Depois da Tempestade

1462 Words

Acordei com o som do g**o cantando. Não era despertador, nem notificação do celular — era literalmente um g**o. Demorei uns segundos pra lembrar onde estava. A claridade invadia o quarto pelas frestas da cortina fina, e o cheiro de café fresco vinha da cozinha. Olhei pro lado. A Leila ainda dormia, deitada de lado, o cabelo espalhado no travesseiro. Sem maquiagem, sem salto, sem pose de chefe — só ela, de moletom, respirando leve. E, por um instante, tive a sensação de estar vendo uma pessoa completamente diferente daquela mulher que me infernizava na loja. Tentei levantar devagar pra não acordar ela, mas o assoalho de madeira entregou o plano — crec. Ela mexeu a cabeça, abriu os olhos e me olhou sonolenta. — Que horas são? — perguntou, a voz rouca de sono. — Quase oito. Dormiu b

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