O aeroporto parecia um mundo paralelo — frio, impessoal, cheio de estranhos que seguiam seus próprios caminhos sem se importar com o caos que minha vida tinha se tornado. Era exatamente isso que eu precisava: um lugar onde ninguém me conhecesse, onde pudesse desaparecer, apagar as marcas e os segredos que me perseguiam. Fugir era a única opção. Carregava minha pequena mala com uma mão trêmula, enquanto a outra segurava firme a passagem para um destino qualquer, longe dali, longe do nome que carregava, longe de Thiago, Dario, de tudo o que me sufocava. A decisão fora difícil, mas necessária. Eu precisava me salvar. Cada passo era uma batalha contra o medo que apertava meu peito — o medo de abandonar tudo e todos, o medo do que perderia, mas também o medo do que ficaria para trás. Quando o

