2 - Gata e proibida

2602 Words
Steven Se eu ganhasse um euro por cada vez que Dara me abandonou, teria dobrado minha fortuna em um único ano. Ela era gostosa, não havia como negar, mas era completamente louca. Eu a conheci no trabalho. Ela tinha sido minha secretária, embora eu devesse ter deixado tudo como estava. Certa noite, quando estávamos trabalhando até tarde, ela deixou claro que não tinha mais nenhum lugar para estar. Mastigando sedutoramente a ponta de um lápis, esqueceu que deveria tomar notas. Aproximando-se, inclinou-se para a frente, me dando uma visão frontal completa de seus s***s. Fiz o que qualquer homem faria naquela situação. Puxei-a para o meu colo e comecei um caso relâmpago. Durou apenas alguns dias até que ela decidiu que já tinha chegado ao limite. Com um aviso prévio de duas semanas, ela me informou que eu tinha me aproveitado dela. Um salário depois, ela estava andando pelo meu escritório como uma c****a no cio. Eu estava confuso, mas e******o. Dei ouvidos à minha libido em vez do meu cérebro. Nosso relacionamento era quente e frio. Num minuto ela estava rasgando as roupas, no outro ela estava alegando que eu a sufoquei. A gravidez foi a gota d'água. De todas as coisas tolas e arriscadas que eu poderia ter feito, engravidá-la foi de longe a pior. Eu estava determinado a fazer a coisa certa e a pedi em casamento assim que recebi a confirmação da condição dela. Ela não ficou nada impressionada. — Você está apenas casando comigo por causa do bebê — ela estalou. — Claro que sim — rosnei. A garota tinha uma queda por afirmar o óbvio. Que outra razão eu poderia possivelmente ter para querer me amarrar a alguém que me deixava louco? Eu precisava tê-la, mas não queria nada com ela. Eu havia me resignado a uma vida inteira de tortura só para garantir que a criança fosse sustentada. Dara derreteu, mudando de emoções com a velocidade da luz. Ela se aninhou em meus braços, me chamando de “querido”. Aceitando minha proposta, ela deslizou o anel para o dedo. Isso valia mais que seu salário anual, não que eu fosse pagar mais a ela. Como minha esposa, ela não precisaria trabalhar, e eu ficaria livre para me esconder no meu escritório, longe de todas as suas besteiras. No dia seguinte, ela desapareceu. Fiquei furioso. Será que ela vendeu o anel? O que havia de errado com ela? Não poderia ela ver que uma vida comigo seria preferível a viver sozinha? O que ela faria com a criança? Meu filho? Ela não conseguiria viver por muito tempo com o dinheiro das joias adquiridas de forma ilícita. Lancei uma enorme campanha para encontrá-la, vasculhando o interior e todas as pequenas cidades e vilas espalhadas por toda parte. Não adiantou. Onde quer que ela tivesse ido, não consegui localizá-la. Meu exército de detetives e advogados voltou de mãos vazias, e fui forçado a admitir que havia perdido. A ideia de vê-la lá fora criando meu filho na pobreza era irritante. Contei os meses até achar que ela estava prestes a dar à luz. Eu não me importava com ela; só queria que meu filho ou minha filha fosse trazido para casa. Pouco mais de um ano depois, Dara apareceu na minha porta, vestida com seu traje colado de sempre. Lutei para manter a cara séria, mesmo fervendo por dentro. Ela estava com um canguru, com a capota abaixada, então eu não conseguia ver a criança. Entrando como se fosse dona do lugar, ela exigiu um pagamento. Eu dei isso para ela sem uma palavra. O chefe dos meus empregados, Ray, ofereceu a ela uma xícara de café. Ela aceitou felizmente, como se fôssemos todos velhos amigos se reunindo. Fiquei calado, com medo de que, se eu falasse, ela percebesse a profundidade da minha raiva. Ela agiu como uma v***a, pulando pela mansão como se fosse um hotel de luxo. Estacionou o bebê perto da porta e o ignorou completamente. Depois de meia hora, a criança acordou e começou a chorar. Deixei Dara na sala de estar, cruzei o corredor e me ajoelhei diante do meu bebê. Deslizei o protetor solar para cima, revelando o rosto que já significava o mundo para mim. Noah era perfeita. Percebi imediatamente que ela era uma menina, seu rostinho gordinho contorcido de agonia. Estendendo a mão para soltá-la do canguru, a levantei em meus braços. Ela não se acalmou no começo. Eu não tinha experiência com bebês e não sabia como lidar com um. Não sabia se ela precisava de uma troca de fralda, de uma mamadeira ou de qualquer outra coisa que bebês precisam. Eu sabia que ela precisava de amor e atenção, e que não estava recebendo isso da Dara. Eu estava determinado a não perder minha filha de vista e, a partir de então, minha primeira responsabilidade passou a ser com ela. Levei a criança para a cozinha, procurando dentro do frigorífico algum leite. Ray me encontrou lá e teve dificuldade em não sorrir. — Eu não acho que bebês bebam esse tipo de leite — ele disse. — Que tipo de leite eles bebem? — perguntei. — Leite materno. Lancei um olhar perigoso para meu funcionário. De jeito nenhum eu me separaria da criança para deixar Dara alimentá-la. Aquela mulher já tinha causado danos suficientes. Eu não conseguia imaginá-la maternal o suficiente para amamentar, e não queria perguntar. — Aqui — Dara chegou à porta, estendendo as mãos para o bebê. Eu balancei a cabeça. — Pegue o dinheiro e vá — eu lhe disse. — Eu pensei que a gente ia se casar — ela fez beicinho. — Eu não vou casar com você — eu respondi. — E eu não vou deixar você pegar minha filha. — Você não pode fazer isso — ela retrucou. — Por que você voltou aqui, Dara? — perguntei. Em meus braços, a pequena Noah redobrou seus esforços para chamar minha atenção, fechando as mãos em punhos. Dara a ignorou, concentrando-se em mim. — Porque você é o pai dela. — E como pai dela, estou oficialmente te aliviando da sua responsabilidade. Dara se virou e chutou a bolsa de fraldas, fazendo-a cair no meio do quarto. — Fique com sua filha — ela disparou. — Tenho coisas melhores para fazer. Ela saiu porta afora, levando o pagamento consigo. Virei-me para Ray, que deu de ombros. O choro de Noah ficou ainda mais alto, e eu percebi a magnitude do que eu tinha feito. Eu estava sozinho em casa com uma recém-nascida. Eu a havia resgatado do que certamente seria uma vida horrível, mas não fazia ideia de como cuidar dela. Ray voltou para o hall de entrada e pegou a sacola cheia de itens de bebê do chão. Abrimos a sacola em cima da mesa da cozinha enquanto eu tentava acalmar Noah massageando suas costas. Havia quatro fraldas, duas mamadeiras cheias de fórmula, um trocador e uma seleção de loções. Peguei uma das mamadeiras e coloquei na boca da bebê. Ela se acalmou imediatamente e estendeu a mão para me ajudar a segurar o recipiente. Olhei para Ray e sorri. Por um momento, pareceu que minha raiva havia diminuído. Todos os meus problemas estavam resolvidos, mas o trabalho havia apenas começado. Nós contratamos uma babá naquele mesmo dia, mas ela não era muito boa. Ela sabia muito mais sobre bebês do que eu e foi uma grande ajuda nas primeiras noites. Mais tarde naquela semana, descobri que ela tinha sumido junto com metade dos talheres. Pelo menos, naquela época, eu já tinha aprendido a trocar fraldas. Contratamos outra babá, e outra. Um delas ficou por três anos. Noah cresceu próxima a ela e chorou quando ela deixou meu emprego para se casar e começar sua própria família. As outras mulheres tinham problemas de compromisso. Peguei uma delas fumando no quintal e outra bebendo na despensa. Uma delas tinha um namorado que ela convidou para minha casa enquanto eu estava no trabalho. Outra não se dava ao trabalho de tirar os olhos dos seus programas diurnos. O resultado foi que Noah se tornou um pouco turbulenta. Eu podia lhe dar um lar e uma educação, mas não podia ser mãe. Ela agia para chamar atenção e tinha acessos de raiva quando achava que as babás não estavam ouvindo. Eu estava muito ocupado com a minha empresa e não conseguia estar presente o tempo todo. Embora a amasse mais do que a própria vida, eu precisava de ajuda. Ocasionalmente, meus pais conseguiam cuidar dela. Noah se dava muito melhor com minha mãe do que com qualquer assistente contratado. Elas se uniam tomando sorvete e passeando no parque, mas aí meu pai se aposentou e meus pais se mudaram. Eles estavam entrando na terceira idade, a fase da vida em que se livravam das responsabilidades e voltavam a agir como crianças. Eu não queria impedi-los. Minha mãe chorou no aeroporto, prometendo voltar para nos visitar. Eu disse a ela para não se preocupar. Noah estaria em boas mãos. Mais duas babás depois, e eu estava pronto para jogar a toalha. Havia de haver um caminho melhor. Por que era tão difícil encontrar ajuda competente? Depois que o último m****o da equipe pediu demissão, mudei-me para meu escritório em casa, fazendo o seguinte: o máximo de trabalho que pude, enquanto cuidava da minha filha. — Papai! Papai! Papai! — Noah gritou, correndo para o meu escritório com um pedaço de papel erguido no ar. — Papai! Papai! Eu estava ao telefone com um investidor, tentando acertar os detalhes do projeto mais recente. Estávamos comprando uma empresa de tecnologia, uma startup pouco conhecida que estava revolucionando o mercado online. Eu sabia que, com o apoio financeiro certo e um pouco de orientação, eles ganhariam milhões. Era um processo delicado, que eu não queria interromper. — Papai! Papai! — Noah subiu no meu colo e me entregou uma página de um livro de colorir. — Isso é legal — eu disse, beijando o topo da cabeça dela. — Onde está o Ray? — Não sei — ela respondeu, olhando para seu trabalho com satisfação. — Sim, ainda estou aqui — disse ao meu investidor. — Vá procurar o Ray — instruí Noah. — Mas estou entediada — ela reclamou, inclinando-se para pegar minha caneta. — Ray! — gritei. — Me dá um momento — implorei, antes de desligar o telefone, pegando minha filha no colo e acompanhando-a até a porta. — Ray! Um momento depois, o empregado apareceu, aceitando relutantemente a criança que se mexia. — Posso procurar outra babá? — perguntou ele. — Tudo bem. — Acenei com a mão e voltei para minha sala. Terminei a ligação e fui cuidar de outras coisas. Havia e-mails para responder e documentos para ler. Eu gostava de acompanhar os registros de todas as minhas empresas, para garantir que nada estivesse errado. Mesmo estando fisicamente em casa, mentalmente, eu estava trabalhando. Eu precisava de uma solução para o problema que funcionasse tanto para mim quanto para minha filha. Conciliei minhas responsabilidades para poder tirar o dia seguinte de folga. Levando Noah ao zoológico, dediquei-lhe toda a minha atenção. Ao voltar para casa, pedi à cozinheira que preparasse seu prato favorito e a deixei em frente à televisão por uma hora. Tranquei-me no meu escritório, checando rapidamente meus e-mails para ver se havia algum incêndio para apagar. Falei com a cozinheira, pedindo-lhe que tomasse conta da menina até que eu pudesse providenciar uma nova babá. Ela aceitou de má vontade, deixando claro que não conseguiria fazer as duas coisas. Concordei em comer as sobras e pedir comida para viagem por alguns dias até que a situação se resolvesse. Trabalhando em casa, consegui fazer algumas coisas. Não foi r**m; a paternidade apenas me deixou de mãos atadas quando se tratava de reuniões com clientes. Eu não tinha muitas esperanças nessa nova babá, quem quer que o Ray encontrasse. Mas, se ela conseguisse ficar por alguns meses, pelo menos eu poderia dar uma passada no escritório. Noah estava tirando uma soneca na segunda-feira seguinte quando Ray bateu na minha porta. Afastei-me da bolsa de valores e olhei para cima quando ele entrou na sala. Caminhando atrás dele, vinha uma jovem, tão jovem e voluptuosa quanto eu já vira. Minha libido foi imediatamente ativada, embora eu me dissesse que era velho demais para ela. Ela tinha cabelos castanhos macios que caíam graciosamente sobre os ombros. Seus olhos brilhavam e seus lábios eram carnudos. Vestida com um terninho de duas peças que não escondia seus s***s, ela parecia estar em uma entrevista de emprego. Percebi imediatamente que ela era gentil. Ela tinha um corpo saudável, uma vibração que eu sabia que Noah iria gostar. Eu me peguei desejando que ela pudesse se juntar à minha equipe. Seria um prazer olhá-la todos os dias, embora eu soubesse que ela seria fora dos limites. Ela entrou na sala sem medo, marchando até minha mesa e estendendo a mão. Eu me levantei, permitindo a mim mesmo uma varredura do corpo dela. Abaixo da cintura, percebi que seus quadris eram definidos. A jaqueta que ela usava se ajustava perfeitamente à sua cintura, moldando-se ao corpo e acentuando seus s***s. Segurei sua mão com prazer, notando a confiança em seu aperto. — Essa é Alina Mackenzie — Ray a apresentou. — Me chame de Ali — disse. — Isso é um sotaque americano? — provoquei, já preparado para contratá-la. — É, sim — ela respondeu. — Sou da Califórnia. — Você já esteve na Irlanda antes? — Não. Mas minha avó nasceu aqui. — Ah, então você está voltando para casa. — De certa forma. — Você tem alguma experiência com crianças? — perguntei, indo direto ao ponto. — Eu trabalhei como babá quando era criança — disse ela. — Sou boa em inventar brincadeiras e brincar de faz de conta. — Noah vai gostar disso — concluí. — Quantos anos você tem? Não era da minha conta, e era uma pergunta absurda de se fazer, mas eu precisava saber. Ela parecia não ter mais de vinte anos, e se ela ia andar por aí na minha casa parecendo como parecia, eu queria saber exatamente qual era a diferença entre nós. — Tenho vinte e cinco anos. Assim era melhor. Aos trinta e dois anos, eu só tinha sete anos a mais que ela. Mesmo assim, como m****o da minha equipe doméstica, eu teria que manter distância. Eu não estava em uma entrevista para encontrar uma companheira de brincadeira — pelo menos não uma para mim. — O Ray vai te mostrar o seu quarto — respondi, sentando-me novamente. — Acho que a Noah está tirando uma soneca, mas, quando ela acordar, você pode encontrá-la. — Eu consegui o trabalho? — ela perguntou, os olhos arregalados de excitação. — Se você quiser. — Sim! — Ela corou e se virou. — Obrigada. — Ray, por favor, diga à cozinheira para retomar seus deveres normais. — Sim, senhor — disse Ray, estendendo a mão para a porta. Os dois saíram, deixando um vazio. Olhei para o local onde ela estivera, lutando para controlar meus pensamentos. Eu teria que apagá-la da minha mente, focar no meu trabalho como havia planejado. Uma vez que Ali estivesse estabelecida, eu poderia voltar para o escritório e não precisaria imaginá-la na sala ao lado. Eu sabia exatamente qual quarto Ray lhe daria; eu conhecia a disposição e a posição da cama. Ela estava sob o meu teto agora, uma pessoa a meu serviço. Eu podia fantasiar o quanto quisesse, mas nunca podia tocá-la.
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