O som dos passos de Helena ecoava pelo corredor do hotel como se cada um deles levasse um pedaço da sua sanidade. Ela tinha voltado com Thiago, não porque havia decidido ficar, mas porque, no fundo, não conseguia resistir à força magnética que ele exercia sobre ela. Ainda assim, dentro de si, tudo era conflito. A mala ainda estava em sua mão quando entrou no quarto. Ela a jogou no chão com força e se deixou cair na cama, sem sequer tirar o casaco. Thiago entrou logo atrás, fechando a porta com um estrondo abafado. — Você pode me odiar por tudo, Helena — ele começou, sem rodeios — mas não pode fingir que não sente o mesmo que eu. Que esse negócio entre nós não é real. Ela passou a mão pelos cabelos, frustrada, sufocada, com o coração palpitando rápido demais. — O que é real, Thiago? Ess

