O sol já começava a baixar quando Clara reuniu todo mundo na varanda. A mesa estava posta com petiscos, vinho e o clima era daqueles que, em qualquer outra situação, teria tudo para ser perfeito. Eu ainda estava com o cabelo meio bagunçado por causa da piscina e a camiseta colando no corpo, mas Giuliana e Giuseppe não paravam de falar o quanto eu tinha sido “heróico” ao salvar Theo. — Se não fosse você, Beto… — Giuliana colocou a mão no peito, com aquele tom de mãe e avó preocupada. — Eu vi a cena de longe, meu coração quase parou. Aquele menino podia mesmo ter se afogado. Eu sorri sem jeito, tentando não parecer um super-herói: — Foi instinto, dona Giuliana. Qualquer um teria feito o mesmo. Mas Clara apertou minha mão embaixo da mesa, discreta, e completou: — Nem todo mundo, amor. Ne

