Carregando Theo nos braços, o pequeno não parava de espernear, reclamando alto, enquanto segurava firme a mão de Alice, que permanecia calma, mas com o olhar atento e preocupado, como se sentisse cada segundo da tensão. O saguão do aeroporto se estendia à minha frente, pessoas andando de um lado para o outro, carrinhos de bagagem rangendo, anúncios sonoros preenchendo o ar, mas para mim, naquele instante, todo o mundo parecia se resumir àquelas três figuras: Clara e seus filhos. Eu seguia pelo corredor, tenso, atento a cada reação das crianças. Theo ainda bufava e resmungava nos meus braços, braços firmes tentando me empurrar, gritando que eu era um estranho, enquanto Alice mantinha uma mãozinha segura na minha, uma pequena âncora de confiança em meio ao caos. E então, no meio do saguão,

