SEQUESTRADA PELO DONO DO ALEMÃO - CONCLUÍDO

Capítulo 135

Larissa Narrando

- Não sei em que rumo vai parar a minha vida, no dia que o VT disse sobre eu arrumar um trabalho, vi que essa era a forma de tê-lo por perto, tinha saído de manhã para ir no bar do seu João ver se tem vagas e me deparo com os dois saindo da padaria, fiz aquele escândalo mesmo. Nunca andou comigo na moto, nunca me levou nem pra comer um X tudo e com a p**a que tá chegando agora, ele levou até pra tomar café. Só que ela não é de bobeira e me acertou, mas isso não vai ficar assim. Esse Rostinho bonito que mamãe fez, c****a nenhuma bate. Já vai fazer um mês que estou trabalhando e m*l dá para sobreviver, com o que ganho lá, tá insustentável. E como não tenho tido nada com ele, a ajuda que eu achei que ele fosse me dá, não aconteceu. Pensei em voltar até fazer uns Jobs por fora, mas chego em casa tão cansada que não consigo.

- O que elas fizeram no dia do pagode foi o auge pra mim, isso nunca foi permitido aqui. Aí só porque é mulher deles, elas podem tudo? Nada disso. O que é pra um, é para todos. Nicole ficou toda marcada e bem feito também, falsa pra c*****o. Antes da prima dela chegar, estava fechada comigo. Agora quer jogar dos dois lados, mas comigo isso não rola. Ou você está comigo, ou não tá.

- A prima dela pra mim não tem vez, ela é o menor dos meus problemas. O ódio que o VT tem dela, não tá escrito. Então, por mais que ele pudesse ter algum sentimento por ela, o ego ferido de ter sido deixado, não vai deixar ele ter envolvimento com ela novamente. Meu problema é com a mulher dele, porque agora é até mulher né. É um tal de fiel pra cá, fiel pra lá e eu já to até vendo que vou ter que ser mais sagaz, se eu não quiser perder de vez.

- Elas estão na associação e os moradores amando né, cambada de mortos de fome. Quem não vai amar, ficar ganhando cesta básica quase sempre? Uma p***a de um telhado cai, vá lá e elas resolvem. Tudo mercenários e interesseiros. Fora as mães que deixam as crianças lá pra fazer atividades e se livrar dos filhos. Por isso elas estão sendo amadas hahahahah.

- Sendo que quem deveria trabalhar na associação são pessoas que moram aqui desde sempre, conhecem a realidade da favela e suas necessidades, sabem como funciona isso aqui. Então resolvi que hoje vou na boca, pedir o Digão para trabalhar lá, vamos ver se ele vai deixar. Óbvio que isso faz parte do meu plano, essa safada vai sair daqui e nem que pra isso eu tenha que forjar alguma situação.

- Nicole mesmo disse que vai provocar a mulher do Digão novamente, aí ela vai apanhar e vai fazer de tudo pra Caroline ser cobrada. Porque segundo ela, a vergonha que ela passou, a Caroline tem que passar também. Mas ai, é cada um com seus problemas, cada um atrás do seu.

- Meu horário no bar do seu João é as 16h e não tenho hora para largar, então vou me ajeitar e ir lá na boca. Já estava de banho tomado, coloquei um short jeans e um cropped, fiz uma maquiagem, passei meu hidratante, perfume e desodorante. Ajeitei meu cabelo e saí de casa.

- Fui subindo o morro, daqui de casa até lá é um chãozinho. Poderia ir de moto táxi, mas como estou só nas economias, não posso me dar esse luxo. Cheguei na boca e o AK que estava de plantão.

Larissa: Oi, posso falar com o Digão?

AK: Vou ver se ele quer falar contigo. - Falou dando as costas e indo na sala dele.

- Fiquei do lado de fora esperando ansiosamente e vários vapores me olhando. Até que o AK voltou e disse que ele estava vindo, não entendi o porquê dele não poder me receber em sua sala, deve ser por causa da corna mansa. Pode falar o que quiser, mas dizer que esses homens são fieis a elas, é demais pra mim, nunca será. Pode não ficar com mais ninguém daqui, até porque as monas pintam e afrontam as fiel. Digão chegou com aquela cara que dá medo, de poucos amigos.

Digão: Fala. - Falou sem muita paciência.

Larissa: Queria ver com você, se tem alguma vaga pra trabalhar na associação de moradores. Estou procurando emprego porquê lá no Seu João não ta dando muito certo. - Disse tentando passar confiança.

Digão: Coisas da associação é com a minha mulher e a mulher do VT, só ir na direção delas. Mas se tu tiver na maldade é vala. - Falou seco.

Larissa: Eu não falo com a mulher do Vitor, justamente por isso vim na sua direção, ela sabe do meu envolvimento com ele e mesmo que se tivesse vaga, ela não me daria.

Digão: Que eu saiba, o VT nunca teve envolvimento com você. Só te pagava pra te comer, mas isso também não é problema meu. Mas como te disse, só com elas mesmo. Mais alguma coisa?

Larissa: Não, obrigada. - Disse e ele deu as costas e entrou, o AK ficou me olhando com aquela cara de sínico querendo rir, mas quem rir por último, rir melhor.

- Dei as costas e fui descendo o morro, vim nesse c*****o atoa, que ódio. E a resposta dele foi ridícula, me tratou como p**a. Ele me comia porque queria e me pagava, porque era mais que justo. Tá achando que mulher bonita pra se manter é fácil, euem. Aí vem a p*****a da Nicole no caminho me perturbar também.

Nicole: Foi falar o que com o Digão? Ta dando de talarica?

Larissa: Se manca mona, nem teu ele é. E você sabe quem eu quero, fui atrás de trabalho.

Nicole: Nem o VT é seu, estamos no mesmo barco.

Larissa: Mas o que eu tive com o VT você nunca teve com o Digão, então não me enche o saco e deixa eu ir que já já vou trabalhar.

Nicole: Quando tu chegar me avisa que vou lá, tenho um plano e vai dar certo.

Larissa: Vindo de você, eu duvido hahahahah mas te mando mensagem sim, quero saber de qual lado tu quer jogar. - Disse dando as costas pra ela e seguindo o rumo de casa.