Estava sentado na minha sala, as mãos descansando sobre a mesa, mas minha mente longe dali. Olhava para as planilhas, os números piscando na tela, mas nada realmente fazia sentido. Ultimamente, o trabalho se tornara apenas uma distração inútil, uma tentativa de preencher o vazio que se abria dentro de mim a cada dia que Naty se distanciava mais. A cada manhã que a deixava na universidade, uma parte de mim sabia que o controle que eu sempre tive sobre as coisas estava escapando pelos meus dedos. A batida na porta me tirou desse devaneio. Olhei para cima e vi Loren entrando na sala. Seu olhar era firme, como sempre, mas havia algo diferente hoje. Ela fechou a porta atrás de si com um gesto suave e cruzou os braços, ficando de pé à minha frente. Já sabia que aquela conversa não seria apenas

