23. Mariana

920 Words

A manhã começou com um céu claro, quase sem nuvens. O tipo de céu que engana, porque por trás do azul vibrante existe uma cidade que nunca dorme e um morro que nunca para de respirar perigo. Mesmo assim, naquele dia, o ar parecia um pouco mais leve. Levantei antes mesmo do sol alcançar a janela. Tinha dormido m*l, o corpo cansado pelas últimas semanas, mas a mente mais calma desde a noite anterior. As palavras do Marreco ainda reverberavam na minha cabeça. Não pela promessa em si, mas pela forma como ele falou. Calmo. Doce. Como se realmente se importasse. Como se eu importasse. A casa estava silenciosa, com o cheiro de cigarro frio ainda preso nas paredes e o som da TV ligada em volume baixo vindo da sala. Minha mãe dormia no sofá, as pernas jogadas por cima de uma almofada velha, uma g

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