Capítulo 88

721 Words
- Eu e urso saímos do carro e ficamos mais a cima, o cara abaixou o vidro do carro mas não consegui ver quem era, saiu arrancando com o carro e deu uns quatro tiros pro alto e o VT deu um tiro no pneu traseiro, o carro rodopiou, mas o cara sumiu das nossas vistas. Sai correndo mais pra cima do morro, até que os homens armados subiram e o VT veio até aonde eu estava armado até os dentes. VT: Tá tudo bem? Luana: Está sim, quem era? VT: É o que eu preciso descobrir, você tem foto do cana que tu estava saindo? - Falou um pouco grosseiro mas relevei por conta do nervosismo. Luana: Tenho. - Mostrei uma foto pra ele do Otávio. VT: Era ele que estava te seguindo, acho que agora você precisa tomar algumas medidas e mais cuidado, liga pra sua mãe. Pergunta se ela está bem. Luana: Ta bom, me afastei e liguei pra minha mãe, ela disse que está tudo bem, não vou falar nada pra não preocupar ela. Desliguei a ligação e vi o Digão descendo. Digão: Qual foi, o que tá pegando? VT: O policial lá seguiu ela vindo pra cá, o Urso que foi buscar ela. Ele seguiu eles até aqui, e ainda deu quatro tiro pro alto, tá desacreditado. Digão: Reforça a barreira, não quero ninguém subindo que não seja morador. Amanhã nós vai decidir o que vai ser feito. Aqui ele não vai subir, ta suave. VT: Aqui ele nem tenta subir, descarrego minha Glock na cara dele. Suave, vamos subir. - Digão deu a volta com a moto e subiu, entramos no carro com o Urso indo em direção a casa do VT. Chegamos em frente a casa dele, saímos do carro, o Urso estacionou e ficou ali com os seguranças que estavam no portão, entramos. Chegamos na sala e eu notei ele meio estranho mas fiquei na minha, sentei no sofá sem falar nada e esperei ele querer falar algo. VT: Esse cara é perigoso, você precisa tomar cuidado. Não conhece ele e não sabe do que ele é capaz. Luana: Ele nunca pareceu ser agressivo, realmente eu não o conheço. VT: To meio bolado, minha cachaça já foi até pro c*****o. Vou subir pra tomar um banho, me espera aqui e fica a vontade, a casa é sua. - Ele subiu e eu fiquei aqui perdida nos meus pensamentos. As vezes a gente faz cada merda na nossa vida que pode respingar nas pessoas em que mais amamos, se ele faz algo com minha mãe? Eu nem sei o que faria, não temos uma figura masculina por trás de nós, infelizmente nessa sociedade machista a mulher só é respeitada quando se tem um homem por trás dela. Não demorou muito e ele voltou com uma carinha bem melhor, o que eu não entendo é que ele estava bêbado e agora está sóbrio. Que loucura hahaha VT: Qual foi que tá me olhando assim? Luana: Achei que tivesse bêbado. VT: Brabão do pai ficar bêbado, sempre na atividade. - Disse sentando no sofá ao meu lado. Luana: E porque você ficou estranho? Acho que já conversamos sobre o Otávio e achei que tivéssemos resolvido essa questão. VT: Resolvemos pô, mas não posso negar que isso ainda me incomoda. Luana: Te incomoda em que? Queria tentar te entender mas é bem difícil as vezes. VT: Me incomoda porque tu escolheu o cara e não eu pô. Se tu não tivesse descoberto tudo, você ainda estaria com ele e não aqui comigo. Luana: Não é verdade. O Otávio foi uma válvula de escape pra mim não ficar sozinha, ou melhor. Não me sentir sozinha, eu não fiz uma escolha, a vida só seguiu. Se você tivesse me procurado, talvez nem ter saído com ele eu teria, mas não foi o que você fez e não te culpo por isso. As coisas aconteceram porque tinha que acontecer. VT: Não te procurei e já te falei os meus motivos e também não vale a pena a gente ficar falando disso, já passou. O que importa é daqui pra frente. Luana: Assim que se fala. VT: Quer comer alguma parada? Luana: Não, jantei antes de vir. VT: Então bora subir lá pro quarto, preciso esticar as pernas hahahahah. Luana: Vamos.
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