Capítulo 4

1360 Words
Acordei e não encontrei Dilan ao meu lado, confesso que isso me chateou, mas só até eu encontrar o bilhete dele. Cheirei a rosa e coloquei na água. Li o bilhete: Sara... Tive problemas para resolver na empresa e precisei sair, a nossa noite foi maravilhosa. Quero repetir todos os dias da minha vida. Te amo Dilan... Me levantei sem pressa e tomei um banho demorado, não estava a fim de cozinhar, por isso fui até a lanchonete e pedi um lanche. Fiquei um pouco ali, antes de ir para o trabalho. Hoje faria o turno da tarde. Nunca gostei muito desse horário, mas hoje fiquei feliz de ter sido escalada para ele, pois, pude ficar com Dilan sem ter pressa. Cecília... Ele passou a noite toda fora, só percebi quando pude ouvir o som de seu carro se aproximando. Não demorou para que ele abrisse a porta do quarto. - Venha.- disse ríspido e me arrastou pelo corredor, eu tentei me desvencilhar e ele me bateu. - Venha. - Dilan, por favor, o que vai fazer. Me solte! Não deu tempo de nada, ele simplesmente me jogou escada a baixo. Dilan... Vadia, achava que podia medir forças comigo, não aprende nunca, agora ela está ali, no pé da escada, tem sangue escorrendo de sua boca. Está feito, meu assunto está resolvido. Coloquei o corpo dela no carro e dirigi até uma área de mata fechada, peguei-a no colo e entrei o máximo que consegui na mata, quando estava longe o suficiente deixei o corpo ali e fui embora. Cheguei em casa e limpei todos os vestígios da estadia de Cecília lá e voltei para São Paulo. Com Cecília morta, podia me preocupar apenas com Sara. Sara... Já passava da meia noite, e eu não tinha conseguido ir embora. Haviam uns clientes que pareciam que não sairiam tão cedo dali. Ouvi a hotels* falar boa noite para alguém. Olhei desanimada e vi que era Dilan quem entrava, ele apontou para mim e ela deu passagem. Ele caminhou lentamente até mim, meu sangue gelou. - Oi. - Oi. - Posso?- disse apontando para uma mesa. - Claro. Só não vou poder te dar muita atenção. Respondi apontando para os clientes que insistiam em ficar. - Tudo bem, eu vim para te esperar, se você me permitir te acompanhar até sua casa. - Será um prazer. - O prazer é meu. - Vai ficar conversando ai ou vai atender a outra mesa Sara? -falou a dona Dulce. - É que ela estava me indicando o melhor lanche da casa. - Espero que tenha indicado o mais caro, já que está demorando tanto ai. - Era exatamente isso que eu estava falando, ela me ofereceu o... - Super Cheddar Bacon.-disse Sara. -Esse, mesmo, mas eu disse que não gosto de bacon. - Faz sem bacon, mas o preço é o mesmo. -disse a velha satisfeita. Sara me olhou envergonhada. - É isso, com um suco de morango. - Sim. Passei mais uma hora ali, até que os clientes foram expulsos pela própria dona Dulce que estava louca para ir embora. - Há!Há!Há!Há! Ela e mesmo chata, por isso que você quer outro trabalho? O sorriso de Sara morreu. - Não, não é por isso. - E por que é? - É melhor deixar para lá, Dilan... - NÃO, NÃO É!-gritou.-Fale de uma vez. Dessa vez ele falou mais baixo, mas não menos ríspido. Eu fiquei muda por um instante e arregalei os olhos. - Desculpe, é que a possibilidade de você não estar bem me deixa... nervoso. - Não foi nada. Eu sei que se preocupa comigo, e é por isso que não quero contar. - Diga. -falou mansamente. - E que...o esposo da dona Dulce vive dando em cima de mim. Naquele dia eu estava nervosa porque ele tinha me agarrado e por pouco dona Dulce não pegou. - Eu não sei mais o que fazer. -Peça demissão amanhã mesmo. - Não posso, tenho minhas contas e... - Eu vou arrumar algo para você até o fim da semana, você não trabalha mais naquele lugar. -Mas... - Está decidido, amanhã vou ligar para um amigo e resolver isso, você só vem aqui para pedir demissão. - Sim senhor. -disse sorrindo. ----------------------♡---------------------------- (Na mata) -Vem Francine, a cachoeira e logo ali. - Ai Binho, é muito difícil esse caminho. -Vem eu te ajudo. Dá a mão. Pula. - Obrigado. Merece um beijo. -Aí sim... Os olhos de Binho ficaram vidrados por um momento. -O que foi, não quer meu beijo fala. - O que é aquilo? - Onde? -Ali. -disse apontando na direção de uns arbustos. - Parece...um...corpo...de mulher - Vamos sair daqui, Francine. - Calma e se estiver viva? - Mas não toque, se estiver morta sua digital pode ficar no corpo. Caminharam até o local e notaram um gemido. - Está viva, Binho. - Socorro. -sussurrou a garota. - Não fale, nós vamos te ajudar. -disse a menina. - Qual seu nome? -perguntou o menino. - Ceci...lia. E apagou. Sara -Então é isso, dona Dulce. - Se você prefere assim, não queria que você fosse, mas se seu namorado não quer. - Ele me conseguiu um trabalho. - Particularmente eu acho que você conhece esse garoto a muito pouco tempo para fazer as vontades dele assim. -Não é a vontade dele, é a minha. - falei exaltada e me levantei. - Até logo dona Dulce. Dilan me aguardava do lado de fora, ele me levaria até o restaurante do amigo dele. Paramos na frente, era um restaurante de luxo. Ele desceu e abriu a porta do carro para mim.Eu desci e ele entregou a chave para o vallet*, que sorriu. Uma moça loira pegou o meu casaco e perguntou nossos nomes. - Dilan e Sara Di Solano Vargas. Ele me colocou na lista como sua esposa? - Sim senhores, senhor Luccatti os aguarda. Acompanhamos a moça até uma mesa onde um senhor aguardava. - Dilan, como vai, meu amigo? - Estou ótimo, Andrei. - Essa deve ser a Sara. - Sim. Prazer em conhecê-lo, senhor Luccatti. - Oh! Não, pode me chamar de Andrei, Luccatti é apenas para os funcionários. - E não é o que serei? - Sim mas você terá um cargo de confiança e alem disso é namorada de meu grande amigo Dilan. - Cargo de confiança? - Sim precisamos de um gerente, aqui nessa casa. - Mas Senhor Lu...Andrei, eu era apenas uma garçonete, não era gerente. - Eu sei, Dilan me disse isso. E disse também que você fazia pedidos e muitas outras coisas mais que um gerente pode fazer. - Sim mais é porque os meus patrões estavam velhos e cansados e acabavam deixando essas coisas para eu fazer. - Você não deseja trabalhar para mim, então? - Claro que sim. - Então façamos um teste de três meses, se você se adaptar fica, senão levo você para outra casa da rede como garçonete, combinado? - Sim. - E Sara? Não é porque você é namorada de Dilan que vou facilitar para você. Disse o velho sorrindo. - Com certeza prefiro que seja assim. -Agora podemos jantar? Dilan pegou o cardápio e escolheu o que achou por bem para nos dois.Tomamos um vinho branco e comemos salmão grelhado ao molho de maracujá. De entrada havia sido uma salada de rúcula com tomate seco e mussarela de búfala. As surpresas não acabaram por aí, Dilan conseguiu me surpreender mais uma vez. -Bem agora aproveitando que a minha garota já tem um emprego e que eu tenho ela aqui num ambiente bonito e favorável à mim, e claro que eu não podia deixar de presenteá-la com isso- disse me entregando uma caixinha de veludo.Eu sorri e abri, havia um par de alianças de ouro e um anel solitário. Dilan ficou de joelhos diante de mim, a essa hora o restaurante todo ja olhava para nós. Ele pegou a caixinha da minha mão retirou o anel e disse em alto e bom som. -Sara Marie Rodrigues, aceita se casar comigo e me fazer o homem mais feliz da face da terra? - Sim amor, aceito. - respondi sincera. Dilan colocou o anel solitário no meu dedo e a aliança também. Após a minha experiência no restaurante terminar e eu ser efetivada com muitos elogios de Andrei, marcamos a data do casamento, seria em três meses. ------------------------------------------------------ Hotels é o mesmo que recepcionista, só que de restaurante. Valet é o mesmo que manobrista.
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