Garota Problema

1317 Words
Sofia Bitencur tem dezesseis anos, ela e a irmã Mia, de quatorze, deixam sua mãe, dona Célia, de cabelos em pé. As duas passam pela sala de estar vestidas para sair, mas dona Célia não vai facilitar. -Onde vocês duas pensam que vão? -Aí mãe! A gente só vai dar uma volta. -Vestidas assim, Sofia?A quem você pensa que engana?Já para o quarto. -Mas mãe... -Sem discussões, as duas vão agora! As duas meninas subiram as escadas rumo aos seus quartos, Mia entrou no dela e Sofia no seu. A mais velha se sentou na cama emburrada e começou a olhar em volta. Ela queria muito ir aquela festa, Pedro estaria lá. Caminhou lentamente e olhou pela janela, Pedro estava lá em baixo e fez sinal para que ela descesse. -Minha mãe não deixa. Pedro sorriu e virou as costas. -Ele não vai nem insistir? - pensou Mas Pedro voltou com uma escada e ela foi chamar Mia. As duas desceram e Pedro escondeu a escada. Sofia e Mia eram irmãs, mas eram bem diferentes, tanto em temperamento quanto fisicamente. Enquanto Sofia era loira, cabelos longos, olhos castanhos e muito verdadeira, Mia era morena com cabelos lisos também, as semelhanças entre as duas ficavam apenas no fato de as duas terem cabelos lisos e longos, já que Mia era dissimulada e Sofia não. Mia não saia com Sofia para se divertir apenas, ela contava tudo o que a irmã fazia para sua mãe, mesmo que isto significasse uma bronca por ter saído escondido. Sofia tinha um rolo com Pedro, ele estava apaixonado, mas a garota não se apegava fácil. Mia nunca ficava com ninguém, estava sempre atrapalhando Sofia, mas a menina não se importava. Por várias vezes quase chegou aos finalmentes com Pedro, mas Mia sempre chegava na hora e queria ir embora. O tempo foi passando e Mia foi se afastando da irmã. Não saiam mais juntas e Sofia começou a não sair mais também, gostava de sair com a irmã e sem ela não tinha graça.O relacionamento de Sofia e Pedro ficou mais sério e ela cogitava se casar com ele, mas sabia que seria difícil convencer sua mãe. A mulher vinha de uma familia tradicional e não permitiria que sua filha se casasse com Pedro, que era o jardineiro da casa. Ele tinha a mesma idade de Sofia e era filho de Almir, o motorista. Ele era muito bonito e Sofia achava muito sexy quando ele estava cuidando do jardim sem camisa. Seu corpo era definido e ela pirava nos gominhos de seu abdômen. Sofia tinha agora, vinte anos e havia sossegado um pouco. Não era mais aquela garota problema, que deixava sua mãe maluca, mas ainda fugia pela janela para se encontrar com Pedro. Por inúmeras vezes ele dormiu em seu quarto, mas ao contrário de sua adolescência, não era mais Mia quem atrapalhava, era ela mesma quem não queria chegar aos finalmentes com ele. Não entendia o porquê, mas não sentia vontade e nem ele insistia. A garota estava na garagem com seu namorado, os beijos explodiam entre os dois, Pedro desceu sua mão até os s***s de Sofia e colocou a outra por dentro de suas calças, sentindo sua umidade. Sofia o afastou. -O que houve? -Eu...eu tenho que ir. -Caramba Sofia, toda vez é isso, eu tento, você não quer e vai embora. -Eu realmente preciso ir. -Acho que a única garota na sua idade que ainda é virgem é você. -Não é que eu não queira, só não me sinto preparada. -Eu te espero, só que não precisa ir embora. -É que se eu ficar não respondo por mim - disse sorrindo de canto. -Assim você me deixa louco. -Eu sei. Pedro agarra Sofia e lhe dá um beijo. A menina se solta dele e corre. -Eu tenho mesmo que ir. -Até... -Até. Sofia abre a porta e olha ao redor, como não vê ninguém, ela entra na ponta dos pés, mas quando está chegando na escada é surpreendida por Matilde, sua babá desde que era um bebê. -Sofia, onde você estava? -No jardim. -Sei...você estava era com aquele rapaz. -E se eu estivesse? -Não me responda m*l Sofia. -Não foi minha intenção. -Menina você sabe que sua mãe não aprova este namoro. -Ela só vai saber se você contar. -Você quer que eu minta para sua mãe? -Claro que não... -Então, se ela me perguntar terei que dizer. -Dizer o que Matilde? - perguntou dona Célia. -Que Mia está doente... -Eu já sei que Mia está doente, o Dr.Medeiros está com ela. -Me refiro a Sofia. -Mia está doente? - perguntou Sofia com sinceridade. -Sim - respondeu a babá. -E o que ela tem? -Está com um resfriado, mas não é bom descuidar. -Chega de conversa Sofia, vá ver a sua irmã. -Já estou indo. Sofia subiu até o quarto de Mia e após duas batidas abriu a porta e colocou apenas a cabeça para dentro. -Posso entrar. -Sim - respondeu Mia. O médico que examinava Mia ficou estatelado olhando para Sofia, o que a deixou desconfortável. -Não seria melhor eu voltar depois? -Não, eu já terminei com esta mocinha. -Obrigado. -Disponha. O médico saiu deixando as irmãs a sós. Sofia não conhecia o Dr.Medeiros, apesar de a família dele ser bem conhecida na cidade. Ele morava em São Paulo desde que ela se lembrava e ela nunca colocou os olhos na irmã dele. Ela soube que ele voltou por causa da morte da esposa, cinco anos antes, porque a cidade toda comentou o acontecido. Eram como vizinhos estranhos. Sofia imaginava que ele fosse velho, mas apesar da idade, ele era muito bonito. Espantando estes pensamentos, ela focou na irmã. -Oi irmazinha, como se sente? -Com sono. -Então durma, precisa melhorar para sairmos juntas, tenho saudades daquela época. E quem sabe não arruma um namorado? -Suponho que eu já tenha um pretendente. -Sério? Quem é? -Não é ninguém. -Ah, me fala vai. -E o....cof..cof..cof..cof. -Melhor você descansar. Eu já vou indo, conversamos sobre isso depois. Sofia chegou na sala e quando ia sair notou que sua mãe e o doutor Medeiros conversavam. Ambos olharam em sua direção quando ela passou. -Sofia - chamou sua mãe. -Sim, mamãe. -Venha, quero que conheça o Dr. Medeiros. -Eu já o conheci no quarto da Mia. -Suponho que não tenhamos nos apresentado corretamente. -Realmente. -Marcelo Medeiros, a seu dispor. Sofia revirou os olhos, aquela educação exagerada dele, ao mesmo tempo que agradava, por ser difícil encontrar um homem tão educado, a irritava. -Sofia Bitencur. Ela estendeu a mão para ele, que beijou. Quando a menina ia sair sua mãe começou a falar novamente: -Sofia o Dr.Medeiros gostaria de te conhecer melhor. -Pra? -Eu tenho planos e quero que conversem. Sofia acompanhou Marcelo até a varanda, onde um silêncio incômodo se instalou. Marcelo quem quebrou o silêncio. -Fico feliz que tenha aceito conversar. -Eu não aceitei, minha mãe quem me fez vir e além disso nem estamos conversando. Os dois caminhavam pelo jardim e Sofia virou-se para ele. -Eu vou tomar um refresco, aceita? -Não, obrigado. Eu preciso ir. -Legal - disse e saiu andando. -Sofia... -Sim? -Amanhã virei visitar sua irmã, posso vê - la novamente? -Pode ser. Sofia não soube ao certo por que respondeu aquilo, mas já estava feito. A menina correu até a casa e entrou esbarrando em sua mãe. -Já conversaram? -Já, ele é um b****a. -Sofia! Mais respeito! Ele será seu esposo! -Como é? -Isso mesmo que você ouviu. -Eu não vou me casar com ele! -Sem discussão Sofia, ou se casa com ele ou te mando para a Inglaterra. Sofia se calou, sabia que sua mãe cumpriria o que dizia e além do mais, Célia tinha problemas de saúde. A menina subiu para seu quarto e chorou. Ela sabia que esse casamento sairia, ela querendo ou não.
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