CAPÍTULO 4

1251 Words
— Acho que você se esqueceu quem manda e quem obedece aqui, você me pertence e vai fazer exatamente o que eu quiser. Meu corpo inteiro se arrepia com o seu tom, ele segura o meu braço, minha visão fica turva pelas lágrimas não derramadas. — Você está me machucando. — Tento me livra do aperto no meu braço, mas foi em vão ele não está disposto a me soltar e muito menos perder algo que para ele parece ser algum tipo de prova. — Senta aqui — Antes dele soltar meu braço, ele puxa a cadeira para que eu me sentasse, não me movimentei — NÃO BRINQUE COMIGO, SENTA LOGO NESTA p***a — me assusto com seu grito e me sento meio que no automático, estava tentando com todas as minhas forças não chorar, mas parece impossível, não me importo mais com corte que arde em minha mão, ele ainda não me bateu e sei que quando fizesse o estrago seria mil vezes pior que os da minha tia. — O que você vai fazer? — Perguntei, minha voz saiu mais como sussurro. Ele não se dá ao trabalho de me responder, apenas se vira me deixando sozinha por um momento, quando eu penso em levantar ele volta. Olho para a caixa cor de menta que ele segura e temo em descobrir seja lá o que for que exista dentro dela. Ele se ajoelha a minha frente, o rosto duro como sempre. Por que ele está tão irritado? — Me de sua mão. — Não foi um pedido e sim uma ordem hesito em obedecê-lo, ele olha em meus olhos e percebo um brilho de malícia ali, o sorriso em seus lábios o fez um homem totalmente diferente e meu corpo tenha uma reação estranha. Antes que eu possa perceber ele puxa minha mão. Seus olhos examinando com atenção o corte. — Aí. — Ele colocou algo ardido sob o corte. — Merda isto está doendo. Aí! Assopro para que ardência passe por mais inacreditável que pareça a ardência só aumenta. — Fique quieta e me de sua mão. — Dessa vez pude ver que ele está realmente se divertindo, tudo o que eu quero é ter alívio da sensação que o remédio está causando, mas eu deixo ele segurar a minha mão. Ele continua a limpar, percebo que ele assopra levemente e desse jeito consigo sentir o alívio. — Pronto acabei — olho para o curativo que ele fez e tenho que admitir ele é bom. —Não vai me agradecer? – Ele pergunta e pelo seu tom tenho certeza que não é apenas um obrigado. — Obrigada. — Não. Quero que me agradeça assim. — Em um movimento rápido seus lábios grudaram nos meus, ele forçava seus lábios contra os meus, empurrei ele e dei um tapa em seu rosto senti minha mão arder ele levantou a mão e eu esperei a dor vir, mas não veio abri lentamente meus olhos e olhei para seu rosto sua face estava levemente vermelha, porque ele tinha que fazer isso? Não sei o que estava acontecendo comigo eu nunca fui agressiva sempre fui eu a agredida. — Por que você fez isso? — Pergunto com os dentes serrados. — Porque você é minha eu te... — Já chega desta merda, não sou sua, p***a. Eu sou um ser humano assim como você, mas eu duvido que você seja humano você é um monstro sem coração, você não ama e nunca será amado por ninguém, eu tenho nojo de você e você nunca me terá assim do jeito que você quer, você terá que me obrigar, eu tenho pena de você. Ele se levantou virou de costa para mim. —VEREMOS QUEM VAI IMPLORA PARA SER FODIDA POR MIM, AGORA SAI DAQUI – ele gritou sem olhar para trás não conseguir me mover. — EU DISSE PARA SAIR OU VOCÊ QUER QUE EU TE TIRE? p***a. — Me assusto com seu tom e obrigo meus pés a se movimentar. Olho para ele, que está com a cabeça baixa e os olhos fechados, seu maxilar estava serrado, seu rosto contorcido como se sentisse dor, me obrigo a não me importa com a sua reação e saio dali rapidamente e fui em direção ao meu quarto. Deito na cama e fecho meus olhos, repassei toda a conversa que eu e Felipe tivemos na cozinha. Ouvi batidas ao fundo, não quis me levantar e gritei para quem quer que fosse entrar. Estava com os olhos fechados quando ouvi o Sr.Júlio suspirar , abri meus olhos lentamente e vi o Sr.Júlio em frente a cama , me encolhi com medo da sua reação . — Oi, minha querida. Ele disse de uma forma gentil e eu relaxei ele não estava bravo comigo. — Oi Sr.Júlio.— sussurrei. —O que aconteceu, o Felipe já destruiu metade da mobília? — Não sabia como dizer o que tinha acontecido, como explicar para ele que bati no seu patrão. — Ele tentou me beijar aí começamos a discutir eu falei coisas e ele também. – sussurro. — Só isso, minha querida? – ele perguntou e eu fiquei em silêncio, o Sr.Júlio ainda esperava minha resposta. — Leane. – Ele chamou meu nome de uma forma lenta e carinhosa. — Eu não reagi muito bem a sua tentativa de me beijar e acabei batendo nele. O Sr.Júlio me encarava assustado. — Querida você não deveria ter feito isso...– cortei não posso deixar que digam o que eu podia ou não fazer. — Sr.Júlio eu não podia deixar que ele fizesse o que quiser comigo. — Eu sei querida, mas o Felipe é um homem de temperamento forte e você também, vocês podem fazer ou dizer coisas que se arrependam no futuro. Ele se levantou da cama e veio até a mim, beijou minha cabeça, se virou e antes de sair disse — Tente compreendê-lo e você verá que ele não é esse monstro sem coração que você imagina. Quando ia responder ele saiu do quarto, como ia tentar compreende-lo se para mim ele já era um monstro •+•+•+• Acordei desorientada sem saber quanto dormi, vou ao banheiro me olho no espelho lavo meu rosto e saio do quarto a procura do Sr.Júlio . Procuro pelo Sr.Júlio na sala não o encontro , procuro mais um pouco pela casa, mas não encontro assim como não encontro minguem, vou até a cozinha e vejo o Sr.Júlio, cortando alguns legumes. Quando ele me vê sorri. — Oi, já ia lhe chamar para que possa me ajudar com o jantar, tenho algo novo para lhe ensinar. O entusiasmo toma o meu corpo, a possibilidade de ser útil de enfim fazer coisas novas é tão boa — Claro só vou lavar as mãos. O Sr.Júlio me ensinou a fazer frango xadrez, estava rindo das histórias de sua juventude quando Felipe entrou na cozinha e viu a bagunça que estava. A farinha derramada sobre a mesa, a pia cheia de louça e o Sr.Júlio coberto de farinha. Ele olhou para ele e depois para mim, seus olhos transbordava raiva, me encolhi sob seu olhar. — O que p***a ela ainda está fazendo aqui, Júlio? – Ele pergunta alto demais. Ele sempre grita. Meu sorriso morre na hora em que escuto suas palavras. — Para onde eu vou? – Pergunto minha voz já está chorosa por causa do medo. — Pouco me importa só quero você fora da minha casa!
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