CAPÍTULO 2

1660 Words
Eu pedi, aliás eu implorei para que minha tia não deixasse que eles me levassem, mas foi em vão ela tinha um sorriso imundo nos lábios. Nunca iria esquecer. — Pare! – Ai meu Deus, eu sabia que minha tia não deixaria eles me levarem. O alívio toma conta do meu corpo. — O meu dinheiro. Ela estendeu a mão e o senhor tirou um envelope amarelo do bolso, minha tia olhou dentro do envelope e sorrio com o mesmo cinismo que olhou para mim. Vagabunda ainda ia pagar por tudo que está fazendo comigo. — Podem levar. Seja feliz, sobrinha. – Ela diz e o cara alto segura em meu braço me puxando para fora da casa. Penso em gritar, mas lembro que nossa casa é muito longe da cidade. Entretanto eu me recusava a ir de bom grado, sei lá para onde ou para quem eles estão me levando, então eu grito o mais alto que consigo. Uma mão grande cobre minha boca apertando com tanta força, nisso o arranho, no entanto ele aperta mais forte, agora sua outra mão está segurando meus braços. Ele me tira do chão como se eu fosse uma criança. Ele entra no carro comigo me colocando sobre o banco. No processo de propósito ele bate com a minha cabeça em alguma coisa dura. — GAROTA OU VOCÊ FICA QUIETA OU EU FAÇO VOCÊ FICAR — Ele não grita, mas sua voz soa decidida e sem espaço para discussão. Ele afasta a blusa o suficiente para que eu possa ver sua arma, fico quieta eu nunca tinha visto uma arma pessoalmente e decido não gostar delas. — Não é preciso ameaça-la, Sérgio. Ninguém aqui vai te fazer m*l, somos todos bons e você não será mais maltratada. Ela irá ficar quieta não é mesmo menina? — Confirmo. Depois de anos alguém interfere por mim e eu tento não sentir afeto por esse senhor estranho, mas sei lá parece impossível não gostar dele. Só que isso estava fora de cogitação, era ele quem está me levando talvez para minha morte. Já estava morta o que mais eu podia almejar ? Ele foi o primeiro a demonstrar que se importa comigo para o bem ou m*l, Ele demostra que se importa e isso mexeu comigo. — Sim – digo meio que sussurrando. — Para onde estão me levando? Se eu colaborar, talvez eu consiga me adaptar. Talvez eu consiga ser ou parecer mais forte do que fui com minha tia. — Para o meu patrão.... Ei não precisa ficar com medo, querida. Ele não é um monstro. Tentei. Entretanto parecia impossível não o ver como um monstro, reparei que ainda tinha a foto da minha mãe e guardei no bolso do shorts que eu usava. O caminho foi muito longo tentei não dormir, minha cabeça esta doendo muito e me sentia tonta. Paramos m frente a uma enorme casa que tinha um murro ainda maior Tentei não ficar com medo, mas parecia impossível. Meu Deus, por favor me proteja. Felipe Horas antes — Júlio, eu já disse que não quero uma outra garota trabalhando aqui, você não se esqueceu do que aconteceu com a Maria – falo para o meu mordomo, ele é como um pai para mim, então aproveita para poder me manipular. — Não. Mas esta é diferente ela não poderá sair, a tia dela vendeu ela para esta casa. — Sr. Júlio isso é crime ela não é um objeto... — Me escuta meu jovem. Aqui ninguém vai fazer mau a ela. Jessica estava anunciado a menina em todos os bares, quero fazer por ela algo que vai acalmar a alma desse seu velho. – Júlio pega uma foto do envelope e me mostra. Fico impressionado com uma menina linda de pele morena e olhos castanho, ela tem um sorriso doce e sexy ao mesmo tempo. Entendo o que Júlio quer dizer com fazer algo para acalmar sua alma. No passado ele perdeu uma filha que nem ao menos teve a chance de aproveitar. Ele descobriu que possuía uma filha que foi morta ao tentar atravessar a fronteira ilegalmente. — Essa é a jovem o nome dela é Leane ela tem dezessete ou dezoito anos, sua tia estava vendendo por uns trocados qualquer para manter os vícios. Não sabia se dizia para ele recusar a compra ou a traria depressa, eu a queria ali para comprovar se era tão bonita como nas fotos, eu só sabia que estaria perdido no momento em que ela pusesse os pés nesta casa. Um calor consome meu corpo. — Você pode trazê-la mas mantenha a longe de mim. Ela irá trabalhar aqui e espero que ela saiba cumprir ordens. — Obrigado. Garoto, sua vida precisa de cor e tenho a certeza que a chegada dessa jovem vai ajudar. Apenas assenti e Júlio saiu do meu escritório. Olho no relógio e percebo que como sempre fiquei tempo demais mergulhado no trabalho. A foto da jovem continua sobre a minha mesa. Penso se fiz a coisa certa, mas já era tarde demais para arrependimentos, talvez Júlio já esteja negociando a jovem. Procuro algo para fazer e não encontro nada, então volto ao trabalho. +•+•+ Depois de quase meia hora chego a empresa, a comoção em frente ao prédio do meu escritório é uma confirmação de que meu dia vai ser agitado. Ao menos não são repórteres. Congelo ao ver quem está causando todo esse alvoroço. Não pode ser verdade como ela ousa vir até aqui? Está tão bonita, com elegância corre em saltos altos e isso não parece impedi-la. Essa p***a apareceu para estragar a merda do meu dia. — Amor ... – Com os braços a paro, antes mesmo dela me tocar. O enjoo chegando pelo cheiro de seu perfume. — QUE p***a VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI— Diminui o tom de voz, algumas pessoas que passa por nós viram a cabeça para nos olhar, ela parece não se incomodar com o meu tom, mas hoje ela não me pegou em um bom dia. — Amor... — ela começa de novo, suas mãos tocando o meu corpo. — Para de me chamar de Amor. — Felipe, eu quero voltar nós éramos noivos lembra? Eu te amo tanto, meu amor vamos tentar? — Ela começa a usar termos que eu detesto talvez não odiasse tanto se fossem verdadeiros. Começo a rir. Não sei em que momento ela pensou que eu bebi ou que havia ficado desesperado. — isso é uma piada? Você gosta de me ver sorrir, não é? Onde está a quele trouxa que estava com você. Já sei, ele também percebeu a v***a que você é? — Amor... — já chega acabou o resto de paciência que me restava. Conto até dez. E me irrito com a p***a do método indicado pelo meu terapeuta. — Já te disse para não me chamar assim. Você está louca, agora saia da frente da minha empresa ou chamarei a polícia. Você veio aqui apenas para me irritar? não ache que eu me controlarei apenas porque estamos na rua. Eu não tenho pena de você e se continuar eu mesmo te mato entendeu? Ela concorda e sai tão rápido como havia surgido. Sei que ela não havia desistido. Mari, como eu te odeio. Hoje o dia promete, chego na minha sala e recebo notícias que perdemos a causa dos Mendes. Só o que me faltava perder um cliente tão importante. Depois de quase três horas vou para casa. Meu humor está dez vezes pior e eu reconheço isso. Quando chego em casa não encontro ninguém então peço comida e vou tomar um banho enquanto espero. Quando estou terminando o meu jantar a porta se abre vejo Júlio e uma garota escondida atrás dele, ele dá alguns passos e a vejo sua pele morena parece tão macia como veludo, cabelos pretos como a noite caindo sobre seus ombros, ela vestia uma blusa azul desbotada e um shorts jeans, tão linda digna de coisas muito melhores. Nem me lembrava de qual a última vez que havia estado com uma mulher. Mas ela esta maltratada e sua magreza não é só vaidade. Ela é baixinha e cheias de curvas tem s***s pequenos uma cintura fina e perna grossas... Paro de olhar para o seu corpo e foco em seu rosto, ela está com os olhos e nariz vermelhos, acho que deve ter chorado, não sei porque isto me incomoda. — Aproxime, menina – ela pareceu reluta. Mas veio e olha diretamente em meus olhos tentando mostrar superioridade, seus olhos castanhos parecem enxergar minha alma, isto me deixa desconfortável, se ela queria me incomodar conseguiu. — Você sabe qual sua função aqui? - Perguntei e ela negou com um aceno de cabeça . — Você terá que fazer tudo que eu desejar, Júlio vai dizer qual é seu trabalho e quanto o seu salário. Pedi o jantar esteja à vontade para se servir. - Me virei em direção as escadas quando pus os pés no degrau escuto a voz dela, é uma voz tranquilizante e sexy. — Eu vou fazer exatamente a minha função, nada mais que isso. Não vou fazer tudo o que você quiser. Tento não descontar nela o estresse de hoje, mas parece impossível não sei o que ela passou e nem o porquê estou tão irritado com ela, mas qualquer um que me visse assim recuaria, ela não permaneceu imóvel e isso me excitou. Ela continua parada então me aproximo até que nossos corpos se tocam, meus lábios perto do seu ouvido então sussurro — Você vai fazer tudo o que eu quiser sabe por quê? – e ela n**a com apenas um movimento de cabeça. — Porque você é minha eu te comprei, você não tem mais o direito de dizer não, entendeu? Ela não respondeu, mas estava chorando, virei as costas e subi para o meu quarto, espero que amanhã seja melhor que hoje.
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