"O passado pode doer, mas da maneira que eu vejo, você pode fugir dele ou aprender com ele."
O Rei Leão
Maria da Silva
5 anos depois
Já se passaram cinco anos, não vou mentir e dizer que não penso mais no mascarado, porque toda vez que olho para minha filha penso nele, e mesmo não sabendo como é o rosto dele, eu sei que a Isabela é a cara dele.
Ainda não me formei, já que escolhe volta para o Brasil, minha avó morreu antes da minha filha nascer, e eu não pode está aqui com eles, o meu avô pirou e fiquei com medo dele morrer e as minhas irmãs ficaram sozinhas, então larguei tudo na França e voltei para o Brasil, e desde então ser estilista só é um sonho distante, já que preciso alimentar a minha família, e assumir o negócio de família.
E hoje foi um daqueles dias cansativos, finalmente fechei a padaria e voltei para casa, e assim que entrei, vejo todos sentados ao redor da mesa de jantar juntos da dona senhora Vera, nossa vizinha e madrinha da nossa falecida mãe, ela é cartomante e estava vendo o futuro, eu estou exausta o dia na padaria foi muito agitado e o meu avô não estava muito bem então não pode me ajudar.
— O que diz aí? comadre — escuto meu avô perguntando para a dona Vera, ele é fissurado nesta questão de ver o futuro.
— Vocês não vão acreditar, mas nunca vi nada assim antes — a Vera falou, vejo todos espantados, e me encostei no batente da porta para ouvir melhor.
— Como assim comadre? — meu avô perguntou
— Vejo três cataclismos que vão mudar as suas vidas — a dona Vera falou, todos estavam espantados e foi neste momento que entrei fazendo a minha filha pular da cadeira.
— Como assim dona Vera, não entendi isto de cataclismos — falei pegando a me aproximando da minha pequena e ela pediu para vim para o meu colo e assim o fiz.
— Cataclismos, assim são muito raros, e se aconte é somente uma vez na vida, nunca vi três e eu estou vendo claramente três — dona Vera fala espantada
— Mas o que é cataclismo? — a Beck perguntou.
— Cataclismos é um evento de sorte que mudará sua vida completamente, como golpe da sorte...
— Mas comadre é assim uma sorte boa destas tipo ganhar na lotérica ou uma sorte destas r**m? — meu avô perguntou, e sim estas leitura não ver como sorte ou azar, e sim dois lados da sorte a boa e a r**m.
— Isso não se vê, mas o que você tem que fazer é está com os olhos bem abertos — ela falou e a Belinha gesticulava no meu colo, sorrir beijando sua bochecha
— Eu tenho certeza, que o primeiro golpe de sorte será amanhã — a j**k falou animada se levantou, começando a dançar pela sala. — No evento que vou trabalhar amanhã, terá vários homens ricos e milionários e um deles será o meu marido — ela falou pulando no sofá.
— Aí j**k desce daí , eu já te falei várias vezes que não quero você falando estas coisas na frente da minha filha — falei estressada, ela deveria querer estudar ter um bom trabalho, e não ficar sonhando com um príncipe encantado, como se um milionário viria até aqui trazer um sapatinho e te prometeria o seu amor eterno.
—Escuta a sua irmã j**k, o dinheiro tem que vim com esforço e trabalho duro, tudo que vem fácil nesta vida se vai fácil, você tem que amadurecer não vai ter a mim a vida toda, e sua irmã tem a vida dela — meu avô saiu e fiz o mesmo precisava fazer o jantar e ajudar a Belinha a tomar banho e fazer a lição de casa, limpar a casa e prepara as coisas para amanhã.
— Mamãezinha a senhora faz sopinha para o jantar — a Belinha pediu com o seu jeitinho manhoso.
— Claro que faço, meu amor, mas primeiro a minha princesa tem que tomar um banho, dá para sentir este cheiro de azedo da padaria — falei entrando no banheiro com ela, e a enchendo de beijos.
Depois de dar o banho, fui fazer o jantar, com a Belinha próxima a mim, me contando o dia dela.
— Mamãe eu posso ir, na casa da dona Vera, ela disse que tinha que me entregar alguma coisa — a Beck falou entrando na cozinha.
— Só se for rápido eu estou terminando o jantar...
— É rapidinho, eu prometo — ela falou e fiz que sim com a cabeça e ela saiu correndo.
Terminei de fazer o jantar e
comemos juntas, e a ajudei na lição da Belinha e da Beck, e fui para o nosso quarto deixei ela assistindo desenho enquanto fui tomar um banho, meu corpo pedia a cama, mas assim que passei pela cozinha vi que ainda teria que limpar a casa, coloquei meu pijama, e deitei na cama com a minha menina para conta uma história antes dela dormir.
— Mamãe, eu te amo — ela falou sorrindo, e estas palavras compensam todo o meu cansaço e esforço.
— Eu também te amo, meu amor — falei fazendo cafuné e ela estava agarrada e cheirando os meus s***s, ela tem está manina de dormi com uma das mãos no meu seio e com o rosto no outro só o cheirando.
Nós moramos em um "condomínio", uma vila, na frente fica a padaria e moramos em cima, mas nós fundos tem mais cinco casas e mais cinco em cima, meu avô comprou a parte que se refere a nossa casa e a padaria as demais são propriedades do seu Antônio, nossa casa não é grande, temos três quartos minhas irmãs dividem um e eu divido outro com a Belinha os quartos são muito pequenos o meu tio Moisés fez o quarto das minhas irmãs quando elas ainda eram pequenas na sua única vinda de Portugal para cá, era uma beliche, a o meu quarto eu comprei uma cama de casal onde eu durmo com a minha filha.
Quando a minha filha dormiu, voltei para a cozinha e sorrir ao ver meu avô lavar a louça, ele sempre tenta me ajudar por que sabile que estou sobrecarregada.
— Vovô, eu já estava vindo lavar e limpar a cozinha, fui colocar a Belinha para dormir primeiro — falei o colocando sentado em uma cadeira, e indo lavar a louça ele sorriu para mim.
— Você acredita no que a Vera falou?— ele perguntou enquanto eu guardava a louça.
— Ela estava certa, quando disse sobre o rapaz que estava roubando a padaria, e também estava certa do 7x1 na copa, todo mundo disse que ela era louca, mas ela acertou — falei terminando de guardar e comecei a varrer a cozinha.
— Filha, as suas irmãs precisam te ajudar mais, você passa a manhã toda na padaria e quando eu preciso você também fica as tarde, ainda tem a Belinha para cuidar e muitas vezes suas irmãs te dão mais trabalho que a sua filha de 4 anos, você é uma boa garota Maria, e espero muito que você seja feliz — ele falou me abraçando.
— Eu sou feliz vovô — falei e ele olhou com um olhar triste.
— Filha eu sei que você não é feliz, você desistiu dos seus sonhos pelas suas irmãs, porque te conheço sei que uma filha não iria atrapalhar seus objetivos, mesmo criando ela sozinha, e você não vai me dizer mesmo qual é o nome do desgraçado né...
— Vovô me escuta, foi uma escolha minha, eu amo desenhar minhas roupas, sapatos, e eu não desisti dos meus sonhos só adiei, ainda vou ser uma grande estilistas, mas agora está na hora do senhor dormir, já tomou os seus remédios? - Perguntei o acompanhado para o quarto
— Maria, está me enrolando de novo né mocinha, mas espero que um dia você encontre um homem a sua altura — ele falou com um sorriso sentando na sua cama.
— Vovô ele não pode ser um pouco mais alto não — falei rindo.
— Claro, alto, de olhos verdes, bem bonito — meu avô falou e eu ria.
— Um verdadeiro príncipe encantado, só tem um probleminha vovô, eles não existem — falei depositando um beijo na sua bochecha.
— Maria não é bem assim, você ainda vai encontrar um homem, que te admire, te respeite, e te ame, você merece isto — ele falou sorrindo
— Boa noite vovô — falei saindo do quarto e assim que abri a porta do quarto fiquei olhando para a minha princesa.
— Príncipes, não existem, já se passaram tanto tempo mascarado eu nem lembro mais da sua voz, mas nunca vou esquecer deste sinal parece um F — falei tocando no ombro da minha filha, onde tinha o mesmo sinal — Ela foi o meu melhor erro que já cometir, pena que eu nunca vou pode responder a pergunta de quem é o seu pai...