Era fim de tarde quando Kira recebeu a mensagem: L: "Garagem do bloco C. Espaço 11. Agora." Não havia mais códigos. Nem desculpas. O jogo entre os dois já havia ultrapassado todos os limites da racionalidade. O que restava era o desejo nu, cru e incontrolável. Kira pegou sua bolsa, saiu discretamente da biblioteca e caminhou com passos firmes até a garagem subterrânea. Seu corpo já vibrava com a antecipação. Sabia o que aconteceria, e queria aquilo tanto quanto ele. A luz amarelada da garagem criava sombras longas no chão de cimento. O Mercedes branco estava lá, imponente, limpo, discreto mas carregando promessas silenciosas. Quando ela se aproximou, o vidro escurecido do lado do passageiro baixou. Luís estava no banco do motorista, de blazer escuro, sem gravata, mangas dobradas até

