O aeroporto parecia maior do que nunca. Cada corredor, cada escada rolante, cada loja era um labirinto em que minhas mãos suavam só de pensar que aqueles dois pequenos poderiam estar perdidos para sempre. Eu andava rápido, meu olhar varrendo cada canto, cada grupo de pessoas, cada família, tentando enxergar algo familiar. O celular de Clara ainda estava na minha mão, com a foto deles gravada na tela. — Ei, já viu duas crianças loiras, aproximadamente 12 anos? — perguntei para um funcionário de limpeza que passava por perto, tentando manter a voz firme, mas sentindo o coração quase saltar pela boca. O homem me olhou surpreso, balançou a cabeça e continuou seu trabalho, como se eu fosse apenas mais um preocupado entre tantos. Eu continuei rodando o saguão, subindo escadas rolantes, descend

