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822 Words

Narrado por Sofia Era só um incômodo no ar. Um daqueles pressentimentos que a gente não sabe de onde vem, mas que cresce como uma névoa, gelando tudo ao redor. Luiza acordou um pouco abatida naquela manhã. Nada muito alarmante. Um chorinho mais arrastado, os olhinhos mais pesados. A febre veio por volta das sete e meia. Baixa, mas suficiente pra me deixar alerta. Marco já tinha saído pra uma reunião, e Eleonora estava tomando café na varanda comigo. Eu segurei Luiza no colo, passei a mão na testa dela e franzi o cenho. — Ela tá quente... — murmurei. — Pode ser dente nascendo, Sofia — Eleonora disse, pegando o termômetro no estojo da bebê. O número apareceu no visor: 37.9. Eu respirei fundo. Era algo que podia ser normal. Mas… não era. Não com aquela sensação no meu peito. Não com a

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