Dias depois...
Layla
A vida voltou a girar. Mas não na velocidade que eu escolheria. Nem no eixo.
Café da manhã servido por mãos que não são minhas. Roupas penduradas no closet como se um stylist fantasma tivesse me transformado em boneca de luxo. Convites “gentis” deixados sobre a mesa com caligrafia de monge tibetano, mas com peso de decreto.
Aqui dentro, até os bilhetes sussurram ordens.
Eu, aparentemente, virei parte da decoração de Dubai — tipo uma escultura exótica em movimento. Bonita. Silenciosa. Cultural o bastante para causar fascínio. Selvagem o suficiente para entreter.
E agora vem um bilhetinho dele com o seu perfume amadeirado e ego:
"Coquetel salão Leste. 20h."
Ah! Aquela coisa elegante, cheia de gente com nome de rodovia, taças caras e risadas mais falsas que apliqu
