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30 dias para recomeçar

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Blurb

Ayla, uma jovem viúva ainda marcada pela dor da perda do marido, aceita um convite inesperado para passar as férias no Texas com Elijah, um homem misterioso que desperta sua curiosidade. Seduzida pela promessa de fuga e distração, ela decide arriscar, mas ao chegar àquela terra árida e selvagem, rapidamente se arrepende. O peso do luto e a culpa de se entregar a um novo amor a sufocam, e Ayla pensa em desistir e voltar para casa.

Elijah, porém, não é um homem comum. Envolvido com a máfia americana, ele é determinado e obsessivo em sua busca por conquistar Ayla. A cada dia que passa, ela se vê cercada por um mundo que jamais imaginou fazer parte – um lugar de perigo, paixão e liberdade. Com a natureza indomável do Texas como pano de fundo, Elijah a arrasta para uma jornada de trinta dias de um amor intenso e selvagem, revelando a Ayla facetas de si mesma que estavam adormecidas.

Entre paisagens vastas e solitárias, Ayla descobre que fugir do passado não é tão simples quanto pensava. Mas, aos poucos, ela se rende àquele homem e àquela terra, descobrindo que, talvez, entre as sombras do desejo e da redenção, ainda haja espaço para um novo começo.

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O deserto pode renascer
A paisagem passava rápido pela janela do carro que deslizava por uma longa e quase deserta estrada. Os olhos de Ayla vagavam pela vastidão, perdida em pensamentos... Um passado bonito, mas tão breve que trazia a sensação de um filme que parou antes do fim, como se na parte do beijo a luz acabasse e nunca mais voltasse. Deixando os expectadores presos em algo sem final. Era assim que Ayla se sentia, presa, suspensa em uma parte da própria história onde se pudesse pedir qualquer coisa a D’us (forma como ela se referia, a Deus) seria ter o marido vivo ao seu lado. À sua frente, o horizonte parecia interminável, uma linha distante onde o céu azul claro encontrava o solo ressequido. As planícies áridas se estendiam por quilômetros, interrompidas apenas por cactos esparsos e arbustos secos que resistiam ao calor implacável do sol. Sozinha com os seus pensamentos não percebeu quando a briga entre os filhos começou. - Sai pra lá sua pirralha! Me deixa! - Eu vou contar pra mamãe! - Contar o quê sua retardada! Elijah estava dirigindo, o caminho do Aeroporto Internacional de El Paso até Marfa, a cidade em que tinha construído seu refúgio particular era de três horas e meia de carro, ainda assim, além do volante ele segurava firme, também, uma esperança de esquecer o próprio passado e recomeçar da maneira certa. - Não fala assim com a sua irmã, Joshuá, ela é uma menina, precisa proteger ela. Joshuá era o filho mais velho de Ayla e a fala de Elijah o fez se lembrar das coisas que o pai falava... “Ela é nossa princesinha, Joshuá, precisa me prometer cuidar dela e da sua mãe quando eu não estiver mais aqui” - Você não é meu pai! Fica fora disso! A voz do filho falando a palavra pai penetrou na mente de Ayla como uma faca em brasa atravessando sua carne. - Joshuá! - Mãe ela estava lendo as minhas conversas Ainda não tinha ouvido o começo da briga e o coração estava bagunçado desde que saiu do Brasil. Elijah era um homem bonito, alguém que tinha conseguido ao menos temporariamente anestesiar a dor que ela sentia, ainda assim, quanto mais aquela viagem se aproximava da concretização, mais ela se sentia traindo o marido. Ainda se lembrava da primeira vez que o viu, Marco estava conversando com o patrão, o homem que também se tornaria seu chefe e mais tarde seu amigo. Sentiu o coração reagir, e o corpo estremecer, assim que o viu, na época os cabelos grisalhos não davam a Marco a aparência de velhice, ao contrário, pareciam um charme a parte, porque tudo nele era atraente, a voz, o corpo delineado por músculos perfeitos, a barba desenhada, mas que parecia natural... Os olhos, Ah... Ela amava os olhos do empresário que se tornou seu mentor, seu amor e o pai dos seus filhos. Olhas cor de âmbar! A cor tão doce quanto foi ouvir da boca de Marco que queria vê-la carregando um filho deles. Ele não viu, não enquanto ela estava grávida de Joshuá, deu a luz ao primogênito longe de casa, com o peito sangrando de saudade, mas ainda assim, foi mais fácil do que agora que sabia que o adeus tinha sido definitivo e que não existia nenhuma força no mundo capaz de trazê-lo de volta. - Filho, por favor, agora não. Ayla foi contundente com o rapaz que estava tentando ter alguma privacidade enquanto conversava com a amiga. Ele e Hope tinham pouco ou quase nada em comum, mas Joshuá a achava linda e se envergonhava as vezes de pensar na amiga daquela forma. Ela era nada menos do que a filha de um dos homens mais mortais da máfia, mas também era a garota mais bonita e doce que Joshuá conhecia. - Desculpa, mãe! Desculpa, Elijah Fez o que sabia que o pai teria mandado ele fazer, enquanto o pai estava vivo, desrespeitar uma ordem de Ayla era simplesmente proibido e Joshuá manteve aquele “mandamento” com ainda mais força, para o rapaz, era também uma forma de ter o pai por perto. - Tudo bem, meu amor. No campo de visão de Ayla, montanhas baixas e desgastadas surgiam ao longe, suas sombras projetando um contraste suave contra o dourado da terra. O vento levantava nuvens finas de poeira, criando pequenas espirais que se dissolviam rapidamente no ar. Algumas cercas de arame farpado acompanhavam a estrada, delimitando os enormes campos vazios onde, de vez em quando, se via um ou dois cavalos pastando ou caminhando lentamente. Em seu coração, o mesmo vazio desértico de quem se enxergava distante de tudo o que acreditava, mas ainda assim, como os cactos que lutavam pela vida em meio a secura do solo, ela também tentava se agarrar a esperança de que no deserto do seu pеito, algo bonito pudesse renascer. Ayla sentia o peso da própria decisão com culpa, a solidão da paisagem refletindo o turbilhão de emoções dentro dela. Tudo parecia vasto, desolado e, ao mesmo tempo, incrivelmente bonito, bonito como o homem ao seu lado. Era um lugar que exigia força, resistência, e que parecia convidá-la a enfrentar algo dentro de si mesma. A mão de Elijah alcançou a sua, um toque rústico que a fez arrepiar. - Está tudo bem, linda, só 30 dias

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