CAPÍTULO 14

417 Words
Levi pensou no que dizer quando parou no sinal. Seus olhos se moveram até Dakota, ela estava olhando uma foto de Dominic com um sorriso. — Ele é muito lindo. E fofo também. Dakota olhou para ele e pela primeira vez, abriu um sorriso. — Ele é. Você terá muita sorte se for o pai dele. Levi abriu outro sorriso. — Ele também terá sorte se eu for o pai dele. Dakota revirou os olhos, mas ainda estava sorrindo. — Eu já estou até treinando como segurar um bebê de sete meses. — É bom treinar também o: como não chorar quando um bebê chora e quem tem que cuidar é você. Levi a olhou de soslaio. Ele virou na esquina do prédio dela. — Experiência própria? — Sim — sorriu — No começo, quando eu comecei a trabalhar no orfanato. Agora eu já criei uma casca. — Então nós criamos uma casca? Dakota moveu a cabeça em um mais ou menos. — Nós aprendemos a lidar com o choro e aprendemos que eles só choram porque não sabem resolver sozinhos. — E querem que a gente resolva então choram pra dizer isso? Dakota fez que sim. — Exatamente isso. — E porque tem gente que deixa a criança gritar pra aprender? Não faz sentido nenhum. — Pois é. Essa gente acha que uma criança tem a mesma mentalidade e experiência. Levi franziu a testa. Ser pai era muita responsabilidade. Achar um jeito de fazer o filho parar de chorar da forma mais saudável possível. Dakota estava olhando para ele e sorrindo. Nem mesmo havia notado que estava há alguns segundos olhando para a frente com uma careta. — Ainda quer ser pai? Levi piscou algumas vezes. — É claro. Desistir não era uma opção. Ainda mais com aquela mulher que tinha tudo sob controle. Ele precisava mostrar que também tinha. — Perfeito, então. Levi estacionou, olhando Dakota tirar o cinto de segurança e pegar sua bolsa no chão do carro. — Obrigada pela carona, Levi. — Não foi nada. Dakota sorriu para ele, e antes que ela fechasse a porta, Levi disse: — Vou levar um presente pra ele amanhã. Ela tentou não aumentar o sorriso. Homens conseguem tirar sorrisos muito facilmente, ele nem fez nada demais. — Eu vou levar ele, então. — Por favor. Quero ver pessoalmente se ele vai gostar. Dakota fechou a porta e caminhou até o prédio, sem olhar para trás. Levi riu sozinho, e agora precisava achar um bom brinquedo.
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