Gosto de Verdade

982 Words

O riso dos pequenos ainda ecoava pela sala de jantar quando eu terminei a minha “performance”. Eu me sentei de volta à cadeira tentando esconder o rosto atrás da taça d’água, mas era impossível não rir junto. Theo ainda batia a mão na mesa, repetindo entre as gargalhadas: — Ele canta igual um pato! Alice corrigia, séria mas com os olhos marejados de tanto rir: — Não, Theo, eu já falei: é pato sim. Um pato resfriado! Os dois explodiram outra vez em gargalhadas, e eu, fingindo estar ofendido, coloquei a mão no peito. — Ah, então é assim? Eu dou um show particular, me esforço pra entreter vocês, e ganho isso de recompensa? Vou cobrar ingresso na próxima. — Ingresso? — Alice arregalou os olhinhos. — Mas eu não tenho dinheiro… — Pode pagar com brigadeiro — respondi, e Clara, ao meu lado,

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