O dia inteiro na empresa havia sido um caos mental. Depois da conversa com Loren, minha cabeça não parava de girar. Era como se suas palavras estivessem ecoando nos meus ouvidos, cutucando todas as minhas inseguranças. Eu sabia que ela tinha tocado numa ferida profunda, mas não estava disposto a dar o braço a torcer, nem para ela e nem para mim mesmo. Ainda assim, o incômodo estava lá, latente, e se transformava em uma raiva silenciosa que eu não sabia muito bem como lidar. Eu dirigi até a universidade de Naty, como sempre fazia, e estacionei no mesmo lugar de costume. A espera por ela, que antes me trazia um certo alívio, agora se tornava cada vez mais tensa. Cada segundo parecia um lembrete de que ela estava em um mundo ao qual eu não pertencia, cercada por pessoas que não conhecia e po

