O corredor que ligava o salão ao terraço parecia se encolher a cada passo de Sofia. A respiração ainda era irregular, e a mente tentava processar os toques quase imperceptíveis que Lucas Almeida deixara no elevador. Cada passo seu parecia ecoar na pele, lembrando-a do calor dele e da proximidade sufocante que quase a fizera perder o controle. Era um misto de raiva, frustração e desejo que deixava o corpo alerta e a mente incapaz de racionalizar. Lucas caminhava ao lado dela com uma calma que contrastava com o caos interno dela. Cada gesto dele era medido, cada olhar calculado. Ele não precisava falar para fazê-la estremecer; a simples presença dele era suficiente para deixá-la vulnerável, presa a uma atração que odiava admitir. — Está tentando se recompor, Sofia? — murmurou, a voz baixa e

