Tempestade

812 Words

A chuva ainda castigava o vidro da loja quando a porta automática se abriu mais uma vez, pela aproximação da pessoa que já estava dentro. O vento gelado atravessou o salão e, no meio da claridade dos relâmpagos, uma figura pequena se aproximou de mim, completamente encharcada, respirando rápido. Por um segundo, pensei que fosse algum cliente perdido — mas quando os olhos do garoto me encontraram, o tempo parou. — Theo?! Meu corpo se moveu antes da minha cabeça entender. Corri até ele. O menino tremia da cabeça aos pés, o cabelo pingando, as roupas grudadas no corpo. Parecia um passarinho molhado. — Meu Deus, o que você tá fazendo aqui? — perguntei, ajoelhando-me na frente dele. — Você tá sozinho? Ele assentiu com a cabeça, o queixo batendo de frio. — Vem cá. Segurei a mão dele, fr

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