Episódio 1

1640 Words
— Que porr@,voê está fazendo aí Jp? Eu questiono, quando encontro o Jp, escondido dentro de um latão. — Com certeza você fez mer*da! Dessa vez, eu nem vou perguntar o que você fez, eu prefiro não saber, porque eu não vou mais me meter nas suas roubadas. Agora dá para você sair daí, que temos mercadoria para receber. Eu falo já andando, sem esperar que ele comece a me explicar o que ele tá fazendo ali. — Enzo! Cara, você não vai acreditar o que me aconteceu. Ele fala limpando a roupa e ficando do meu lado. — Se eu disser que não quero saber, você vai me contar do mesmo jeito, não vai? — Caralh0, foi muito sinistro. Você sabe a juju, aquela menina lá da 23? — Jp! Eu paro na mesma hora. Aquela menina é cega! Eu não tô acreditando, que você estava comendo a garota. — Oxi, e deis de quando para dar a bucet@ tem que enxergar? Precisa ver nada não, fio! É tipo comer miojo, tá escrito na embalagem que é de carne, mais você nunca vai saber de verdade o sabor que tem, porque é tudo a mesma coisa é só enganação. Porque você pode meter um caldo knor de galinha, que ele continua sendo de carne, é um dos mistérios que a gente nunca vai decifrar. O de tomate! O de tomate, tem sabor de que? Tomate tem sabor? Eu nem sabia que tomate podia ser sabor de alguma coisa. — Jp! Você não estava escondido num latão, porque estava pensando sobre o miojo. Então, para de enrolar e fala logo a me*rda que você fez. — É não era por isso! Mas, você não pode negar, que é um dos mistérios da vida. Mas, o que aconteceu, na verdade, não tinha miojo no meio. O negócio, é que o Zezão, tá desconfiado, que alguém tá comendo a filha dele. E ele chegou bem na hora que eu estava lá. É claro que ele vai achar que sou eu, que vai sobrar para mim. Você já viu o tamanho do zezão, o cara é um pedreiro! Claro que eu não to dizendo que sou eu que to comendo a mina, é que o que é pego dando a última garfada, sempre fica com o prato para lavar. Na minha defesa, eu quero dizer que eu só tava lá, porque ela estava me ensinando a língua de fazer lá com dedos, sabe como é né, eu sou um cara que gosta de falar em todas as línguas. Eu to pensando até em começar a aprender russo, já viu a russinha do beco da 12 e... — Jp! Você sabe que ela é cega. E que linguagem de sinais é de surdo, não de cego. Cara, tu ainda vai morrer por causa de uma mulher. — Ah! É? Então eu acho que o Zezão também não sabe disso não. Porque ele acreditou na minha versão Eu só tava escondido porque, eu decidi pensar um pouco na vida. Inclusive no miojo. Que continua sendo uma das coisas que eu mais penso na vida. Mas, nunca porque eu acho que ele também vai descobrir isso e vai achar que era outra língua que eu estava falando com a filha dele. MELISSA — Aproveita que você já vai para casa esse final de semana, e já pede para o seu irmão para você ficar lá em casa esse final de semana. Só de pensar que daqui 15 dias férias. Eu já fico doida, ficar em casa sem ter que acordar cedo! Sem a Alice! Pegando no meu pé. Só me entristece porque eu queria estar em outro lugar, mais já me conformei que não tem o que fazer, pelo menos, naõ ainda. Eu falo com a Bia. Escutamos barulho, de passos e saímos em disparada, ao perceber os passos apressados da Alice. A inspetora da escola, e uma carrasca. Com ela, não tem meio termo. Se ela pega você fazendo uma infração, você vai ser perseguida para sempre, é capaz de ela aparecer no seu casamento e te acusar de alguma mer*da. Entramos correndo no quarto e caímos nas camas rindo. Bianca: quase que ela pegou a gente! Se a Alice pega a gente fumando baseado de novo na quadra, estamos perdidas. Com certeza! Melissa: se o meu pai for chamado na escola de novo, ele me mata! O que não seria tão r**m! Mas com certeza ele não me daria esse prazer, então ele iria fazer uma coisa muito pior comigo, aí eu vou ter apenas duas opções, ou matar ele, ou matar ele. Bianca: credo! Você, as vezes fala umas coisas estranhas. Melissa: se você soubesse de tudo, não ia achar nem um pouco estranha eu dizer que quero matar o meu pai. Pode ter certeza! Eu falo para Bianca, me ajeitando na cama. — E você Bianca? Nunca fala de família! Nunca fala das pessoas que você tem lá fora, longe desse lugar. Bianca: não tenho o que falar! Ela se ajeita na cama, dando de ombro. — Já disse que moro com o meu irmão mais velho que a minha mãe e o meu pai morreram, essa e a minha vida! E que o meu irmão é um i*****l, essa é a parte mais importante. Ele prefere que eu fique aqui, do que perder tempo comigo. Ele diz que dou trabalho. Que não tem tempo para as minhas crises de adolescentes. Melissa: adolescente? Cara*lho pegou pesado! Porque, família é tão complicado! Eu falo pensando que tudo que eu queria era ter a vida dela, se ela soubesse como é a minha. E as coisas que tenho que fazer, ela ia achar a dela um mar de rosas. Bianca: nem fala! Se eu pudesse, eu vivia sozinha, num barco viajando pelo mundo! Bem longe, daquele comandante, cr*uel e tirano. Melissa: duas então! Porque se eu pudesse faria o mesmo, só que eu preciso levar duas coisas importantes comigo, que é minha mãe e a minha irmã, ai sim eu poderia viver em paz. Mais você só esqueceu, de uma coisa importante! Viajando pelo mundo, e conhecendo uns gatos maravilhosos! Eu digo e caímos na gargalhada. — kkkkkkkkk. Mas, e as férias? O que você está planejando fazer? É claro, que não estou falando do sonho impossível de viajar num barco com gatos. Eu falo entre risos. Bianca: não sei ainda! Mais com certeza vou passar as férias trancada em casa, com escolta, como sempre! Trancafiada sem poder ir para lugar nenhum. A minha diferença para Rapunzel é que não o cabelo tão grande para fazer as tranças. Melissa: caramba, o seu irmão deve ser muito importante! Para você ter seguranças! Você é o que? Irmã de um Ceo poderoso, como nos livros de romance? Bianca: Kkkkkk, nem imagina quanto, isso está longe de ser a minha vida, e, ao mesmo tempo parecida! Ele não é um Ceo. Ele é quase um Imperador, eu posso dizer assim. kkkk Melissa: Uau! Isso deve ser legal, ser importante assim. Mas, você podia ficar lá em casa. Podíamos fazer várias coisas juntas! Aproveitar a piscina, o clube! Sair! Tenho identidades falsas, podíamos ir a diversos lugares bombados. Bianca: eu ia adorar! Mas tenho que ver com o meu irmão. Eu duvido muito que ele vá deixar! Melissa: Eu posso te ajudar a resolver esse problema, se o seu irmão for um gato, eu posso ter um jeitinho carinhoso de fazer ele deixar você ir, porque não leva m*al não, mais eu sou muito gata, é difícil o homem que não resiste aos meus encantos. Ele não vai ser o primeiro. Então, vai ser fácil ter ele no meu pé fazendo o que eu quero. Bianca: você acha que o Enzo, vai aceitar os seus joguinhos? Você não sabe que tipo de homem estamos falando. O que o Enzo gosta, é de tra8nsar, e pelo que eu sei a Senhora ainda fica com essa ideia de príncipe num cavalo branco. E com isso, ainda é virgem! Esperando que o príncipe vai vir um dia te resgatar da torre e te dar uma noite de amor incrível. Bianca fala debochando. Melissa: nem fala em escapar da torre! Eu odeio o meu pai, e aquela mulher que ele chama de esposa, aquilo é pior do que a bruxa má da branca de neve. E eu não acredito que a minha mãe ainda me obriga ir para a câmera de tortura todos os finais de semana. Eu não sei o que mais precisa acontecer para ela perceber que tipo de homem p meu pai é. Bianca: Agora, vamos parar com esse assunto e só pensar nas coisas boas. Porque é fod@ isso! Você deveria contar para alguém. Eu já disse isso para você. Ela não pode tratar você assim. E se está acontecendo alguma coisa mais grave, você tem que contar para alguém. Melissa: e eu vou falar com quem Bianca? Com a minha mãe? Ela já disse que eu só estou perseguindo a minha madrasta e culpando o meu pai por ter nos deixado, e que tenho que tentar ser mais compreensiva. Ela não acredita em mim. Ela acha que estou de rebeldia, que é uma fase e vai passar. Bianca: porque, você não filma? É uma prova! Ninguém vai poder desmentir se você tiver provas. E eu já vi na tv, que você pode colocar ele até na cadeia. Melissa: eu já tentei, mas, o meu pai confisca o meu celular toda vez que estou lá. A minha mãe questionou, e ele disse que era para que eu ficasse, mas integrada a família. Que com celular eu não converso, e ela acreditou. Eu não tenho saída! Já aceitei isso para a minha vida. A minha única solução vai ser matar aqueles dois.
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