Levi pensou no que dizer quando parou no sinal. Seus olhos se moveram até Dakota, ela estava olhando uma foto de Dominic com um sorriso.
— Ele é muito lindo. E fofo também.
Dakota olhou para ele e pela primeira vez, abriu um sorriso.
— Ele é. Você terá muita sorte se for o pai dele.
Levi abriu outro sorriso.
— Ele também terá sorte se eu for o pai dele.
Dakota revirou os olhos, mas ainda estava sorrindo.
— Eu já estou até treinando como segurar um bebê de sete meses.
— É bom treinar também o: como não chorar quando um bebê chora e quem tem que cuidar é você.
Levi a olhou de soslaio. Ele virou na esquina do prédio dela.
— Experiência própria?
— Sim — sorriu — No começo, quando eu comecei a trabalhar no orfanato. Agora eu já criei uma casca.
— Então nós criamos uma casca?
Dakota moveu a cabeça em um mais ou menos.
— Nós aprendemos a lidar com o choro e aprendemos que eles só choram porque não sabem resolver sozinhos.
— E querem que a gente resolva então choram pra dizer isso?
Dakota fez que sim.
— Exatamente isso.
— E porque tem gente que deixa a criança gritar pra aprender? Não faz sentido nenhum.
— Pois é. Essa gente acha que uma criança tem a mesma mentalidade e experiência.
Levi franziu a testa. Ser pai era muita responsabilidade. Achar um jeito de fazer o filho parar de chorar da forma mais saudável possível.
Dakota estava olhando para ele e sorrindo. Nem mesmo havia notado que estava há alguns segundos olhando para a frente com uma careta.
— Ainda quer ser pai?
Levi piscou algumas vezes.
— É claro.
Desistir não era uma opção. Ainda mais com aquela mulher que tinha tudo sob controle. Ele precisava mostrar que também tinha.
— Perfeito, então.
Levi estacionou, olhando Dakota tirar o cinto de segurança e pegar sua bolsa no chão do carro.
— Obrigada pela carona, Levi.
— Não foi nada.
Dakota sorriu para ele, e antes que ela fechasse a porta, Levi disse:
— Vou levar um presente pra ele amanhã.
Ela tentou não aumentar o sorriso. Homens conseguem tirar sorrisos muito facilmente, ele nem fez nada demais.
— Eu vou levar ele, então.
— Por favor. Quero ver pessoalmente se ele vai gostar.
Dakota fechou a porta e caminhou até o prédio, sem olhar para trás. Levi riu sozinho, e agora precisava achar um bom brinquedo.