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Amor de Babá

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Blurb

Certo, eu disse a mim mesmo. Nada pessoal. Claro. Não era nada demais, apenas mais um emprego onde eu ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que eu tivesse o suficiente para a faculdade. Dei alguns passos em direção a porta e subi os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza. Logo em seguida, toquei a campainha antes que meus nervos falassem mais alto. Impaciente e vencido pela ansiedade, toquei novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que me fitavam com desinteresse. Certo, nada pessoal.

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Capítulo I
Aquele não era um dos melhores dias na vida de Matteo. De fato, não era a melhor semana, mês ou ano. — Matteo. — O gerente do lugar onde trabalhava disse assim que o viu se aproximar da porta de entrada. Esse era o momento que Matteo mais temia a cada manhã desde que começou a trabalhar naquele lugar. Andrew McMillan se aproximou dele a passos despreocupados e parou em sua frente, o cumprimentando todo feliz e animado. O gerente tinha o cabelo penteado para trás, pele alva e olhos negros que sempre reviravam seu estômago. Matteo não poderia dizer que o homem era feito, porque de fato, ele era um dos homens mais bonitos que já tinha visto. Mas algo nele, por detrás daqueles olhos escuros e calculistas, o fazia repensar cada palavra que saia de sua boca, buscando o duplo sentido que sempre vinha, cedo ou tarde. O gerente o olhou de cima a baixo, vitoriosos, o fitando com aqueles poços de maldade que faiscavam a cada segundo que se passava em que nenhum dos dois dizia nada. “É, era hoje”, Matteo pensou. Seus ombros caíram e ele suspirou, conformado com seu destino. Andrew pareceu ficar ainda mais feliz enquanto anotava algo em sua prancheta. Sorrindo mais aberto ainda para ele, voltou a examinar Matteo como se ele fosse um espécime misterioso, o apreciando daquela forma que fazia Matteo se sentir desconfortável, algo que somente esse gerente conseguiu fazer em seus poucos anos de vida. Mas ele não deixaria Andrew saber como esses olhares o faziam querer vomitar, como sua ansiedade aumentava conforme eles continuavam parados no meio da calçada, principalmente por saber que ninguém viria em seu socorro. Isso só poderia significar uma coisa. — Senhor, posso explicar tudo. Eu-- — O ônibus atrasou? Ficou preso no trânsito? — Andrew balançou a cabeça, fingindo pesar e tocou em seu ombro, fazendo Matteo paralisar repulsa, sentindo um medo que ele não sabia de onde vinha. — Dessa vez, não há nada que eu possa fazer por você. — Por favor, eu preciso desse emprego! — Eu estou do seu lado, mas você sabe as regras. Essa já é a quinta vez esse mês. — Não tem nada que você possa fazer? Matteo se arrependeu de perguntar assim que as palavras saíram de sua boca. — Talvez haja, mas eu não sei... — Andrew cruzou os braços e se aproximou de Matteo, como se fosse contar um segredo a ele. — Isso requer um sacrifício. Você está disposto a isso? — Ah. — Matteo murmurou, dando um passo para trás. Não era a primeira vez que Andrew falava uma coisa dessas. A questão é que Matteo nunca havia levado a sério nenhuma dessas… sugestões, mas agora que ele estava ali, não sabia se iria querer continuar em lugar como aquele, mesmo que pudesse ou precisasse muito. — Eu sinto muito, Matteo. — Andrew disse, sua voz soando piedosa e gentil, para logo em seguida acrescentar: — Não podemos nos esquecer de passar no RH, certo? Matteo não sabia o que tinha mudado naquela manhã. Ele tinha acordado cedo, tomando banho, pegado sua mochila do encosto da porta de seu quarto e andado pelos corredores de sua casa silenciosamente para não acordar ninguém. Tinha pegado o ônibus lotado no mesmo horário e enfrentado uma hora de viagem até chegar ao seu emprego atual, um restaurante que dizia ser gourmet, mas que na verdade era uma imitação híbrida desses restaurantes de comida rápida; hambúrgueres, sanduíches, milkshakes e pizzas de todos os sabores. E como em todos os outros dias, ele havia descido do ônibus bem em cima da hora e corrido para o digníssimo estabelecimento em que trabalhava. É claro que seu gerente o esperava na entrada, como todos os outros dias. Ele tinha espiado para dentro do lugar e viu que eles já haviam aberto todas as portas, limpando as mesas e colocado as cadeiras nos lugares, podendo ouvir o barulho das pessoas já trabalhando em seus postos. Assim, meio confuso, porém, aceitando seu destino, Matteo seguiu Andrew pelo restaurante naquela estranha caminhada da vergonha. Não seria a primeira vez que algo assim aconteceria, o rodízio de trabalhadores sendo bem grande por ali. Ainda assim, a maioria das pessoas o olharam com sorrisinhos tão maldosos quanto o de Andrew, e os outros, que o encaravam com uma pena sincera, ele sentiria falta. Tirando isso, todo o resto podia se explodir se dependesse dele. Matteo levantou a cabeça, segurou firme em sua bolsa e foi para os fundos do restaurante onde ficava a contabilidade. Ele podia estar indo embora, mas Andrew se arrependeria por abusar de seu poder. *** — Cara, eu não acredito que você fez isso! Meu pequeno herói. — Diego disse, abrindo um sorriso enorme. Matteo não sabia por quanto aguentaria isso. Diego olhou para ele de cima a baixo e o abraçou bem forte depois de apertar suas bochechas até que elas adormeceram de tão doloridas, o jeito do namorado se tornando tão energético que Matteo pensou que elas fossem se distender e cair no chão flácidas. Um beijo veio em seguida, doce e suave em seu rosto, outro no queixo, descendo devagar com aquelas pequenas bitoquinhas que só serviam para deixá-lo mais irritado. — Diego, para com isso! E eu não sou pequeno. Como um metro e setenta e nove pode ser pequeno? Matteo fechou os olhos por um momento e inspirou profundamente, ele apenas precisava respirar. Geralmente não se importaria de Diego estar tão perto, até gostava quando Diego lhe tocava daquela maneira um pouco s****l demais, porém, nada que ultrapasse o que ele se sentia confortável em fazer. Hoje não era um desses dias; hoje essas carícias suaves o sufocavam, lhe fazendo sentir preso dentro de uma caixa que não havia escapatória ou buracos onde o ar pudesse entrar. Diego o asfixiava, o estrangulando naquele cuidado que o namorado insistia em oferecer quando Matteo não havia pedido por isso. Ele respirou fundo e desviou dos lábios de Diego, o empurrando pelo ombro. Deu uma mochilada em Diego, seguido de um soco no ombro do namorado. Sim, Diego, seu namorado corpulento e i****a apenas riu, o rosto quadrado e gentil lhe irritando um pouco mais a cada segundo. Se não bastasse ter passado duas horas na delegacia e ser questionado como se fosse ele quem tivesse cometido o crime, teve que ficar uma hora extra no escritório do RH negando os “bônus” e “benefícios” em troca de “confidencialidade”. Um tempo depois, quando foi liberado do interrogatório, Sr. Jones, dono daquela franquia, fez de tudo para que ele não prestasse queixa, ainda mais quando viu que as câmeras que ficavam na porta do restaurante haviam gravado tudo em áudio e vídeo, tendo provas suficientes para acusar o gerente de abuso de poder e assédio s****l. Sinceramente? Matteo sabia que não daria em nada e que o processo demoraria para ser julgado e ao mesmo tempo sabia que tinha que fazer aquilo; todas aquelas tardes tendo que ouvir as piadinhas que no fundo eram sinceras demais precisavam ser denunciadas. Sem perder tempo e se sentindo muito vingado, Matteo fez a única coisa que podia, ele pegou o celular e fez a denúncia. Logo viaturas bloquearam a frente do estabelecimento e os empregados foram dispensados, enquanto que o Sr. Jones e companhia foram processados por danos morais e abuso de poder. Agora, se ele ganharia o caso era algo a se ver no futuro quando a decisão judicial fosse tomada. O problema real apareceu quando Matteo foi solto do interrogatório. Sem dinheiro para o almoço e com a passagem do ônibus contada, decidiu que continuar com seu dia como se nada tivesse acontecido era a melhor das táticas. Se arrastando pelas ruas ao sair da delegacia, Matteo caminhou as poucas quadras se forçando a visitar Diego no centro comunitário, exatamente como ele sempre fazia naquela hora do dia; ele se encontraria com Diego na hora do almoço, o único momento onde Diego estava livre para falar com ele e depois iria para casa procurar por outro emprego até que tivesse o suficiente para pagar os custos da faculdade. Matteo virou a esquina e continuou seu caminho, distraído e tão chateado pelas últimas horas que m*l percebeu o que acontecia. Quando viu, mãos lhe puxaram pelas costas e o arrastaram para um beco ali perto enquanto alguém o prensava contra a parede e uma boca se colocava sobre a dele sem sua permissão. E de tão aflito só percebeu que era Diego quando deu um soco no estômago dele e um chute bem-dado em sua virilha. — Diego Lewis! — Matteo arfou surpreso, irritado, enfurecido. Embora Matteo admitisse que estava um pouco traumatizado com toda aquela experiência, aquele não era o momento ou o lugar certo para fazer esse tipo de coisa. Também admitia que não estava no seu melhor momento, Matteo poderia matar alguém se lhe dessem a motivação certa. Diego não pareceu ligar para o que ele falava. Gemendo ofegante, Diego se aproximou de Matteo e o segurou pela cintura, falando: — Isso não se faz com um homem, baixinho. Então, dessa vez, se sentindo culpado e um pouco temeroso pelo o que Diego poderia fazer, ou pior, temendo que Diego dissesse algo para seu pai, Matteo deixou que Diego continuasse. Diego o levantou um pouco do chão e ele automaticamente enrolou os braços e pernas ao redor de Diego. Diego… ele… Diego não gostava de ser contrariado, sabe? Se as coisas não saíssem exatamente como Diego queria, algo podia explodir ou ser lançado pelos ares. Matteo preferia evitar esse tipo de discussão. Ou outros tipos de reações. Não seria a primeira vez que eles brigariam pela ausência de sexo ou pela ausência de Matteo no geral. Ele não estava pronto e Diego estava. Ele não queria se casar e Diego já tinha até comprado as alianças. Matteo definitivamente não queria morar junto com ele enquanto Diego já tinha comprado uma casa com direito a berçário e tudo mais o que eles poderiam precisar na visão deturpada de Diego. Matteo nem sabia se queria esse tipo de responsabilidade, mas, ainda assim, esse era ele fazendo uma forcinha pelos pais e por todos os outros que pensavam que logo o casório aconteceria. E talvez… só talvez… não fosse tão r**m assim ter um namorado bonito e gostoso que estava disposto a ficar com alguém tão chato e… e antiquado feito ele. Apesar de saber dos erros de Diego, ignorando as pessoas que Diego ficava por detrás de suas costas, ele não se importava contanto que todos continuassem satisfeitos. Matteo ficava se perguntando… quem é que namorava por três anos e não queria f********o? Ou não se importava com traições? Ele não conseguia explicar, havia algo nisso tudo… algo entre eles que não parecia… certo. Quer dizer, o problema deveria ser ele, não? Diego lhe traía porque ele não conseguia dar aquele último passo, não importava quantas vezes Diego tentasse; Matteo sempre desistia no momento final. Apenas parecia… errado, como se Matteo estivesse prestes a cometer o maior erro de sua vida. Matteo sentiu um arrepio estranho e incômodo subir por sua coluna quando Diego o segurou com mais força do que o costume e o puxou firme pelos cabelos, sussurrando em seu ouvido: — Senti tanto a sua falta, baixinho. Onde você esteve que não atendeu o celular? Ah, talvez ele não estivesse tão desconfortável assim… quer dizer, Diego era sempre gentil demais, sabe? Tão cuidadoso, e esse cuidado todo fazia com que Matteo se sentisse um fraco, como se ele fosse quebrar em mil pedaços a qualquer momento, e Matteo não gostava disso nenhum pouco. Mas quando Diego perdia o controle? O tocando com força e com vontade, sem medo de lhe machucar como se na verdade ele quisesse o ferir, mas só um pouquinho, apenas para deixar uma marca nele, exatamente como Diego fazia agora…? Era outra história. Era nessas horas que Matteo diria sim se Diego lhe pedisse. O fato era que se Diego tinha que se forçar a ser bonzinho para tratá-lo bem… Matteo não queria viver com alguém que no fundo fingia ser algo que não era. Não importava o motivo. — Você está me escutando? — Matteo ouviu novamente uma voz suave ao pé de seu ouvido. Ele se sentiu arrepiar e desistiu de tentar raciocinar. Matteo queria dizer que não fez de propósito. Ele queria ter respondido à mensagem e as ligações de Diego e mesmo que ele quisesse ter contado tudo o que tinha acontecido imediatamente, não teria conseguido, estava no meio de um interrogatório policial; não que a resposta para isso parecesse ser importante no momento, não para Diego. Ele voltou a beijar Matteo como se esse fosse o único objetivo de sua vida e todo o ar ou pensamentos fugiram para fora da cabeça de ambos. Aquilo… aquilo era tão errado, bem no meio da rua onde qualquer um que passasse poderia vê-los… Matteo se remexeu e tentou falar, sentindo o ar abandonar seu corpo, desconfortável por outra razão. Bem, talvez ele tenha gemido baixinho, Matteo não saberia dizer, tentado se afastar de Diego só para ser puxado de volta contra sua vontade. — Qual é o problema? — Diego disse entre suspiros e mordiscadas, a língua dele voltando para dentro da boca de Matteo, massageando a sua e se movendo daquela forma que Matteo mais gostava, o fazendo relaxar mais um pouco, apenas o suficiente para Diego abaixar o zíper das suas calças. E de novo, ele não tinha o direito de escolha. Diego enfiou os dedos dentro de sua cueca, o fazendo arfar. Entretanto, esse foi o momento onde Matteo ouviu algo, um som estridente que o fez abrir os olhos e perceber o que estavam fazendo. Matteo então desviou a boca dos lábios de Diego, o empurrou pelos ombros e colocou as pernas no chão enquanto fechava o zíper das próprias calças, procurando pelo celular que tocava. Ele definitivamente deveria ter ido para casa em vez de ir até ali há duas quadras do centro comunitário onde crianças e adolescentes vinham em busca de ajuda. Bem, costumes eram difíceis de serem quebrados. Matteo enfim se abaixou, abriu o zíper da mochila e encontrou o maldito celular que estava no fundo de um bolso estreito. — Matteo Rossi? Temos uma vaga para você. — Alguém falou imediatamente, m*l lhe deixando atender a ligação. Era Caren da agência de empregos, sua voz seca e m*l-humorada podia ser reconhecida em qualquer lugar. m*l-educada e rude, soava aguda a seus ouvidos. — Claro. Sobre o que seria? — Cuidar de duas crianças durante o dia. Com horas extras e direitos trabalhistas. Com toda certeza seria melhor do que o último emprego. Nisso Matteo podia confiar. — Pra quando? — Amanhã às 7h. — Tudo bem. Devo usar uniforme? — Não, apenas apareça no horário. Assim, o telefone foi desligado na cara dele e Diego que estava a seu lado encostado na parede riu, o tocando no rosto e lhe beijando agora suavemente. — Parece que nossa diversão acabou. — Você não viu nada. Sabe o que aconteceu hoje? — Diego levantou as sobrancelhas e se inclinou em direção a Matteo, curioso, o que lhe deixou muito aliviado. Ele amava Diego, mas não estava no clima para beijo nenhum.

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