Layla O vestido dourado estava mesmo no closet. Me esperando. Brilhando sozinho no cabide como quem já sabia que ia vencer a briga. Ele é ridiculamente perfeito. O tipo de roupa que transforma qualquer mulher em lenda urbana. Fino, leve, feito para escorrer pelo corpo como mel quente. Eu vesti, sim. Mas só porque queria mostrar que também sei jogar com as armas deles — e com salto alto. No espelho, vejo uma Layla que assusta até a mim mesma. Mas ainda sou eu. Com as cicatrizes invisíveis, o deboche intacto e uma pose treinada entre o “f**a-se” e o “se me olhar demais, eu mordo”. Sigo com calma. Cada passo é uma escolha. Cada olhar das criadas é uma pergunta não feita. O salão já está lotado. Luzes amareladas, lustres que parecem ter sido roubados de um castelo francês, e música ambie

