Capítulo 1: Bebidas e quarto de hotel

1581 Words
Explicando o Omegaverse: O enredo gira em torno de uma terra mais avançada, os seres humanos estavam cada vez mais diminuindo seja por conta de doenças, guerras ou tendo menos filhos, a população mundial foi de 7 bilhões para 1 bilhão de pessoas em menos de 200 anos e isso causou uma enorme desastre no modo de viver dos seres humanos, assim a espécie se viu obrigada a evoluir para que possam novamente prosperar. Surgiu então uma hierarquia baseada nos três pilares, Alfa, Ômega e Beta. Os alfas: estão no topo da sociedade compondo 35% da população e possuem os cargos mais altos e são mundialmente conhecidos. Os betas: são 55% da população que permanecem com suas características naturais não afetados pelos feromônios. Os ômegas: os mais raros, fazem parte de 10% da população e costumam ser rejeitados pela sociedade por depender do alfa. Os casais ômega×alfa ou são para toda vida ou apenas para meios reprodutivos. Durante o cio, os ômegas produzem uma série de hormônios e fluídos corporais que atraem os alfas, assim como a abelha rainha atrai os outros. Durante esse período, a libido dos ômegas está no auge e eles buscam desesperadamente a atenção de um alfa com quem possam fazer sexo. Isso porque, durante o cio (que costuma durar cerca de 7 dias), o ômega está no seu ponto mais fértil. O alfa também passa por um período fértil onde busca desesperadamente por um ômega para reprodução onde são enviados feromônios, o ômega tende a ter um período mais forte que a do alfa e dura mais tempo, sendo a desse última ocorrendo raramente. O período fértil pode ser aliviado com um parceiro ômega×alfa ou alfa×ômega apenas, ou com os "inibidores", medicamento que serve para acalmar os instintos reprodutivos, dependendo da pessoa possui diferentes eficácias ou efeitos colaterais. Os ômegas têm uma característica única: independentemente do sexo biológico, podem conceber filhos. Isso ocorre porque seus órgãos reprodutivos não são os mesmos dos betas. Os alfas possuem uma protuberância no pênis que serve para dar o "nó" para garantir a fecundação. No caso das mulheres Alfa, elas podem engravidar homens Ômega. Outra característica é a "marca" onde os dois alfa e ômega podem marcar seu parceiro, fazendo assim que não aceite nenhum outro parceiro ao longo da sua vida (exceção a óbito do parceiro). A características físicas do alfa tendem a ser maiores, mais altos e com maior desenvolvimento muscular ao contrário dos ômegas que possuem estatura baixa. Suas personalidades também são afetadas, o alfa tende a ser territorialista e o ômega a ser mais dócil (não é uma regra absoluta). Capítulo 1: — Ariel Azevedo… — a mulher olha ao redor e eu levanto a mão imediatamente — pode entrar. Entro na sala e me sento na cadeira que fica de frente para três pessoas. — Você possui um ótimo currículo, escola prestigiada, notas muito boas, vimos também que possui várias honras. — Sim senhora, me esforcei muito durante minha adolescência para ser capaz de possuir um alto valor de conhecimento. — Mas vimos também aqui que você consta ser um ômega… Isso é verdade? — pergunta um homem que estava na minha frente. — Sim senhor, fui descoberto aos 14 anos como um ômega. Um silêncio para na sala e em seguida eles começam a rabiscar um papel e se entreolharem. Eu já estava acostumado com este tipo de comportamento, principalmente em entrevistas de emprego. — Certo senhor, analisaremos seu currículo e ligaremos caso seja aceito para a vaga. Levanto e me retiro, ao passar pelo corredor onde haviam mais candidatos sinto um pesar de olhares sobre mim, decido ignorar e continuar o meu caminho. Olho para o meu relógio de pulso, são 18h, decido ir até um bar. — Ariel, está bem vestido — falou Alexandra, a dona do bar e minha amiga de infância. — Não aguento mais, todos os dias ir a entrevistas de emprego, ter um ótimo currículo mas ao olharem que eu sou ômega simplesmente me descartam. — Eu chamaria pra você trabalhar no bar, mas você sabe como é, as pessoas já enchem meu saco e eu sou uma beta, esse papo todo de feromônios faz as pessoas ficarem malucas. — Nem me fale, não entendo tanto alarde. — Vai uma bebida docinho? — Me dê alguma coisa bem forte, estou super estressado. — E quem por acaso vai cuidar de você? — Se eu ficar muito bêbado só me deixe na sua sala, eu realmente preciso beber hoje. Ela concorda e prepara o meu drink, tomei de pouco em pouco, a bebida possuía um forte ardor que queimava a garganta, pedi o segundo copo, o terceiro e depois já havia perdido a conta, enquanto bebia alguém senta ao meu lado. — Quantas bebidas até agora? — Para falar a verdade… Eu já me perdi nas contas… Ele olha no meu rosto e também olho o dele, ele é um homem incrivelmente lindo, moreno e com certeza tem um corpo bonito por debaixo do terno. — E você bonitão? Quantos copos já? — Eu tenho que dizer o mesmo que você, eu já me perdi nas minhas contas. — Você tem um cheiro tão bomm… me aproximo do pescoço dele. — Você também possui um cheiro ótimo, pra falar a verdade eu nunca senti esse cheiro em alguém antes… Me encostei do lado dele, enquanto ele terminava sua bebida, ao terminar seguro o rosto dele com suas mãos e lhe dou um beijo quente, entre respiração ofegante e beijos ele me leva para o carro. — Precisamos de um lugar melhor que esse… Rapidamente ele entra no carro. — Infelizmente eu não posso dirigir, você tem algum problema com isso? — Não. De qualquer forma eu não te deixaria dirigir, eu preciso de você agora… Continuamos nossos beijos e entre um beijo e outro havia uma mão passando por todos os lugares, ele deita o banco do carro em que ele estava e instantaneamente eu subo para cima dele. Ele então começa a tirar meu terno e eu abro o seu zíper e começo nossas preliminares. — Você já está bem molhado… — finalmente ele chega ao clímax. — Minha vez de me sentir bem… — em cima dele começo o meu movimento e o seus rosto me mostrando que estava gostando me deixa mais satisfeito ainda, entre longas respirações os dois chegam ao clímax mas logo após minha visão fica turva e logo apagada. Acordo com uma enorme dor de cabeça e o sol no meu rosto, um quarto que eu nunca tinha visto na vida mas a banheira e o quarto me fizeram notar que era um hotel, ao olhar para o lado vejo o homem que havia estado comigo ontem à noite completamente adormecido. Silenciosamente pego minhas roupas e vou me vestindo. — Não vai nem mesmo tomar café? — ele levanta da cama e me olha com um rosto ainda sonolento. — Não precisa, obrigado. — Eu tenho certeza que você está com uma enorme ressaca, não faz mal comer um pouco, eu também estou assim. Pensei um pouco e no final aceitei, realmente nunca havia acordado tão enjoado na vida. — Vamos comer em outro lugar. Nos vestimos e saímos para uma cafeteria, eu pedi um croissant e um café preto. — Ai! — reclamo enquanto sento na cama, meu corpo estava extremamente dolorido. — Tá tudo bem? — Tá sim! Mas… como a gente foi parar naquele hotel? — Eu tive que chamar um táxi, você desmaiou logo depois daquilo, não podia levar você para minha casa então tive que levar você para algum lugar que pudesse descansar, bom eu pensei que você ia descansar… Ao falar isso ele desbloqueou as memórias de quando nós chegamos ao hotel onde eu simplesmente acordei e não deixei-o dormir mais. Isso me fez entender as dores pelo meu corpo. — Você não precisa trabalhar hoje, né? — pergunto. — Não, se não eu não teria tomado tudo aquilo, e você? — Também não… Um silêncio pairou. — Obrigada por ter cuidado de mim quando desmaiei mas eu preciso ir… — rapidamente me levanto. — Espera… Você vai realmente ir embora assim? — O quê? — Aqui — ele me entrega um cartão de visitas — esse é o meu número. — Tudo bem — eu não poderia dizer que eu não estava feliz, eu nunca havia sentido uma química tão forte com alguém antes, na verdade, nunca consegui ficar com ninguém, quando tentava eu me sentia muito mal, isso fez eu achar que podia ser assexual mas dessa vez não foi assim. — Se você quiser eu posso te dar uma carona pra onde estiver indo. — Não, tudo bem. É perto daqui, obrigada. Finalmente consigo me despedir dele, apesar de seu rosto mostrar que estava triste por eu não ter aceitado que ele me desse uma carona, mas eu simplesmente não podia chegar na faculdade com um homem numa Mercedes-Benz. Atravesso a rua e paro num ponto de ônibus onde eu pegaria o circular para a minha faculdade que não estava assim tão longe. Vou para a faculdade ter minhas aulas normais e às 17h já tinha outra entrevista marcada. Ao ser entrevistado não senti aqueles olhares e ninguém parece ter ligado para o fato de eu ser ômega mas ao me despedir dos entrevistadores vejo um rosto reconhecível mas talvez o pior momento para se lembrar de alguém.
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