Capítulo 58

942 Words
Digão Narrando - Nos beijamos mais uma vez só que esse beijo foi diferente, foi com gosto de despedida. Senti uma parada no peito mas mantive a postura, não vou interferir em nada, ta nas mãos dela. A gente desceu, ela não quis que eu a levasse e eu entendo também. Ela falou uma parada que ficou martelando na minha mente "Fica bem que eu preciso disso pra ficar bem também". - Ela falou isso e entrou no Uber sem nem olhar pra trás, me deixou aqui com minhas neuroses. Fui em direção o carro, entrei e segui para o morro com a cabeça a milhão. - Depois de uns 40 minutos passei pela barreira rasgando e fui pra boca, não vou conseguir dormir. Cheguei na boca, falei com os vapores e segui para minha sala. - Comecei os trabalhos, liguei para fornecedor de drogas, de armas. Olhei o caderno de cobranças do aluguel, fiquei trabalhando muito pra me manter sempre ocupado. Mas minha mente sempre voltava nela e naquela suite. Aquela suite ficou pequena pra nós, a vontade era tanta, era como se eu precisasse dela pra sobreviver. - Se não tivesse visto o sangue e ela não fosse tão apertada, diria que não era virgem. Ela é do mesmo ritmo que eu filho, insaciável. Ela deu o nome, juntando todas as mulheres que já fiquei nessa vida, que não foram poucas, não dá uma dela. Ela é diferenciada! - Eu não deveria ter aceitado isso, não vou ter paz. Ainda mais que ela não é mais virgem e pode se envolver com alguém do mesmo mundo que ela, já fico cego de ódio. Não consigo imaginar alguém tocando nela que meu corpo treme de raiva. - Fiquei perdido nos meus pensamentos, a raiva tomando conta do meu ser. As vezes minha mente é meu pior inimigo. Ela me sabota. Ouvi o barulho da porta e o VT entrou, espero que não seja pra tirar a p***a da paz que eu já não to tendo. VT: Eai, vai me contar o que tá pegando ou vai ficar de segredinho? Digão: Fiz a maior merda da minha vida e não sei se quero falar disso. VT: Fala logo mano, a gente já nasceu na merda, uma a mais ou uma a menos não faz diferença. - Falou tentando me ajudar mas me esculachou, isso sim hahahahah Digão: Ontem já de noite a diaba da morena mandou mensagem dizendo que precisava me ver, não sei quem deu meu número pra ela. Por mais que eu quisesse muito também, tentei tirar isso da mente dela. Mas como a boa diaba que ela é, não consegui. Ela disse que seria a última vez e pá. Encontrei com ela em um Motel lá perto do Vidigal, a gente passou uma noite que eu não sei nem descrever em palavras, mas mesmo se soubesse não iria te falar que ai já é muita i********e. Pra completar ela perdeu a virgindade comigo, depois meteu o pé e eu to aqui com essa cara de cu e sem saber o que fazer. Dizem por ai que quando tu tira o cabaço da mulher, ela fica gamada, mas nesse caso quem ficou foi eu. - Falei pegando um baseado na gaveta pra apertar e fumar. VT: Mano, quem deu o número foi eu. A Luana não falou mais nada comigo e a única coisa que ela pediu foi seu número e eu não dei muita ideia não tlg, só enviei e fé. Não sei se vai ajudar muito o que vou te falar, mas você tá fodido. Se fosse eu no seu lugar, tentaria já que eu amo correr um perigo, mas essa decisão é de vocês, ou melhor, sua. Só você pode tomar. Tu nunca ficou assim por ninguém e eu confesso que to estranhando hahahah então é esse meu conselho. Digão: Não posso ir atrás dela, você sabe que essa nossa relação é fadada ao fracasso. Vou ter que enfrentar o pai dela e mais um monte de inimigos que já tenho, todo mundo vai saber aonde é o meu ponto fraco e não sei se quero colocar a vida dela em risco por uma parada que nem sei se pode dar certo. - Falei acendendo o baseado e fumando. VT: Mano você só vai saber se vai dar certo tentando, para de criar neurose atoa. E se ela realmente quiser ficar contigo vocês vão enfrente tudo juntos, como todo casal que se gosta faz. Digão: Mas aí que tá o problema, ela não veio hahahahah então bora trabalhar que ao invés de ficar na neurose, prefiro ganhar dinheiro. VT: Assim que se fala bandido. - Falou se levantando indo em direção a porta. Digão: Faz a troca do plantão, já está na hora. VT: já e antes que eu me esqueça, boatos rolam de que a Nicole veio aqui na boca atrás de tu. Digão: Euem, ela vai tomar o dela, tá achando que eu esqueci. Falando que é minha fiel, nem depois de morto que eu assumo p**a. VT: Fui que esse b.o é teu. - Agora tu ver, não pode dar uma confiança pra essas minas que elas se crescem. Confiança não, transei com ela e paguei. Agora vai ficar apavorando bandido, vai tomar é madeirada na cara pra deixar de ser p**a. - Fiquei horas trabalhando e meu braço voltou a doer, aí o ódio do Arafá só sobe. Tomei um remédio que sempre deixo aqui na gaveta da boca pra caso de dor e fui chamar o VT para almoçar na dona Marluce. Lá é comida de vó, temperada e gostosa pra c*****o.
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