O silêncio do quarto de hotel parecia mais denso do que qualquer tempestade que Sofia já tivesse enfrentado. Cada sombra lançada pela iluminação suave parecia tocar sua pele, lembrando-lhe de Lucas, de sua presença recente no corredor, da forma como os olhares haviam se cruzado e do calor que ainda permanecia em sua mente. Ela se sentou na beira da cama, respirando fundo, tentando dissipar o turbilhão que aquela aproximação inesperada havia causado. Mas quanto mais tentava, mais a lembrança dele se entranhava, queimando cada fragmento de razão que restava. Enquanto ela tentava organizar os pensamentos, a lembrança do sorriso dele surgiu com clareza quase dolorosa. Não era apenas um sorriso; era uma arma silenciosa, um convite perigoso que desarmava qualquer resistência que ela tivesse con

