28. Mariana

1257 Words

A manhã amanheceu nublada, com o céu cinza abraçando o morro e uma garoa fina pintando os telhados de ferrugem com brilhos pálidos. A casa estava silenciosa. Depois da explosão da noite anterior, minha mãe sumiu. Quando acordei, o sofá estava vazio, as almofadas jogadas no chão e o odor de cigarro impregnado nas cortinas. Não me dei ao luxo de pensar nela. Eu estava cansada demais pra sentir culpa. Levantei devagar, o corpo mais pesado do que o habitual. A barriga crescia firme e os s***s já começavam a inchar, sensíveis sob a blusa. Foi quando ouvi a moto lá fora. O motor desligou, a porta do barraco rangeu. Meu coração apertou no peit. Por instinto, passei a mão na barriga como se dissesse pro bebê se acalmar junto comigo. Abri com cautela, e ali estava o Marreco. De moletom preto,

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