O quarto estava mergulhado num silêncio denso, quebrado apenas pelo som da minha respiração curta e do roçar da roupa dele contra a minha pele. Tiago se inclinou sobre mim, uma sombra imensa cobrindo meu corpo pequeno, e o olhar dele tinha algo de hipnótico, como se me prendesse inteira ali, sem chance de fuga. A mão dele deslizou pela minha cintura, firme, sem hesitar, e eu fechei os olhos num reflexo de medo. O corpo inteiro ficou tenso, como se esperasse dor imediata. Mas o que veio foi diferente: o toque não foi brusco. Ele pressionou a palma contra minha barriga, subindo devagar, explorando cada centímetro, como se quisesse que eu me acostumasse à presença dele antes de qualquer coisa. — Relaxa... — a voz grave soou perto do meu ouvido, baixa, ordenando e ao mesmo tempo acalmando. —

