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Impossível Não Amar Você

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drama
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intro-logo
Blurb

Marcelo Medeiros, um médico conceituado, formado em uma das maiores universidades dos Estados Unidos, que após perder sua esposa para uma grave doença, passou a se isolar e sofrer sozinho.Durante muito tempo não quer saber de ninguém, porém um dia, é solicitado na casa de uma amiga de sua família, para tratar de uma de suas filhas, lá ele conhece a mulher que passará a fazer parte de seus sonhos e que protagonizará boa parte de seus pesadelos.

Sofia Bitencourt é vinte anos mais nova do que Marcelo, o que não o impede de pedi-la em casamento.Sua mãe que valoriza o tradicionalismo aceita a proposta do médico. Acuada, Sofia se vê dividida entre obedecer sua mãe que tem problemas de saúde, e o homem que acredita ser o grande amor de sua vida.bUm romance surpreendente.Uma historia sem igual.

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Notícia Difícil
Marcelo não podia acreditar no que lia naqueles papéis, sua amada esposa que sempre foi tão cheia de vida, estava condenada e ele como médico, não podia fazer nada por ela. De que valia o seu diploma? Todos os anos de estudo? Naquele momento de nada. Eles se conheceram na faculdade e não imaginavam que um dia se casariam. Ele achava que Erin era uma mimada e ela achava que ele era um sedutor barato, mas na verdade era diferente. Eles começaram a se aproximar quando tiveram que fazer um trabalho juntos e no final do semestre já estavam noivos. Ao terminar a faculdade marcaram a data do casamento. Eles não quiseram filhos por um tempo, Erin se dizia jovem e Marcelo concordava com isso. Agora após dezesseis anos de casados e muitas tentativas de engravidar, Erin achava que os m*l-estares que vinha tendo, eram resultado de uma gravidez, mas os exames nas mãos de Marcelo provavam o contrário. Erin não estava grávida e nem poderia, já que ela tinha um câncer no útero.E o pior era que ele já estava enraizado e nem a remoção do útero traria esperança a sua amada esposa.Como ele diria isso a ela? Que além de não estar grávida, está condenada a morte? Ele não sabia, mas tinha que contar, já que ela estava sentada a sua frente esperando sua resposta. -E então querido? Marcelo analisou Erin. Seus cabelos longos e loiros estavam presos em um r**o de cavalo e ela o olhava com expectativa, seus grandes olhos castanhos estavam fixos nele.Marcelo se apaixonou de cara por essa combinação de olhos castanhos e cabelos claros de Erin, que geralmente não são naturais, mas nela era. -Não vai dizer nada?-perguntou ela com um meio sorriso. -Eu...vou. -E então,eu estou grávida? -Você... -Que legal,espero que seja um menino para se parecer com você. Ele vai se chamar Cristhian... -Erin...pare...espere...eu... -O que está acontecendo,sua cara está me assustando. -Tem algo errado... -Com o bebê? -Não, com você. -Comigo? -Sim... -Me dê aqui este exame que eu quero ver. Marcelo tentou impedir que Erin alcançasse o papel, mas sem sucesso, então ele achou melhor deixar que ela visse, já que ele não seria capaz de colocar em palavras aquilo que estava naquele exame. Erin sorria,e foi com esse sorriso que ela falou com Marcelo. -Cancinoma uterino?Isso não é... -Câncer, Erin.Você tem um câncer. -Eu tenho um câncer? Então não poderei ter filhos? Marcelo achou até engraçado que a pergunta de Erin fosse justamente essa, e não se ela iria morrer, mesmo porque a resposta para qualquer uma das duas era muito difícil de dar, então traindo a ética médica e pensando na sanidade dele próprio e da esposa ele respondeu: -Claro que vai, quando você se curar. Erin saiu depois de mais alguns exames, ela estava otimista e ele se condenava por dar esperanças, mas o que ele faria? Diria a ela que ela iria morrer sem ter um filho? O útero de Erin foi retirado com a autorização de Marcelo, mas sem o conhecimento dela, o procedimento não salvaria a sua vida, mas prolongaria. Marcelo disse a ela, que a cirurgia era para a retirada do tumor. Passados seis meses, Erin já dormia a maior parte do tempo por conta dos sedativos. Em uma das poucas vezes que conseguiu conversar com ela, Marcelo foi surpreendido por um pedido que ele não poderia realizar. Erin dormia quando ele entrou no quarto, mas quando ele se aproximou ela abriu os olhos e sorriu, seu sorriso era fraco e cheio de dor. -Marcelo - sussurrou. -Sim, querida? -Faria uma coisa por mim? -Qualquer coisa. -Eu não aguento mais...sei que vou morrer e a dor que sinto e demais... -Não me peça isso. - Eu estou sofrendo, você está sofrendo... -Não Erin, eu não conseguiria. E além disso... isso é crime aqui no Brasil. -Mas não na Europa. -Erin... -Por favor Marcelo, eu quero morrer com dignidade. -Eu preciso pensar. -Não demore, não quero ter que suportar outra crise. Marcelo saiu do quarto e caminhou sem rumo pela cidade, São Paulo se tornou muito pequena e claustrofóbica, mas quando ele voltou sua decisão estava tomada. Seria doloroso para ele, mas ele faria o que Erin havia pedido. Ele deu a notícia a ela e preparou tudo para a viagem, eles iriam para Luxemburgo. Ele faria aqui mesmo, já que com a morte dela, sua vida perderia o sentido e ser preso ou não seria indiferente, mas Erin preferiu que fosse em um país onde a eutanásia fosse legalizada. Foi difícil, Erin não quis que fosse outro médico, então Marcelo foi quem aplicou a injeção letal em sua esposa. Ela morreu em seus braços e ele chorou por horas abraçado a ela. Seu corpo foi trazido para o Brasil no jato do hospital e no velório, Marcelo ficou o tempo inteiro em pé ao lado dela. Ele não falou com ninguém por dias, e quando falou foi para comunicar que voltaria para sua cidade, no interior de São Paulo. Todos tentaram impedir sua partida, mas ele se negou a viver na casa ou até mesmo na cidade em que viveu com Erin, ela fazia muita falta e a dor era imensa. Iria para sua casa em uma cidadezinha interiorana. Sua irmã Elisa já morava lá há algum tempo e ele sabia que seria bem recebido por ela, que vivia sozinha. O avião pousou na cidade vizinha, já que em sua cidade não havia aeroporto. Um táxi o deixou na frente da grande casa, onde ele foi recebido por Elisa, que usava um terninho casual. Seus cabelos escuros estavam presos em um coque comportado. Ela era mais nova do que ele e nunca se casou, teve um noivo, mas não deu certo, já que o rapaz era um aproveitador. Elisa tinha vinte e sete anos e era muito bonita. Ela sempre fora muito gentil e alegre, mas com o passar dos dias, Marcelo notou que ela estava diferente, parecia amargurada e tudo a incomodava. Tratava os empregados com desrespeito e conversava pouco. Seu quarto ainda estava do jeito que ele havia deixado, era amplo e bem iluminado. A pedido de Erin, havia substituído a parede de tijolos por uma de vidro, o que dava um ar mais alegre ao ambiente. Fazendo contraste com o seu humor, que estava péssimo. A cama era bem grande e no closet cabiam as roupas de duas pessoas, Erin gostava de vir para cá. Ela ficava horas observando a paisagem pela parede de vidro. Mas também, a paisagem era linda. Marcelo podia ver os animais ao longe, as árvores do pomar, as montanhas e um por do sol espetacular, mas sem Erin, nada daquilo fazia sentido. A beleza simplesmente não existia mais. Ele estava se lembrando da primeira vez que trouxe Erin aqui depois que colocou a parede de vidro, ela amou a vista. Ela era um mulher calma e concordava com quase tudo o que Marcelo dizia, os dois tinham muito em comum e gostavam das mesmas coisas. Foi muito triste vê- la definhar e ter que ser ele a dar fim ao sofrimento dela. Ela tinha apenas trinta anos e uma vida cheia de sonhos pela frente, isso tudo era muito injusto, pensava Marcelo, que ainda era jovem também, aos trinta e cinco anos ele estava no auge de sua carreira, exibia um corpo de atleta, graças às horas de treino no boxe.Seu treinador cobrava muito dele e ele estava bem em forma, mas com a morte de Erin perdeu o entusiasmo pelo esporte.Treinava apenas porque Dave insistia. Uma batida na porta tirou Marcelo de seus devaneios. -Entre. -Senhor Medeiros o jantar está servido. -Obrigado. Marcelo não queria jantar, mas a educação que recebeu não permitia que deixasse de ser cordial com sua irmã. Ele passava boa parte do dia trancado no quarto, saía apenas para as refeições com a irmã. Mas comia pouco. A comida parecia pedra ao ser engolida.

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