Priscila Valle Queria ter resistido ao beijo do Tiago. Queria mesmo. Mas quando a boca dele encostou na minha, tudo que consegui fazer foi... ceder. Seu toque é como um incêndio de dentro pra fora — queima sem permissão. Os lábios dele descem pela curva do meu pescoço, espalhando arrepios como se soubesse exatamente onde minha razão se despede. Fecho os olhos. Involuntariamente. Como se meu corpo estivesse em transe. O calor do toque dele, as mãos me apertando contra aquele peito firme, e a respiração pesada perto do meu ouvido, me fazem perder a pouca sanidade que ainda me restava. — Por favor... — sussurro, ofegante. Mas ele não ouve. Ou ouve... e ignora. Com um movimento firme, ele me guia até a ponta da mesa da sala de reuniões, seus olhos escuros cheios de uma fome crua, i

