- Depois que a Luana saiu, Caroline foi pro quarto e eu deixei, ainda mais que a amiga dela deu o papo aqui, acabou passando a visão que ela gosta do espaço dela, então respeitei. E o VT já entrou com aquela cara de poucos amigos. Não sei o que se passa também na cabeça desse cara, falar daquele jeito com a mina e o pior, a mina estava um caco.
VT: Tu viu isso mano? Não rendeu pra mim pra render pra cana e ainda foi trouxa na mão dele, to dizendo. Mulher é tudo igual mesmo, quero que se f**a. - Falou sentando no sofá.
Digão: Mano não foi desse jeito também não, acho que tu tá com ego ferido e eu até respeito. Mas a mina não tinha nada com você e vocês só ficaram aquela noite, eu acho.
VT: Ego ferido não, no dia da invasão que vim tirar elas do cofre, pulou no meu colo desesperada, cheia de amorzinho. Foi embora, não me procurou e no mesmo dia praticamente já ficou com esse cana. Então é bem feito. Não procurei mesmo não e foi a melhor coisa que eu fiz, isso aí é laço e eu to correndo disso.
Digão: Bota a cabeça no lugar e vai ver legal que a mina não tá errada. Se tu que é homem não procurou ela, ela tem que procurar o alecrim dourado porque?
VT: Não procurei ela porque olhando todo o contexto dessa história, vi que poderia dar merda. Ela não é filha de cana, beleza. Mas a amiga dela é e você sabe que isso poderia trazer sérios problemas. Então deixei pra lá. Não porque eu não ligasse ou porque não curti ficar com ela. Só não esperava que a Caroline iria vir parar aqui e de quebra morar. Nessa história toda só sei que eu me fudi, isso sim.
Digão: Acho que os conselhos que me dá, tá na hora de você seguir. Vai fazer a ronda no morro, fumar um baseado e relaxar tua mente, ta muito nervoso.
VT: Vou mesmo, fumar uns cinco baseado porque tá f**a. - Falou saindo.
- Mandei mensagem pro mano que me vende celulares, pedi um iPhone 16, película e capas. Mandei colocar um chip diretão em um CPF aleatório. Ele disse que vai levar na boca pra mim, então vou marcar da boca pra poder esperar.
- Pensei em ir no quarto dela, mas melhor deixar pra lá. Peguei a chave da moto indo em direção a mesma. Subi na moto e partir pra boca, fiz um ronda no morro como de costume. Um pouco deserto, só mesmo os viciados, quando o morro está em alerta, vagabundo peida de ficar na rua e estão certos. Nunca se sabe a hora que o bicho vai pegar.
- Encostei a moto na calçada da boca e entrei. Vi alguns bagulhos pendentes e entre eles o aluguel da Larissa, ta se fazendo ela, só pode. Passei o rádio pro VT já que ele se entende com ela.
- Rádio On.
Digão: VT na escuta?
VT: Qual foi?
Digão: Larissa esta devendo aluguel, eu vou ou você vai?
VT: Eu vou.
Digão: Fé.
- Rádio Of.
- Ele vai cobrar ela e vai aproveitar pra esvaziar o saco, não é bobo nem nada. Eu que to aqui na seca não sei quantos dias, nunca fiquei tanto tempo assim, tá maluco. Que castigo!
- Não demorou muito o cara chegou, me deu as paradas, peguei um bolo de dinheiro, dei na mão dele e meti o pé pra casa.
- Já cheguei guardando a moto na garagem, pretendo não sair mais. Ja fui entrando em casa, subi as escadas e bati no porta do quarto dela que veio me atender.
Caroline: Oi. - Falou com o rosto inchado de choro.
Digão: Aqui o celular, faz as paradas aí mas cria uma conta fake no iCloud. Com esse CPF falso que tá no papel, é o mesmo cadastrado no chip.
Caroline: Poxa, obrigada. Não precisava, sério mesmo, você é sem palavras.
Digão: Não precisa agradecer, se poder não coloca foto e fala com a Luana como se fosse outra pessoa e falar pra ela salvar o contato com outro nome.
Caroline: Tá bom, obrigada.
- Deixei ela lá e fui para o meu quarto, não queria sair hoje mas estou precisando aliviar, tá f**a. Acho que vou esperar ela dormir e vou dar um giro, vai ser o jeito.
- Algumas horas se passaram, não escutei nenhum barulho e nem movimentação na casa, acho que ela dormiu, ou se não, tá interdida com o celular e não vai saber que eu saí.
- Fui pro banheiro tomei aquele banho demorado, depois já sai do box me secando. Passei desodorante e já aproveitei pra ajeitar minha barba, preciso ir no barbeiro, tá f**a. Fui pro closet, coloquei uma cueca, peguei uma bermuda preta da Lacoste que deixa o pai naqueles piques, quando estava terminando de subir a bermuda alguém bateu na porta, já tirei a bermuda correndo desesperado, peguei a toalha e enrolei na cintura e fui atender a porta e era a morena.
Caroline: Oi, você vai sair?
Digão: Não, só estava tomando banho pra dormir mesmo. - A cara nem queima né hahahaha menti na lata, não tive escolha.
Caroline: To com insônia, vamos ficar lá em baixo comigo? to me sentindo meia sei lá.
Digão: Entra aí, vamos ver um filme e peço alguma parada pra nós comer. - Falei dando passagem pra ela.
Caroline: Tá bom. Nossa, seu quarto é lindo. Na verdade tudo aqui nessa casa é lindo.
Digão: Para que você tá acostumada com isso hahaha
Caroline: Não, na minha casa ou melhor, antiga casa. É tudo no modo antigo, não tem nada sofisticado.
Digão: aaaah peguei a visão hahaha mas acho maneiro também.
Caroline: Prefiro aqui! Foi você que escolheu tudo aqui?
Digão: Sim, eu sei que tenho um bom gosto.
Caroline: Convencido.
Digão: Sou nada hahahaha. Vou lá no closet colocar uma bermuda, já volto. Fica a vontade aí, já deita e escolhe o filme.
Caroline: Ta bem.
- fui no closet, deixei a porta entreaberta, joguei a bermuda que eu ia sair pro fundo e peguei outra de Tactel. Morena embaçou meus esquemas, mais um dia vou dormir com meu p*u latejando, que vida difícil.