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Sobrevivendo a um i****a

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Blurb

Alicia González se muda para Paris com o pai, por conta do trabalho do mesmo. Embora nunca tenha sido aquele tipo de pessoa que sempre é cercada de amigos, ela não é muito fã da ideia de ter de se mudar e se acostumar a toda uma rotina, país e pessoas diferentes. O que ela não esperava era acabar por se descobrir em seu novo lar, e muito menos que seu "inimigo" acabasse por se tonar um amigo, ou até mais que isso. Mas é como dizem, a vida é uma caixinha de surpresas, ninguém sabe o que nos aguarda, até que esse algo aconteça.

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Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ: ᴍᴜᴅᴀɴᴄ̧ᴀ
Fala sério, tem coisa mais chata do que se mudar? Pra mim, não. Você deixa pra trás tudo que gosta e com o que já está acostumado, pra ir até um local desconhecido e com gente que fica te encarando como se você fosse algum tipo de ET, que povinho mais desocupado. Revirou os olhos. Nesse momento estava em frente à minha nova casa. Havia acabado de chegar do aeroporto, foram exaustivas horas de viagem de Madrid, minha cidade natal, até Paris, meu novo "doce" lar. Sentiram a ironia? — Ei, Alicia. Dá pra tirar essa expressão de b***a do rosto e me ajudar aqui com as malas? – meu pai interrompeu meus pensamentos, sutil como uma mula. — Claro que sim pai, também te amo. – revirei os olhos novamente, usando de toda ironia, antes de suspirar. Não que eu não amasse meu pai. Longe disso, ele era a pessoa mais importante pra mim. Mas digamos que eu, o sarcasmo e a ironia formamos um theesome bem moderninha do qual eu, de certa forma, me orgulhava muito. Ri sozinha diante dos próprios pensamentos – demência? Talvez – e a vizinha da frente, uma velhinha m*l encarada e com cara de fofoqueira, me olhou como se eu fosse algum tipo de aberração da natureza. Parei de rir instantaneamente e soltei um risinho sem graça pra ela, daqueles do mais puro nervosismo e falta de graça. Sabem o que aquela indivídua fez? Empinou o nariz, me deu as costas e entrou em casa. Tsc. m*l amada. E vejam só, ponto pra mim. m*l cheguei na cidade e já arranjei uma inimizade. Suspirei após aqui, resolvendo que o o melhor a fazer seria pegar o restante da bagagem e finalmente conhecer a minha mais nova morada. E assim o fiz, entrei dentro da casa, que por sinal já estava toda mobiliada e dei uma bela olhada ao redor, me familiarizando com tudo aquilo. — Que bom que resolveu deixar de fazer caretas pro nada e resolveu me ajudar. Já disse que sarcasmo ta no sangue? Pois é, não se enganem com o rostinho bonito do meu coroa. Sim, rostinho bonito, porque apesar da idade, que não é nem tanta assim, ele está bem... hm... como dizem? Ah, é, conservado. Antes que eu pudesse retrucar, porém, um vulto laranja pulou em cima de mim e me tirou da minha linha de pensamentos, além de derrubar-me no chão, me fazendo soltar as malas nos mesmo instante. — Também senti saudades garoto! – o riso veio fácil, enquanto abraçava o meu melhor amigo. E para você que deve estar confuso, eu respondo: Sim, ele é um cachorro. Quer um amigo melhor que esse? Companheiro, fiel, amoroso e que nunca sai do seu lado. — As vezes eu acho que você ama mais esse cachorro do que a mim... – a voz do mais velho soou em forma de um resmungo. Tão dramático. — Não diga isso! – soei tão indignada quanto parecia estar, ao mesmo tempo que via um sorriso surgir no rosto alheio. — O Axl não é apenas um cachorro, ele é quase um ser humano. Tão rápido quanto havia surgido, o sorriso sumiu enquanto expressão dele murchava. E mesmo que eu tivesse tentado, não consegui conter o riso que me escapou. E não, você não leu errado, o nome do meu cachorro é Axl, Axl Rose. Dei esse nome justamente porque ele tem o pelo num tom ruivo alaranjado, parecido com o do cantor. E também porque eu amo o Axl. Não é como se eu fosse algum esteriótipo de rockeira, mas adoro uma boa música, e Guns N' Roses é o suprassumo da perfeição, convenhamos. — Já que é assim, peça pro Axl fazer o seu jantar mocinha, afinal eu não sou amado nessa casa mesmo. – o bico que tinha em seus lábios era tão grande que provavelmente poderia ser visto até longe, bem como sua feição emburrada. Novamente ri baixo. — Você sabe que é número um no meu coração, né? – indaguei, enquanto me aproximava naquela cautela, o abraçando. — Isso tudo é medo de ficar com fome? Por um momento esquecendo até mesmo a própria birra, ergueu um das sobrancelhas com um sorriso divertido brotando no rosto. — Também. – confessei, sincera. — Mas você sabe que é o melhor pai do mundo. — Eu sei que sou. – reafirmou, todo convencido, me fazendo negar. Ele riu um pouco e bagunçou meus cabelos com um carinho desajeito, mesmo que eles precisassem de ajuda pra isso. Ainda assim não reclamei. — Não se acostume tá? Não pretendo repetir isso... — Claro. – riu baixo, ao passo que se afastava. — Agora vá arrumar suas coisas e depois desça pra me ajudar com o jantar. — Sim senhor, capitão! – bati continência e saí marchando até o quarto. E ainda pude ouvir ele falar algo do tipo "eu bem que poderia ter uma filha menos maluquinha..." num murmúrio, antes que passasse a subir o pequeno lance de escadas, sorrindo com o comentário. Minha relação com meu pai sempre foi assim, meio liberal, se é que posso usar essa palavra. Minha mãe havia morrido quando eu tinha apenas seis anos e desde então ele cuidava de mim sozinho, sempre se dedicando ao máximo pra não deixar nada me faltar; nós dois contra o mundo. Por isso evitava causar decepções à ele, mesmo sendo um pouco fora da caixinha assim, sempre fui uma ótima aluna e nunca me meti em confusões e fiz loucuras adolescentes. E por isso também tentei não reclamar quando ele chegou em casa um belo dia, falando sobre uma promoção de emprego e a notícia de que nos mudaríamos em breve. E cá estavam eles. Ainda juntos, há umas horas de vôo de distância de tudo que já conhecera em sua vida e sem ideia do que esperar do futuro. Suspirei, assim que parei de caminhar. O quarto que havia escolhido ficava no final do corredor e tinha uma porta impecavelmente branca bem como o interior do mesmo – constatou assim que adentrou o local – que possuia apenas os móveis básicos e prateleiras vazias a minha disposição. Grunhi baixinho ao imaginar o tempo que passaria arrumando e dando personalidade aquele local tão monocromático, mas ao mesmo tempo aquela foi a principal motivação para deixar a preguiça de lado e começar a trabalhar. Assim que arrumei os fios negros num coque bagunçado, peguei o celular e selecionei uma playlist qualquer do aparelho, antes de começar a arrumação. Sorri involuntariamente ao escutar Welcome to the jungle tocar. Definitivamente amava aquela música. E talvez tenha sido justamente a melodia envolvente e tão familiar que encheu de animação suficiente. Então a arrumação se deu início ali, enquanto abria a primeira mala e dava de cara com seus bebêzinhos todos arrumadinhos. E quando falava em bebêzinhos, estava me referindo aos meus livros. Uma mala inteira repleta deles. Isso sem contar os demais que estavam empacotados numa caixa e que viriam depois com o restante da mudança. Mas por hora seu foco haviam sido aquele, que por sinal eram os seua favoritos, e logo os arrumou, por odem alfabética e por saga, nas prateleiras que tinham na parede, com o mesmo zelo que sempre tinha com cada um. E em seguida vieram as roupas e os sapatos, que não demoravam a estarem bem arrumados no closet que ali havia. Até que que houvesse terminado de organizar os demais objetos menores que faltavam, como acessórios, ou itens pessoais, uns bons minutos haviam se passado. A melodia de alguma música do Kiss ainda soava pelo cômodo, baixinha, enquanto agora largada na cama, um pouco cansada, refletia brevemente sobre a possibilidade de pintar uma das paredes do local de azul pastel ou quem sabe adicionar um mural para suas fotos posteriormente, além de umas luzinhas. Fechei os olhos por um momento, sorrindo de leve enquanto cantarolava baixinho, e só de fato resolvi que era hora de levantar quando enfim a música acabou. Peguei uma roupa qualquer e um toalha, antes de seguir ao banheiro sem a menor pressa, e foi nesse mesmo ritmo que passei quase meia hora debaixo d'água, brincando com espuma. Tão logo terminei, não demorou a que estivesse seca, vestida e seguindo até a cozinha para ajudar mi papá. Mas foi inevitável, ao parar na porta do cômodo, ter de prender o riso diante da cena cômica que encontrei. Afinal não é todo dia que se encontra um homem adulto usando um avental rosa com vários cupcakes dourados desenhados, cozinhando enquanto canta Always com toda a emoção do mundo. E até poderia dizer que todos os meus esforços estavam dando certo, mas o cúmulo foi quando ele pegou uma colher de madeira e fingiu que era seu microfone. Foi aqui, bem nesse momento, que todos os meus esforços foram por água abaixo e então desatei a rir. Num primeiro momento sua reação foi derrubar a espátula e me olhar com os olhos arregalados pelo susto, já que até então não havia notado a minha presença. Porém assim que percebeu que eu não parava de rir, fechou a cara imediatamente e ficou me encarado, emburrado, enquanto cruzava os braços, permanecendo daquela forma mesmo enquanto eu aos poucos ia parando, retomando o fôlego e limpando o cantinho dos olhos com os dedos. — Já acabou? Tem certeza que não quer rir mais um pouco? Tava sendo tão legal te ver se divertindo as minhas custas. A voz carregada de sarcasmo soou então, me arrancando mais um riso baixo em meio a um ofego e fazendo com que eu negasse. — Sério? Me desculpe então. Mas se quiser que eu ria mais um pouquinho é só começar a dar uma de "estrela do rock em ascensão", de novo. – um sorriso provocativo brincava nos meus lábios e fiz questão de dar ênfase no "de novo". — Ha ha ha, muito engraçadinha a señorita. Por que não larga os estudos e vira comediante? Está desperdiçando seu talento. – ironizou, ainda todo emburrado, enquanto abaixava para pegar o que havia deixado cair. Como eu havia dito, deveras dramático. — Ah, que emoção. É bom saber que meus fãs me amam assim. – limpei uma lágrima imaginária no canto do olho, sorrindo um pouco conforme ele lançou em minha direção o pano de prato que mantinha sobre o ombro, mas que consegui pegar a tempo. — Ok, vamos logo jantar, antes que você pise ainda mais no meu orgulho. — Dramático. – neguei, dobrando o tecido, somente para em seguida deixá-lo sobre o balcão, antes de aproximar-me. — Pensei que quisesse minha ajuda pra fazer o jantar. — Você não lembrou que eu precisava de ajuda enquanta estava acabando com a água do planeta... Digo, tomando banho. – retrucou, com uma sobrancelha erguida, indicando a mesa enquanto acabava de servir o que havia preparado. E foi a minha vez de soltar um baixo resmungo, antes de fazer o fora pedido. O jantar correu de forma tranquila ainda assim, afinal não era como se ele realmente houvesse ficado chateado, funcionávamos daquela forma. Por isso mesmo, após conversarmos algumas banalidades e eu ter lavado a louça suja que havia restado – já que ele sequer se ofereceu, afinal, segundo o mesmo, tinha feito o jantar –, cada um foi para o seu canto. E no meu caso, tudo que eu mais queria era ser abraçada por aquele colchão macio e dormir o suficiente para me sentir revitalizada depois daquele dia tão cansativo. Mas qualquer pensamento sobre aquela ideia tentadora se dissipou a partir do momento em que entrei no quarto e encontrei a cena mais adorável que se conseguia imaginar. Axl estava deitado no chão, próximo ao batente da janela, abrançando um ursinho de pelúcia que eu tinha desde pirralha – e um dos únicos que havia guardado e trago comigo –, enquanto dormia todo largado. Foi inevitável não sorrir toda boba, como eu certamente estava, muito menos me aproximar e sentar do seu lado. Assim que toquei o pelo macio e um carinho foi feito, ele grunhiu em satisfação, se espreguiçando por um momento mas logo voltando a dormir, porque por mais que fosse todo grandão, era também proprocionalmente manhoso. Aproveitarei que amanhã é domingo e o levarei pra passear, era o único pensamento que se passava em minha naquele momento, enquanto ria baixinho. E somente após alguns minutos enfim levantei, fechando as janelas e seguindo a cama, largando o corpo de vez ali, sequer me dando conta de quando havia me rendido ao sono.

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