A sala de jantar da mansão era impressionante, e ao entrar senti a força do contraste entre minha vida simples e aquele universo de riqueza e requinte. O piso de madeira polida refletia a luz dos lustres de cristal, criando um brilho quente e acolhedor. As paredes estavam decoradas com pinturas clássicas e fotografias de família, e cada detalhe do ambiente parecia cuidadosamente planejado para impressionar qualquer visitante. O ar estava perfumado com velas aromáticas e a leve brisa que vinha das janelas abertas na varanda espalhava o aroma sutil de flores recém-cortadas. Clara me guiava pelo braço, chamando-me de “amor” com aquele tom suave e firme que conseguia parecer natural mesmo no meio de tanta tensão. Eu tentava me acostumar, ainda enrolado nas roupas elegantes que ela havia escol

