AK Narrando
Bom galera, demorei para me apresentar mas já estou aqui. Meu nome é Augusto, tenho 27 anos, magro, alto e loiro. Não tenho fiel até porque no morro ela gosta dos patentes alta. Que é de sub para cima e por ai vai. Pego umas marmitas por aí mais nada sério e nem pretendo.
- Fui morar no Alemão tinha uns 10 anos. Morava no interior de São Paulo com minha mãe, meu primo e minha tia. Minha mãe ficou doente e acabou falecendo. Então minha tia resolveu vir para o Rio e paramos aqui no morro. Mas desde que minha mãe morreu minha tia me esculachava, dava tudo para o filho dela e nada pra mim. Me envolvi no crime novo e comecei como fogueteiro, nunca gostei de trabalhar em lugar nenhum, imagine tu se fuder para no final do mês receber um salário mínimo? Ta maluco. Na boca pelo menos tenho o meu salário de vapor e ainda ganho por cada carga vendida. Da para tirar um dinheiro maneiro por mês mas eu quero mais, muito mais e não vou parar até conseguir.
- Digão nunca deu a******a para ninguém fechar 100% com ele, só o baba ovo do VT, aquele ali é um otario. Só falta botar tapete vermelho para o Digão passar.
- Em todo morro tem gerente geral das bocas, mas aqui não tem não. Os alecrim quer resolver tudo sozinhos e não gostam de dar oportunidade para os manos crescerem, ficam com medo de nós crescer e ser melhor que eles.
- Nunca me enganaram, ficam nessa de que são os bandidos do morro, que cuida da comunidade mas são uns mentirosos, não querem saber de ninguém além deles.
Queria ter ficado no morro e tão ter participado de sequestro nenhum, iria pegar uns tablete das cargas que estava no galpão para f***r com a vida do VT. Já que ele estaria de frente, ele que iria dar conta, iria ser gostosinho ver o Digão cobrando esse cuzão.
- Mas agora estou aqui trancado nessa p***a desse quarto e cheio de vergonha, mexeu no meu ego mano. Não se dá tapa na cara de sujeito homem na frente de geral não. Ainda mais por causa de vagabunda, tá na cara dessa mina que ela é aquelas praticinha safada que gosta de sentar pra bandido, mas não tem nada não. Na primeira oportunidade ela vai sentar pra mim.
- Digão vai se arrepender de ter feito isso. Se acha o brabo, o mais mais, o querido do povo. Mas vai cair do cavalo e vai morrer na minha mão para nunca mais bater na cara de sujeito homem.