CAPÍTULO 41 Narrativa de Zulu A alta da Elizabeth parecia que não ia chegar nunca. O hospital tinha aquele cheiro de desinfetante que queima o nariz e lembra que, mesmo em lugar de cura, a vida continua sendo frágil. Cada passo pelo corredor era um teste pra mim: não podia vacilar, não podia demonstrar fraqueza, não podia deixar que o medo invadisse o quarto antes de mim. Quando finalmente coloquei ela no carro, senti o peso do mundo nas costas. Elizabeth estava quieta, olhos baixos, segurando a barriga como quem abraça algo frágil demais pra tocar. Cada curva era medida, cada lombada, calculada. A Duda foi na frente, dirigindo, observando cada esquina como se tivesse radar nos olhos. Ela sabia que os inimigos não dormem, e que qualquer deslize podia ser fatal. Chegamos no morro e a s

