olhar. - Você disse alto que a BRUXA TESTUDA te roubou o príncipe. Ele parecia nem ligar para a ira da herdeira Salvatore. - Que seja! Disse batendo o pé no chão. O barulho que o salto estalou fez com que algumas pessoas próximas desviassem a atenção para o segurança e a princesa da máfia que começavam uma milésima discussão naquele dia. – Por acaso você quis dizer que aquela testuda sem sal nem pimenta é mais inteligente que eu? PIOR disse que ela é mais mulher. - Disse. - Que mau gosto! Se você quer saber eu sou muito mais inteligente e muito mais madura. Ela respondeu lhe encarando. – Só por que aquela lambisgóia tem um pouco mais de experiência com o sexo masculino do que eu, não quer dizer que ela seja mais mulher. Kayla fez um beicinho que lembrava uma criança birrenta. – Pietro logo vai notar que escolheu a pessoa errada. - Eu escolhi o quê?
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