Mudança

861 Words
Cheguei na casa de Léo e interfonei com seu Rogério o porteiro do apartamento de Léo. Como ele já me conhecia , me deixou subir sem problemas. - Manu? Desculpa perguntar mas você tá bem? - Seu Rogério me perguntou. - Sim seu Rogério. Eu só poderia pedir para o senhor me ajudar com essas malas? Preciso pôr no elevador. - Claro que sim, ajudarei é claro. Você tá bem? - ele colocou minhas malas no elevador. É incrível, um porteiro que eu conversei apenas algumas vezes percebe , que eu não tô bem. Mas minha mãe e meu pai que me deram a vida estão pouco se lixando. Apertei o andar de Léo, até chegar nele. Peguei meu celular e liguei pra ele abrir a porta. Esse apartamento foi uma das únicas coisas que sobrou da herança de Léo. - Leonardo , abre aí a sua porta. - Como assim onde cê tá? - Abre Léo. Ele abriu a porta e deu de cara comigo, assim que o vi comecei a chorar . - Ei que foi prima? - - Me abraça Léo , eu só preciso disso. - depois de alguns longos minutos se abraçando ele mandou eu entrar. - Me dá essas malas, e agora me explica o que aconteceu Manu. - Foi h******l Léo. - eu chorava. Minha mãe descobriu, e me expulsou de casa. Meu pai não fez nada pra impedir isso. - Calma, eu ainda estou aqui contigo Manuela. Enquanto eu estiver vivo, você nunca estará só. - Obrigado irmão. - sorri fraco. - Eu me culpo cara! Cê não sabe o quanto eu me culpo por não ter te vigiado naquela festa... E o pior , foi eu que levei Felipe até lá. Se eu não tivesse levado, d***a. - esmurrou a parede e passou a mão entre os cabelos. - Ei para, a culpa não foi sua Léo. Eu que fui uma... Mas , como você conhece esse Felipe, um traficante Léo. - Eu conheci ele na escola. Na época em que estudavamos juntos quando mais novos. Eu não sabia que o pai dele era bandido e dono de morro, ninguém sabia. Até que um dia ele se abriu comigo, contou tudo inclusive que ele ia ser o futuro sucessor do pai. - E mesmo sabendo que ele era um bandido tu ainda continuou amigo dele ? - Sim, ele era um cara legal. Eu não ia fazer isso, até porque ele não era um "bandido" Manu. O pai dele era. - Como eu pude? Me deitar com um... Drogado, bandido , traficante. - Ele pode ser tudo isso aí Manuela. Mas tenha certeza, ele é gente boa. - Eu quero fugir, eu desejo tanto não ter esse filho. - Para, você não pode dizer isso louca. O filho não tem culpa de nada, agora senta aí relaxa. Come algo, toma um banho , para de pensar negativo. - Tá. - fui até o quarto que Léo preparou pra mim. Fui até o banheiro que havia ali no apartamento, liguei o chuveiro e deixei a água molhar meus cabelos e esfriar meus pensamentos. "Se é que se podia". Vesti uma das poucas calças jeans que trouxe era uma preta justa, que se eu não me engano, estava ficando apertada em mim. Maldita gravidez! Coloquei uma blusa verde água de manga e prendi os cabelos em um coque. Estendi minha toalha no pequeno varal e me sentei no sofá. Léo não estava em casa, devia ter ido pra algum lugar. - Que linda em . - Léo chegou com um sorriso no rosto. - Linda nada olha pra mim..- sorri. - Manu, você sorrindo fica linda. não chorando. Mas eu trouxe comida pra gente. - ele abriu uma sacola com subways e coca - Ai Léo agora me animei, vamos atacar logo isso! - rimos. Comi uns dois subways de tanta fome que tinha, esse bebê está querendo me deixar gorda tenho certeza. - Mas Manu.. Tem um assunto que eu quero conversar contigo. - O quê? - disse enquanto terminava de comer. - Felipe, precisa saber sobre esse filho cê sabe né? - Quê? Cê tá louco né, se depender de mim ele nunca vai saber. - Manuela. Você sabe que você não vai conseguir se manter, eu poderia te ajudar mas o salário que ganho, m*l dá pra pagar tudo. - Eu sei, mas sei lá... Eu posso trabalhar. - Trabalhar? Você está grávida, e o bebê vai precisar de você por mais ou menos um ano. Sem contar o quanto você vai gastar com ele. - Eu não quero ter esse filho. - me olhei no espelho qur havia na parede da sala, e comecei a chorar. - Não fale isso! Deixa as coisas comigo tá? Eu gosto de tu demais e só quero seu bem. - Meu bem é que você não conte pra ele! - Manu vá dormir. Fui para o quarto, e fiquei imaginando o quanto meus pais estavam me odiando. Por que tudo isso Deus? Eu poderia ter perdido a virgindade, e não ficar grávida pelo menos . Mas porque eu tinha que ficar grávida? Que ódio.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD