Capítulo 90

1256 Words
Caroline Narrando - Depois que os meninos almoçaram subi e mandei o Digão lavar a louça, mesmo reclamando ele lavou. Tomei um banho e comecei a separar as poucas coisas que tinha aqui pra poder levar para o quarto dele que agora será nosso. Confesso que estou um pouco insegura e nervosa com tudo isso, nunca namorei. Agora estou praticamente casada e isso é muito louco. Já percebi que ele não respeita muito o tempo certo das coisas e eu super entendo, uma coisa que ele não tem nessa vida que escolheu é tempo. - Fiquei arrumando minhas coisas e pensando sobre tudo. A vida dela é cheia de intercorrências, ele pode ser preso e eu tenho que visitá-lo, ele pode ser baleado ou até mesmo morto. Será que tenho estrutura psicológica para lidar com tudo isso? Só em pensar que pode acontecer algo com ele, as minhas pernas treme e m*l consigo respirar. - Não sei o que o destino tem reservado para nós, mas só peço a Deus que a gente tenha ainda muito tempo para construir o nosso futuro e tudo o que queremos um com o outro. - Peguei minhas coisas e fui levando para o nosso quarto, organizei em um lado, não precisei nem tirar as coisas dele, não tenho quase nada aqui hahahahah. Aproveitei e ajeitei as coisas dele que estavam fora do lugar, ele é muito organizado e eu fico aliviada com isso. Morar com homem bagunceiro não dá certo, o que eu sofria com o Antônio não está escrito. - Gente, eu nunca vi tanta roupa na minha vida, esse homem tem roupas até na etiqueta, que exagero. - Ouvi o barulho da porta do quarto se abrindo e ele entrou. Digão: Já arrumou suas coisas ai? Quer que eu tire algumas pra te dar mais espaço? - Disse entrando no closet. Caroline: Não precisa, não tenho muita coisa aqui. Coube tudo direitinho em uma só gaveta, fica tranquilo. Só acho que você pode tirar um pouco de roupas para doar, tem roupa até na etiqueta e eu duvido muito que use isso tudo. Digão: Verdade, outra hora você me ajuda a fazer isso. Você precisa comprar roupas e suas coisas, já te falei isso. Agora vamos deitar pra descansar o almoço. - Falou me abraçando e me dando um beijo. Caroline: Você ta um preguiçoso em cara, vamos. - Disse indo em direção a cama. - Dormimos a tarde toda, quase noite. Ele é demais cara, me fez dormir a vida. Levantei sem acordar ele, tomei um banho e coloquei um top e um short larguinho e desci pra fazer um bolo pra gente tomar café, já que não vou fazer janta, um cafezinho eu vou fazer. - Cheguei na cozinha e comecei a preparar as coisas para fazer um bolo de chocolate com morango. Comecei a preparar a massa, untei a forma e já coloquei no forno, depois fiz a calda e só falta o morango que aqui não tem. Tem um mercado aqui na esquina, vou lá rapidinho comprar. Subi e fui nas minhas coisas, peguei meu dinheiro, desci rápido e fui lá comprar e já voltei rápido. - O bolo já fico pronto, já tirei do forno e o cheiro tomou conta do lugar. Tirei a parte de cima do bolo, coloquei a calda no meio depois tampei, fui decorando o bolo com a calda em cima e os morangos depois de limpos e higienizados, fiquei feliz e satisfeita com o resultado. - Espremi umas laranjas para fazer um suco bem gelado, nenhum suco supera o da própria fruta, prefiro mil vezes do que um refrigerante. Coloquei tudo na mesa bonitinho e fui chamar ele para comer. Subi as escadas e entrei no quarto, sentando próximo a ele. Caroline: Amor, vamos comer? - Susurrei, encostando a boca na orelha dele. - Ele resmungou algumas coisas que eu não entendi nada hahahaha mas logo abriu os olhos. Digão: Ham? - Disse meio aéreo e com a voz de sono. Caroline: Fiz um café da tarde quase noite pra gente, vamos lá antes que esfrie o bolo. - Ele se espreguiçou e foi levantando. Digão: p***a, o cheiro esta vindo aqui. - Sentou na cama esperando a alma voltar pro corpo hahahaha. Caroline: Está com fome né? Digão: Tu não imagina o quanto, morena. - Falou passando as mãos sobre minha coxa e apertando de leve. Caroline: Será que tu só pensa nisso? Vamos logo Diego, to morrendo de fome. - Falei indo em direção a porta e descendo as escadas. - Logo depois ele desceu e ficou no último degrau da escada olhando a mesa posta, fiquei com um pouco de vergonha mas fingi normalidade. Digão: c*****o, tirou muita onda, morena. - Falou sentando sobre a mesa, sentei e servi a gente com o bolo e suco. Caroline: Que exagero. - Falei meio sem graça hahaha. Digão: De onde veio esses morangos? - Disse colocando a metade da fatia de bolo na boca, meu Deus, muito Shrek. Caroline: Ué, eu fui comprar. - Falei distraída. Digão: Não me diz que tu saiu assim? - Me olhou incrédulo e metralhando com os olhos. Caroline: Assim como? Digão: Com essa roupa Caroline. Caroline: Sim, qual é o problema? Digão: O problema é tu com essa roupa saindo por aí enquanto eu estava dormindo, cheio de seguranças no portão. Você é minha mulher, Caroline. Cadê o respeito? Tu só pode ta de s*******m. Cadê tua postura? Caroline: Não tem nada demais na minha roupa. Para de agir dessa forma possessiva, não tinha quase ninguém na rua e lá fora são seus seguranças. E a minha postura continua no mesmo lugar, não é o que eu visto que coloca o meu caráter e minha postura em jogo. Digão: São meus seguranças mas são homens do mesmo jeito, você tem noção do que se passa na cabeça de um homem? Você saindo com esse top e com esse short que não cobre nem a sua b***a toda. Caroline: Você está exagerando e problematizando tudo. Digão: Problematizando não, você tem que entender que é minha mulher, Caroline. E minha mulher não fica andando assim pela rua, tem que ter mais maldade nos bagulhos. Você não tá na Disney não, aqui é o Alemão. - Falou meio puto se levantando e saindo da mesa. Caroline: Se sou tua mulher, me respeite como tal. Não sou tua propriedade, então fala comigo direito. Lá fora tu pode ser o brabo, mas aqui dentro se tu for, ai serão dois brabos. - Disse estressada me levantando e subindo as escadas. - Tudo bem você sentir ciúmes, é até normal e compreensível, dependendo é até saudável pra relação. Mas no caso dele já é doença, euem maluquice. Agora tu ver, ele acha mesmo que vai mandar nas minhas vestes, vai passar um perrengue comigo. Não sou de colocar roupa curta, gosto de roupas confortáveis, mas agora ele vai ver. Vai dormir lá em baixo só pra deixar de ser babaca. - Tranquei a porta do quarto e fiquei vendo TV, não vai entrar aqui hoje até a minha raiva passar e se passar. Agora que ele soque aquele bolo todo no cu, perdi até a fome. Sou muito tranquila, mas quando estou com raiva prefiro ficar na minha, porque se não falo coisas pra acabar com a pessoa mesmo, esse é meu traço tóxico. - Peguei meu celular e vi a mensagem no w******p da Luana, vou ligar pra minha mãe, preciso escutar a voz dela.
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