capitulo 7

2390 Words
P.o.v. Stephany Me teletransportei para minha casa, lançando o feitiço: "subsisto Israhel ut non intrarent" — que impede que qualquer pessoa entre na casa. Deitada em minha cama, ainda chorando silenciosamente, tento acalmar a tempestade de emoções que me assola. Minha mente está inundada de lembranças dolorosas do meu passado, das perdas que sofri e das dificuldades que enfrentei ao longo dos anos. A dor parece esmagadora, e sinto como se não houvesse escapatória. Escuto um barulho no andar de baixo e fico alerta, com algumas lágrimas escorrendo ainda fico quieta, me levanto e desço devagar, pego a arma na minha cintura e a seguro em punho. Caminho até a cozinha, vejo que é apenas um gato e respiro aliviada. — quase que você me matou do coração gatinho_ falei com uma voz mais fina — amo, felinos e fico boba perto deles — e pego ele no colo, faço carinho e sorrio quando ele começa a ronronar. Quando eu me viro, dou de cara com John e solto um grito por ter me assustado. Solto o gato e, por incrível que pareça, o gato se transforma em Arthur. — ok, eu tô ficando louca_ falei me afastando dos dois e fechei os olhos torcendo para isso ser ilusão da minha cabeça, mas assim que sinto uma mão no meu rosto, abro os olhos. — porque você tava chorando?_ Arthur diz secando meu rosto que ainda tá meio molhado, sua expressão de preocupação era nítida. — eu... _ fico sem saber o que responder e com certeza não vou falar a verdade_ eu preciso ficar sozinha!_ falei firme e me afasto do toque dele_ saiam da minha casa! Os dois!_ falei apontando para porta surpreendendo os dois com minha reação. — tem certeza que quer isso?_ John falou me olhando nos olhos, mas desvio. Não quero mudar de ideia, ninguém pode ver eu nesse estado. — sim_ falei, mas minha voz falhou e ele arqueou a sobrancelha_ sai por favor_ pedi quase implorando, ele suspira e sai, logo atrás vai o Arthur. Refaço o feitiço para eles não entrarem sem eu permitir, me encosto na parede e respiro fundo, sinto algumas lágrimas escorrer e subo de volta para meu quarto. Deitando na cama. John/um tempo antes. Minha mãe disse que a Melody, amiga da Stephany, é nossa irmã que foi sequestrada e estou chocado por não ter percebido a semelhança, cabelos, cor de fogo igual ao Liam e olhos iguais aos meus, eu fui muito burro em não ter percebido isso antes. Estou indo para a cidade para ver se acho a Stephany ou a Melody, chego na cidade, já é a terceira vez que venho procurar elas, mas nem sinal de nenhuma das duas, fui até mesmo na casa da Stephany e não tinha ninguém, olho no meu relógio e vejo serem 19:46. "Não é possível que elas tenham sumido, vou de novo na casa da Stephany_ pensei." No caminho, acabo sentindo uma grande angústia misturada com tristeza, sei que não é minha e sim da minha companheira. Fico preocupado, pois, se eu tô sentindo tá muito grande essa emoção, porque eu não a marquei e se eu não a marquei, para mim sentir o que ela sente tem que ser muito forte, meu irmão surge ao meu lado ofegante. — você também sentiu, né?_ ele pergunta mesmo sabendo a resposta. — sim, vamos à casa dela ver se ela está lá._ digo em esperança de a encontrar lá. — vamos_ falei indo em direção e ele vindo junto. Apresso o passo, entro pela porta da cozinha que eu abri hoje de tarde, mas não sinto a presença dela, na casa e suspiro preocupado. — ela não está aqui._ passo a mão no cabelo por não saber o que fazer. — onde ela estaria?_ meu irmão não se encontra num estado diferente do meu. — não... _ paro de falar quando sinto a presença dela, no segundo andar e faço sinal de silêncio para Arthur. Escuto minha princesa chorando e soluçando, isso me parte o coração, o Arthur de repente bate numa panela a derrubando e reparo que minha princesa ficou quieta, o Arthur se transformou num gato, eu uso minha velocidade de vampiro e me escondo atrás do sofá. Logo escuto ela descer as escadas e vejo que ela tá com uma arma na mão, fico escondido e espero ela passar por mim, saio do meu esconderijo em silêncio. — quase que você me matou do coração gatinho_ diz pegando o Arthur no colo e o safado ronrona. Assim que ela se vira, ela se assusta comigo e grita, nisso ela solta o gato e Arthur volta ao normal. — ok, eu tô ficando louca_ ela falou se afastando de nos e fechou os olhos, Arthur se aproximou e colocou a mão no rosto dela. — porque você tava chorando?_ ele falou com a mão no rosto dela. — eu... _ ficou em silêncio_ eu preciso ficar sozinha!_ falou firme e se afastou do Arthur_ saiam da minha casa! Os dois!_ ela falou apontando para porta fazendo eu ficar surpreso. — tem certeza que quer isso?_falei a olhando nos olhos, mas ela desvia. — sim_ ela diz com a voz falha e duvido que ela realmente quer que nos saia e arque-o a sobrancelha_ sai por favor_ pediu quase implorando, suspiro e saio da casa, eu sei que ela queria que nos ficasse, mas por algum motivo preferiu nos mandar embora. Sento na grama da casa da Stephany e fico pensativo. — tenho que ir irmão, cuida dela para nos._ ele diz preocupado, mas ele tem responsabilidades com o Diego. — tá bom parceiro_ digo sorrindo fraco e ele vai embora. "Será que tento entrar lá?_ pensei encarando a casa_ vamos lá." Levanto-me, vou em direção a casa, mas não consigo chegar na casa, pelo jeito ela fez um feitiço para ninguém entrar e me concentro. — deixa eu entrar, por favor_ tento falar telepaticamente com ela, mas não consigo_ princesa, me deixa entrar, eu juro que não pergunto nada, só quero ficar do seu lado_ não sei se ela ouviu, espero um pouco e consigo passar e ir para a casa. Sigo um barulho de choro; chego até um quarto e vejo minha princesa na cama chorando. Vou até ela e abro os braços para que ela me abrace, assim, ela fez e parece que com isso — ela chora mais — acalmo ela fazendo cafuné nela. Depois de um bom tempo, ela dorme nos meus braços, nos ajeito com calma para não acordar lá, pego uma coberta e a cubro, quando eu ia sair, ela me puxa de volta. — fica, por favor_ falou baixinho com um pouco de sono Deito do lado dela, puxo ela com calma para perto de mim e a abraço, fico fazendo cafuné nela até eu dormir. Dia seguinte Acordei com minha princesa ainda em meus braços, mas ela já está acordada, perdida em pensamentos. — bom dia princesa_ falei fazendo carinho na cabeça dela, a assustando e sorrio com isso. — bom dia_ ela falou baixinho e meio envergonhada. — não se preocupe que não irei te julgar por ontem, mas você tá melhor?_ falei me sentando para olhar ela melhor. — sim, e muito obrigada, eu estava precisando de um abraço_ diz se sentando e me abraçou escondendo seu rosto no meu pescoço. — de nada minha princesa_ falei retribuindo o abraço dela. "Acredito que não é hora de eu falar da Melody_ penso por ela não estar muito bem." — eu... _ sinto as presas dela tocarem meu pescoço. Fazendo um mordiscar meus lábios, não se faz isso com um vampiro. Ela se afasta e por um segundo, vejo os olhos dela piscarem em vermelho escarlate. — pode parar liz... Não, eu não vou morder ele sua safada_ com isso acabo dando risada e ela me olha_ falei em voz alta neh?_ falou dando uma leve encolhida e sua bochecha ficou vermelha. — sim_ falei rindo e ela fica mais sem graça ainda. — é... eu preciso que ir_ falou e seus olhos ficaram roxos, com minha velocidade vampira, a prendo na parede e ela respira ofegante quando vê nossa proximidade. Seus olhos presos aos meus. — você não precisa ir_ falei apenas alguns centímetros de colar nossas bocas. — e... eu... tenho... que ir_ falou meio desconcentrada com minha proximidade e seu olhar ia para minha boca. — não, não tem_ falei e a beijei. Ponho minha mão na cintura dela, ela coloca seus braços em volta do meu pescoço e sorrio no meio do beijo com isso, nos separamos por falta de ar e sorrio ainda ofegante. — fica comigo hoje?_ ela me olha em duvida_ por favor, princesa._ tento usar um olhar fofo, meio implorando. — eu não posso, eu prometi treinar com a Mel_ falou meio incerta. — liga para ela, aposto que ela não liga que você passe o dia comigo._ digo sorrindo, quebra essa para mim irmãzinha. — tá bom_ falou revirando os olhos e seu celular aparece na mão dela. P.o.v. Stephany Se eu ligar para Mel é óbvio que ela vai deixar que eu fique aqui, mas vamos lá. Ligação — Oi amiga, onde você tá? Você sumiu e fiquei preocupada._ sinto o tom de preocupação na voz dela, ela é fofa demais. — é eu tô na minha casa_ falei olhando para John que ainda não me soltou_ não precisa se preocupar que eu tô bem_ "graças ao John" completei na cabeça. — tem alguém ai com você?_ falou desconfiada. — é... tem e como sabe?_ pergunto achando estranho. — consigo ouvir a respiração dele ou dela não sei, mas deve ser ele não é?_ falou e imagino ela arqueando as sobrancelhas e reviro os olhos_ é o loiro ou o moreno?_ perguntou quando eu não falei nada. — é o moreno_ falei encarando o John que sorrio. — me ligou para perguntar se pode ficar com ele não é? E não queria me deixar na mão com o treino e resolveu perguntar para mim não é?_ diz antes mesmo de eu falar algo. — é bem isso_ falei impressionada com o raciocínio dela. — claro que pode ficar com seu boy, pena que meu foi um i****a e me rejeitou_ falou meio triste o final, mas disfarçou. — eu ainda dou uma lição naquele i****a_ falei sorrindo malvada e John arque-a a sobrancelha. — já falei para deixar ele, mas agora fica com seu boy e me deixa terminar meu livro._ diz praticamente desligando na minha cara. — tá bom_ reviro os olhos e desligo. Ligação Escuto minha barriga roncar, fico com vergonha e me solto do John, indo para a cozinha, ele vem atrás e senta na mesa. Procuro algo para comer e não acho nada que preste, apenas uma barra de cereal e um salgadinho, as outras coisas eu doei porque ia me mudar. — não acredito que só tenho isso nessa casa_ falei comendo a barra de cereal. Me fingindo de louca. — você vive do que menina?_ diz ele procurando algo nos armários e me olhando incrédulo. — eu na maioria das vezes como fora. Então tenho quase nada_ falei dando uma desculpa esfarrapada por não ter comida aqui. — vem, vou te levar na minha casa, lá sim, tem café da manhã digno e você já conhece minha família_ falou pegando na minha mão e me puxando para fora da casa. — espera, como assim conhecer sua família?_ falei nervosa com a ideia. Conhecer os supremos? Não parece uma boa ideia. — relaxa que eles são bem legais, vão gostar de você_ ele me pegou no colo estilo noiva e solto um gritinho de surpresa. Coloco meus braços em volta do seu pescoço com medo dele me derrubar_ não vou deixar você cair, princesa._ ele abre um sorriso enorme e parece estar se divertindo. Ele olha para os lados, como não tem ninguém ele usa sua velocidade de vampiro e num segundo já estávamos na floresta, acredito que em menos de 10 minutos estávamos na frente de uma casa enorme e engulo em seco, nervosa. — espera, eu nem troquei de roupa para vim aqui, nem sequer arrumei o cabelo_ falei me olhando e fico mais nervosa ainda. Pareço um espantalho. — vou te levar no meu quarto e você se arruma um pouco_ falou abrindo as asas e indo para uma janela aberta, entramos e ele me solta no chão, reparo que as asas dele é igual do Arthur_ se arruma que temos que descer._ diz deixando umas coisas na minha visão. Pego uma escova, escovo meu cabelo. Estalo os dedos e minha roupa muda para uma leggin e uma camiseta, aparece um salto médio preto e sorrio — gosto de salto —. Faço aparecer um pó de arroz na minha mão e passo um pouco para diminuir o inchaço do meu rosto de tanto chorar ontem, apesar de não adiantar muito. — pronto_ falei me virando para John e ele sorrio. — você tá mais linda ainda_ falou passando o braço pelo meu ombro e me guiou para fora do quarto. Sorrio nervosa e descemos as escadas indo para sala de estar, tinha o Arthur que abriu um sorriso enorme quando me viu, tinha três homens que conheço por ser os três supremos e uma mulher de cabelos loiros quase brancos, essa mulher me parece familiar... Acredito que seja a suprema. — família essa é minha companheira._ John me apresenta e só sou capaz de acenar. — é a do Arthur também não é?_ Diz o homem loiro que se parece muito com o Arthur, apenas os olhos são diferentes. — Sim, pai_ Arthur responde e lança um sorriso de lado para mim. — uou cada dia que passa eu acho que sua mãe é louca amor_ falou o homem moreno, que é com certeza vampiro pelas pressas, para a mulher do lado dele e de repente entra um vento forte e derruba ele da cadeira e rio com isso. — prazer eu me chamo Tatiane, mas pode me chamar de Tati, sou a mãe desses dois_ a mulher com os cabelos falou gentilmente e estica a mão para me cumprimentar e assim faço, mas quando toco nela... continua
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