capitulo 9

2368 Words
P.o.v. John A Stephany sumiu novamente, pisco rapidamente para voltar a realidade e olho para minha mãe. — Você não consegue rastrear a magia dela? _ pergunto a minha mãe por ela ser bruxa também. — Não, a magia dela é antiga e não consigo rastrear, ela é guardiã da minha filha e se a Melody precisa de ajuda é porque ela está em perigo_ respondeu aflita. — Ela vai ficar bem, às duas! _ abraço minha mãe, tentando a acalmar. Descemos de cima da casa, olho para os gêmeos Agnes e Erick, eles vêm até nos. — Me desculpa, eu não queria deixar ela descontrolada, só queria falar que estou arrependido e quero falar com a Melody_ falou e sinto verdade nas palavras dele. A suas vantagens ser um anjo. — Pela reação dela, ela não quer ver você nem pintado de ouro e_ o Erick desapareceu de repente e Agnes para de falar. — Essa magia... _ disse minha mãe com os olhos lilás_ é magia da minha filha, mas não consigo localizar_ disse se desesperando. — Porque ela levou justamente o Erick? _ pergunto confuso, jamais ia querer contato com quem me rejeitou. — Talvez por ele ser um dos únicos seres que ela conhece_ diz minha mãe pensativa. — Isso não será legal_ Agnes falou desanimada e desapareceu. — A que ótimo, os dois sumiu_ bufei com o sumiço dos dois. — Escutei a telepatia que o Erick fez com a irmã, a Melody precisa de ajuda de uma fada_ falou minha mãe e me olhou, sorrio nervoso e respiro fundo. Decerto aconteceu algo com a Stephany. — O que aconteceu com minha companheira? _ perguntei preocupado e sorrio nervoso. — Não sei meu filho, mas ela vai ficar bem, logo estaremos todos juntos. _ diz abrindo um sorriso tentando me reconfortar. — Espero que sim_ suspiro preocupado. Não irei falar nada para o Arthur para não preocupar ele, ele não vai conseguir resolver os problemas da alcateia se estiver preocupado. "Em que problema você se meteu princesa? _ penso respirando um pouco pesado, preocupado." P.o.v. Melody Estávamos na metade da montanha quando não conseguimos passar voando. Consigo ver uma barreira que com certeza é mágica. — A montanha é enfeitiçada para que ninguém chegue perto dos grifos, pelo menos não voando. _ diz Agnes assim que percebi que to um pouco confusa. — A que ótimo, só o que me faltava ter que escalar montanha_ falei bufando e querendo chegar mais rápido possível lá em cima. — Você quer salvar sua amiga, não quer? Então tem que escalar_ apenas encarei Erick e me aproximo da montanha e guardo minhas asas. — Vamos, não temos tempo a perder. _ falei seca. Começo a subir aquele terreno inclinado e com lugares em falso. Respiro fundo quando quase caio, por estar com neve, é muito fácil escorregar, volto a subir. Piso em falso e quando ia cair uma mão me pega, sinto uma corrente elétrica passar pelo meu corpo e a pessoa me puxa, me deixando próximo a ela, abro os olhos e vejo o Erick, estamos muito perto, engulo em seco e me afasto rapidamente. Deixando meu coração um pouco descontrolado, tanto pelo susto como pelo Erick. — Obrigada_ murmurei baixo e volto a subir com mais cuidado. Depois de um tempo até longo, chegamos numa caverna e parece muito funda. P.o.v. Stephany Acordei com uma dor de cabeça. Tento lembrar do que aconteceu e passou flash na minha cabeça do que aconteceu com o grifo; ele me fez bater a cabeça forte no chão e nisso desmaiei, toco nela e sinto molhado, vejo ser sangue e respiro fundo para me acalmar, não sei quanto tempo estou desacordada. Olho em volta e não vejo o grifo que me bateu, mas vi dois grifos menores, parece serem filhotes e por sorte eles estão dormindo. Sinto uma tontura me atingir assim que tento andar e quase caio no chão, o grifo que me bateu apareceu e me lançou um olhar superior, reviro os olhos com isso e bufo por estar presa aqui. Sinto uma energia negativa se aproximando, vejo uma cobra, me lembro na hora que bicho ser esse, é um brasílisco, se eu olhar nos olhos dele moro. Abaixo meu olhar, o grifo é um dos únicos animais que não morrem facilmente com o isso, o grifo ficou na frente dos filhotes, com certeza um filhote não teria forças para aguentar um olhar mortal desse bicho. Pelo que sei um brasílisco só morre vendo seu próprio reflexo ou devorado por um grifo e creio que não seja muito fácil realizar nenhum dos dois. "Tenho que ajudar, mas estou fraca_ penso e suspiro, olho em volta para procurar algo que me ajude." Respiro fundo. O grifo e o brasílisco começam a brigar, me obrigando a ir para perto dos filhotes para não ser esmagada, os filhotes acordaram com os dois se embolando no chão e se encolheram quando viram o bicho a frente. — Não olhem nos olhos do brasílisco! _ falei para os filhotes que estavam observando a luta e eles me olharam_ olha não sei se vocês me entendem ou não, mas não olhem nos olhos daquele bicho se não vocês vão morrer. Virem de costa que cuido de vocês_ falei sentindo a adrenalina passar por todo meu corpo e por incrível que pareça eles fazem o que eu mando. Começo a observar a luta dos dois com muito cuidado para não acabar olhando para os olhos do brasílisco sem querer, observo o grifo cair ao meu lado e desmaiar. Com o restante da minha energia, faço o brasílisco ficar preso dentro de uma caixa de gelo refletivo e por precaução, faço em volta dos filhotes também, me deito no chão, cansada e tonta devido à falta de sangue. Respiro fundo, fecho os olhos para descansar um pouco e escuto o grifo ao meu lado levantar, abro meus olhos. — Me dá só um minuto_ falei quando o grifo para do meu lado e o grifo me observa_ a ok, desculpa vou libertar seus filhos_ falei e o gelo em volta deles sumiu. O gelo que estava em volta do brasílisco também desfez e observo o bicho morto no chão, o grifo adulto olhou para o brasílisco e depois para mim. O grifo se curvou para mim e fico confusa, me levanto devagar e chego perto do grifo, talvez eu seja doida de estar fazendo isso, mas quando eu ia tocar no grifo. — STEPHANY SE AFASTA DESSE BICHO AGORA! _ me assusto com o grito da Melody e me afasto, o grifo fica a minha frente e engulo em seco. — O que você está fazendo aqui sua doida? _ falei tentando me aproximar dela, mas o grifo não deixa eu passar. — Vim te salvar! _ falou como se fosse óbvio. — Você ainda não entendeu que eu consigo fazer as coisas sozinhas? _ falei tentando passar pelo grifo de novo_ e você dá para me dar licença para falar com minha amiga? Ela não vai machucar nem você e nem seus filhotes_ falei irritada por não conseguir passar, o grifo me olha e sai da minha frente, mas fica em posição de ataque logo atrás de mim_ obrigada. — Você não pode fazer tudo sozinha Stephany. _ diz Melody um pouco irritada, me fazendo sorrir sarcástica. — Fiz isso boa parte da minha vida, não é agora que isso vai mudar_ mais atrás da Melody observo o Erick e bufo_ o que esse i****a está fazendo aqui Melody? _ sinto meus olhos mudarem de cor para vermelho e minha respiração fica mais pesada. — Maninho, vai embora antes que ela te quebre em vários pedacinhos_ falou uma menina de cabelos rosas, empurrando Erick para fora, mas não estou conseguindo me acalmar. — Ste, você está bem? _ Melody pergunta preocupada, mas não a encaro. Sinto meu cabelo mudar de cor, metade platinado e metade preto. — Pareço bem!?_ falei irritada comigo mesma. — Ela não vai conseguir se acalmar, precisamos de um dos gêmeos, se não ela vai matar o Erick_ falou a menina com cabelos rosas, muito nervosa e ela está certa. — Você também é bruxa neh? _ escuto a Mel perguntar para a menina. Minha respiração começa a ficar mais pesada, meus cabelos provavelmente estão com as cores muito fortes. — Sim_ respondeu, olho por um instante, vejo elas de mãos dadas. — Pensa em um dos meninos que puxo ele para cá, ok? _ diz Mel e respiro fundo. — Ok_ respondeu à menina. Caio de joelho no chão, por não estar conseguindo me manter de pé, vou me descontrolar em breve. "Eu não posso me descontrolar, se não, não sei quanto tempo vou demorar para conseguir voltar ao comando_ penso nervosa." Olho para frente e vejo Arthur meio confuso, mas assim que me vê, vem até mim, mas o grifo não deixa ele se aproximar e peço ajuda com o olhar para a menina que é fada. — Grifo, deixa ele passar se não ela vai matar alguém e talvez acabe matando todos nós_ ela diz olhando nos olhos do grifo_ eu te garanto que se deixar ele passar nada de m*l acontecerá com seus filhotes e nem com sua mestra? _ falou meio em dúvida no final, ele deixa o Arthur vir até mim. — Calma amor e respira fundo_ falou colocando a mão no meu rosto e me fez olhar nos olhos dele_ estou aqui com você e não vou deixar você faz m*l a ninguém. Acalmo-me um pouco, sinto meu cabelo voltar ao normal e já me sinto mais aliviada, mas meus olhos ainda teimam em voltar ao normal. Quando menos espero o Arthur me puxa para um beijo, me pegando de surpresa, demorei um pouco para retribuir pela surpresa, mas logo retribui e acabo sorrindo no meio do beijo. Sinto que estou totalmente no controle do meu corpo de novo, me afasto do Arthur por falta de ar e sorrio. — Obrigada. _ murmúrio para ele. — De nada meu amor, mas onde eu estou? Eu estava numa reunião_ diz Arthur olhando em volta. — Desculpa atrapalhar a reunião, mas precisa de alguém para acalmar ela, quem melhor do que o companheiro dela? _ Mel fala meio sem jeito, mas o raciocínio dela está certo. — Nós não íamos conseguir puxar os dois para cá, então o primeiro que veio à mente apareceu aqui e no caso você. _ diz a menina que é irmã do Erick e não gostei do olhar dela para o Arthur. — Acredito que vão aceitar fazer a reunião novamente, afinal eles têm que entender que vim socorrer minha companheira_ falou dando um sorriso de canto, me olhando. Assim que levanto, sinto uma tontura, mas disfarço, o grifo vem até mim e me analisa. — O que foi? Está me olhando porquê? _ digo tentando disfarçar. — Ele disse que você não está bem! Que bateu muito forte a sua cabeça no chão e que está com falta de sangue! _ diz a menina, chocada com as informações. — Seu dedo duro_ falei bufando e cruzo os braços. Precisava disso? — Pode tomar meu sangue_ falou Melody esticando o braço para mim. Não se oferece sangue para alguém que acabou de quase se descontrolar. — Não, não posso_ me aproximo mais do grifo e sussurro para ele não deixar ninguém se aproximar. — O que está acontecendo aqui? _ diz Erick entrando na caverna e bufo com isso. "Ele eu ataco_ pensei maldosa e sinto minhas presas surgirem." — Olha eu estou com sede, acho melhor você se mandar daqui_ falei abrindo meu sorriso malvado e com minhas presas deixa mais malvado ainda. Meus olhos mudaram para vermelho novamente, mas agora de propósito. — Pode vir, se isso diminuir tua raiva por mim. _ disse ele, sério. — Bom, isso não vai diminui tão cedo, querido! _ disse sarcástica e arquei a sobrancelha. — Posso subir em você? _ sussurrei para o grifo e o grifo concorda com a cabeça_ chama teus filhotes e vamos sair daqui_ falei e subi em cima do grifo. — Você não se atreveria a nos deixar aqui!?_ falou Melody rosnando e ergo as sobrancelhas. — Até parece que você não me conhece mel_ falei sorrindo_ vamos! O grifo levanta voo e logo estávamos fora da caverna, os filhotes logo atrás de nos. Deixando Melody e os outros sozinhos na caverna. — Me leva para uma floresta que tenha algo para mim, caçar, por favor. _ digo ao grifo. O grifo, deu um grito, fomos mais rápidos, mas quando vejo uma árvore enorme, sei exatamente onde estamos e sinto uma lágrima escorrer. O grifo pousa num galho bem grosso e largo, desço dele e suspiro pesadamente, esse lugar me traz muitas lembranças tanto boas como ruins. Sento no galho para descansar e olho o grifo, curiosa para saber o porquê dele está me ajudando. — Você consegue falar comigo? _ ele concorda com a cabeça_ está ok, eu vou deixar minha mente aberta para você. Abro minha mente, deixando ela totalmente vazia e respiro fundo. — Olá, minha mestra_ escuto uma voz feminina na minha cabeça. Acredito que seja o grifo. — Mestra? _ falei confusa. — Quando um grifo é salvo por uma pessoa de um brasílisco, seja humana ou não, vira seu mestre, ou seja, farei tudo o que você pedir e te proteger. _ explicou. — Não sabia disso e pensei que não existiam mais grifos para ser sincera. _ digo simplesmente, realmente acreditava que não tinham mais grifos por aí. — Nos grifos somos poucos, pois teve uma época que iam atrás para ter um, fazer experiências, se mostrar para mundo afora e nisso muitos grifos morreram, hoje é muito difícil nos encontrar, pois, só os de coração puro conseguem se aproximar de um grifo e nos encontrar_ me explicou. — Mas você não pode ficar comigo, você tem seus filhotes e... _ me cortou. — Eles podem ficar ou podem ir, eles já estão na idade de deixar o ninho_ me falou e olhou para os filhotes. Continua
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