Narrado por Marco Eu estava no escritório, revendo os documentos que Rafael tinha enviado sobre a nova audiência, quando ouvi a porta da biblioteca se abrir devagar. Sofia apareceu na entrada, vestida com um robe de algodão claro, o cabelo preso em um coque frouxo, e os olhos ainda com sinais do cansaço das últimas sessões. Mas havia algo nos olhos dela naquela manhã. Algo inquieto. — Tudo bem? — perguntei, me levantando. — Estou bem… Mas você não está. Sua voz muda quando lê esses documentos. Suspirei, indo até ela. Puxei-a suavemente pela cintura. — Eu só queria que isso acabasse logo. Você já está enfrentando mais do que qualquer pessoa deveria enfrentar, e ainda tem que viver com essa sombra pairando em cima da gente. Ela se encostou no meu peito. Ficamos assim, em silêncio por

