Capítulo Dois - Erick

3069 Words
Faz um mês, que o Júlio está tentando consegui fazer a dona do estúdio Classic nos vender o lugar. A localização é perfeita para a nova filial, bem localizada, enfim é o lugar ideal, porém a dona está fingindo demência. Enquanto ela não decide sozinha eu resolvi dar uma pequena ajudinha, aliás o mundo dos negócios é uma selva, ganha o animal que se sobressair melhor. Antes de iniciar a reunião fui informado haver alguém em nome deles, será que ela finalmente iria aceitar a proposta de compra? Se sim, eu vou fazer questão de pagar a vista, não quero que depois a mesma se arrependa. — Júlio minha secretária acabou de ligar informando que tem alguém esperando para falar referente aquele estúdio de balé que queremos comprar para abrir a nova filial, pode resolver está questão para mim, acabei de entrar em uma reunião, você está liberado dela para resolver está questão para mim. Júlio é um dos meus funcionários mais antigo, além de funcionário é também meu amigo desde a faculdade de direito, também sou formado em advogado, muitas vezes sentamos os dois para resolver alguns problemas jurídicos. — Não se preocupe, irei descer pessoalmente para conversar com ela, lhe manterei informado de quem era e o que conversamos pode fazer a reunião tranquilo. Nem mesmo com os meus irmãos eu tenho um companheirismo como tenho com ele, a Rebeca está sempre com a cabeça no mundo da lua, para ela tudo é uma festa, o Everton não liga para as empresas o negócio dele é o futebol, a mamãe fica para morrer com os dois, diz que ninguém sabe a quem eles puxaram, pois com certeza a ela e ao papai não foram. Terminei a reunião após algumas horas, já estava indo direto entrar numa teleconferência quando recebi a mensagem do Júlio dizendo que não conseguiu resolver nada com a senhorita Milena, que a mesma exigia a minha presença ou falava com nós dois, ou então continuaria esperando. Confesso que não liguei muito apenas mandei mensagem dizendo que uma hora ela cansaria de esperar, sempre venci meus oponentes pelo cansaço. Droga! Eu detesto quando me interrompem no meio da teleconferência, já deixei ordem expressas para nunca fazer isso, só em caso de vida ou morte. Estou começando a admirar está suposta sócia, a mesma realmente está cumprindo o que falou, não arredou o pé um minuto se quer, já que eu terei que resolver este assunto que seja de uma vez por todas logo. Terminei a conversa com a senhorita Milena impressionado, ela conseguiu me convencer em questões de segundos a assistir o ensaio deles e também visitar uma galeria que tem box para alugar. — Então quer dizer que a mulher te convenceu a ir ver o ensaio? Eu acho que não foi bem o poder das palavras dela que te convenceram Erick, te conheço não é de hoje e cá entre nós nunca vimos uma mulher tão linda, feito ela. Então quer dizer que a Milena conseguiu arrancar suspiros de todos nós aqui no escritório, por que não vi um executivo se quer que não tenha passado por nós conversando sobre a beleza da mulher vestida com trajes de balé, realmente sua beleza é estonteante. — Você sabe muito bem que não costumo misturar os negócios com sexo Júlio, não posso negar que ela é uma mulher de tirar o fôlego, mais é sócia da dona do estúdio onde precisamos comprar ou pelo, o menos alugar para implantamos a loja. O Júlio ficou pensativo por alguns momentos. — Escuta nós temos alguns prédios desocupados depois das últimas mudanças das duas lojas para um lugar mais espaçoso, pôr em vez de querer alugar ou vender não oferecemos uma troca por um determinado tempo, depois a gente pode ver o que faz. Está ideia parece atrativa a primeira vista, assim ganharíamos tempo, depois poderíamos ficar fazendo proposta de compra até às duas aceitarem a venda. — Sua ideia não é r**m, pude perceber que às duas não irão desistir fácil, então talvez a ideia de uma troca seja menos impactante de que uma comprar logo de cara. Ótimo! Isso é perfeito amanhã na primeira oportunidade que tiver vou propor isso às duas. Realmente era uma jogada de mestre e tanto, inicialmente uma troca por um tempo x determinado em cartório, não gosto de contratos fechados só em conversa, isso às vezes dependendo da pessoa pode ocasionar inúmeros problemas, digo por experiência própria, a confiança muitas das vezes pode colocar grandes negócios a perder, por este motivo se preciso de qualquer coisa tem que ser por contrato tudo assinado e documentado em cartório. No ramo dos negócios não se deve confiar nem na nossa sombra quanto mais em um acordo feito apenas em conversa este é o maior erro de qualquer líder. — Perfeito! Você vai querer que eu te acompanhe se sim, irei desmarcar algumas coisas que tinha marcado para amanhã, inclusive nossa balada hoje a noite, você sabe também não podemos ficar só sobrecarregados de trabalho pelo contrário precisamos arranjar um tempo para se divertir também. Ele é assim para ele não tem tempo r**m, claro leva super sério o trabalho, porém presa muito essa questão de dividir bem nosso tempo para não vivermos apenas para o trabalho. Eu confesso que nessa divisão de tempo muitas vezes o meu lado profissional ganha, acabo ficando preso por horas e horas com questões das nossas joalherias, temos aqui que é nossa cede central, com a enorme loja embaixo e os escritórios em cima, porém ao total são 50 lojas só aqui no Rio, se tudo der certo aumentará para 51 lojas. — Você está falando tanto desta balada que até deu vontade de conhecer. O mesmo diz que se fomos não vou me arrepender, afinal teremos um camarote só para a gente e alguns amigos. Penso com cautela se vou ou não, apesar de ser sexta, amanhã tenho que honrar o acordo que fiz com a sócia da Ana, porque se eu perder a mesma pode alegar que não levo o mundo dos negócios tão a sério como pareço levar. — Vamos cara, já te disse que ficaremos no camarote a noite toda, nada de descer para curtimos na pista, por que sei que amanhã você tem que cumpri o acordo que fez com a senhorita Milena, mais poderíamos passar apenas algumas horinhas por lá o que me diz? Penso um pouco, bem algumas horinhas não farão m*l, eu só não posso ficar de ressaca nem perder a hora amanhã. — Está bem, porém não posso de maneira alguma perder a hora amanhã, preciso mostrar que o nosso grupo é determinado com aquilo que quer. Os objetivos têm que ser traçados, o segredo é persistir até conseguir o que quer. — Erick definitivamente você parece aqueles velhos que passam na calçada do prédio xingando até o vento que não passou por ele. Tinha que ser o Júlio mesmo com essas comparações malucas. — Vamos direto daqui, por que não quero chegar muito tarde em casa. Não sei por que eu não consigo parar está minha mania de ser todo correto isto é desde da faculdade, se marco com você naquele determinado dia e naquela hora pode ter certeza que estarei lá do mesmo jeito que avisei para você. — Então você terá que me emprestar uma das suas inúmeras roupas que você deixa aqui no escritório, por que não tem lógica você ir de roupa informal e eu lá no meio vestido de terno, imagina a cena irão pensar que eu sou seu segurança particular ou que estão gravando partes do filme homens de preto. Este meu parceiro sai com cada uma que só ele mesmo. — Está bem não tenho problema algum em te emprestar, você já sabe onde fica então vá em frente enquanto estou terminando aqui, já te encontro. O mesmo corre para o fundo da minha sala, onde separei para deixar algumas peças de roupa lá, não só as roupas mais um banheiro para poder também tomar um banho rápido. Desligo o computador seguindo para perto das minhas roupas, nem morto eu iria ir para a balada naquela situação, precisava de um bom banho para tirar todo o stress. — Agora que você já escolheu a roupa meu querido poderia deixar que eu entre para eu poder me arrumar. O mesmo ri me dando licença. Na verdade, eu não gosto muito de está em boates, meu amigo diz que eu sou um velho no corpo de um jovem, mais não vejo qual o futuro você beber tudo que ver pela frente no final da noite termina fazendo o que não devia e ainda ganha uma bela de uma ressaca no outro dia, aí eu pergunto o que encher a cara agregou na sua vida, absolutamente nada, por está razão prefeito está sempre sóbrio, assim eu sei o que realmente fiz não corro o risco de cair em qualquer conversinha fiada. — Poxa! Achei que você só ia sair de lá amanhã. Vamos logo, por que sei que quando der umas, meia hora você quer ir embora, então tenho que aproveitar os poucos minutos que você quer ficar. Não sei para que o Júlio me chama, se ele já sabe como eu sou e fica o tempo todo com está ladainha no meu ouvido. — Ah! Nem vem, você sabe muito bem que não curto muito, vou apenas por que você é um brasileiro que faz jus ao nome e quando começa a me chamar não desisti nunca até eu aceitar. Não falei nenhuma mentira o Júlio era daquele tipo de pessoa que se você fala que não vai, daqui a pouco ele te faz a mesma pergunta sendo de outra maneira, às vezes eu tô tão entretido em alguma coisa que respondo sim e depois que eu paro para ver em qual enrascada eu me meti. — Enfim, vamos deixar de conversar e ir logo. Chegamos no lugar, pela primeira vez na vida fomos direto para o camarote sem ver nenhum conhecido dele para ficar gritando numa tentativa falha de fazer ele escutar o que estavam falando. A noite estava tranquila, confesso que não faz meia hora que estamos aqui e já estou com vontade de ir para casa. — Eu já estou ainda para casa, se for ficar lembre que amanhã temos o compromisso com as sócias do estúdio. O aviso por fim já saindo, pois, sei que se ficar mais alguns minutos ele irá tentar me convencer de ficar, sinceramente não estou afim. Fico intrigado com aquela mulher, primeira vez que vejo uma bailarina dizer que começou a se dedicar após velha, falo velha no sentido figurado, por que ela é um tremendo mulherão, sempre escuto todas dizer que começaram no balé desde criança e ela não, isso não quer dizer que ela não seja boa no que faz, apenas me chamou atenção este fato, ela poderia ser modelo, ficaria perfeita modelando para nossa nova coleção de joias. Após acabar o meu café, tento localizar em vão o Júlio, para ver se o mesmo vai comigo, ver o ensaio, porém como imaginava o telefone vai direto para caixa postal, com certeza aquele filha da mãe está de ressaca, deve ter esquecido completamente do nosso combinado. Bem o jeito é ir sozinho, quero prestar atenção em cada detalhe, a Milena é uma mulher perigosa em poucos segundos me ganhou na conversa, não posso me deixar levar de novo. Assim que cheguei a mesma já estava no louco, veio ao meu encontro juntamente com a Ana. — Seja bem-vindo, espero que fique tão encantado com nossa coreografia que mude de ideia referente ao prédio. Milena diz entusiasmada, Ana não fala nada apenas observa como se tivesse prestando atenção em algo que eu não consigo enxergar. Sento-me num canto, não quero que fiquem nervosos com a minha presença, aos poucos começam a se organizar, vejo o quanto Milena é dedicada aquilo que faz, estão apenas aquecendo, posso ver que nada tira sua concentração é como se ao começar nada fosse mais importante, sou avisado que começaram a coreografia da apresentação. Peço para ficarem tranquilos, finjam que eu não estou aqui. Para minha surpresa Milena está com o papel principal, ela se movimenta de maneira tão suave, tudo está tão sincronizado que começo a duvidar se quero realmente acabar com tudo isso. — Você conseguiu ver por que insistir tanto que viesse presenciar um dos nossos ensaios, todos aqui são apaixonados pelo balé, nós não só dançamos, mais é algo profundo quem vem do fundo da nossa alma, tenho certeza que depois que você assistiu e pode sentir todo nosso amor irá repensar. Fico hipnotizado no olhar dessa mulher, ela tem algo que mexe comigo, droga! Isso não pode, está acontecendo, não posso deixar minhas emoções a frente do meu negócio, isso é um caminho perigoso. — Realmente não há dúvidas de que todos são apaixonados pelo que faz, principalmente você Milena, ter o papel principal num espetáculo desses que exige tanto do corpo é fruto de muita dedicação, mais você ficou também de me apresentar os box da galeria ao lado que estão vazios só após ver é que posso lhe dá a minha posição final. A mesma assente, pedindo alguns minutos para trocar de roupa, se fosse em outra ocasião eu diria que não, está roupa está perfeita nela, porém marca de mais suas belas curvas. — Vamos! Tem certeza que depois desse tur por lá, você me dará razão e vai querer abrir sua loja correndo, vai por mim o investimento é bom. Essa mulher pensa que me engana, ela quer mesmo é que eu tiro os olhos do prédio do estúdio, tenho certeza que por dentro ela deve, está xingando até a minha última geração, ou ela acha mesmo que estou acreditando nesta gentileza dela? Ela saiu na frente me mostrando tudo, ao chegarmos até a galeria realmente o primeiro espaço que ela me mostrou chamou a minha atenção, era o primeiro que ficava com uma vitrine de video direto para a calçada, a visibilidade era boa. Será que além de bailarina ela tem uma visão boa para os negócios? Por que até agora tudo que ela me falou bate exatamente com o que eu quero? Quais são as chances dela ter investigado ou estudado para me falar tudo isso? — Milena fora ser sócia no estúdio de balé, você também é dona do seu próprio negócio? Por que vejo que entende bem de alguns assuntos. Olho para ela intrigado, será que está mulher está armando alguma coisa para mim? Bem-vindo ao mundo dos negócios, a desconfiança sempre vem primeiro em qualquer ação. — Minha família tem uma empresa, hoje em dia não me apoiam muito porque eu escolhi investir naquilo que me faz feliz, talvez se tivesse seguido o rumo que o meu pai queria hoje não estaria prestes a realizar o grande sonho da minha vida. Como filha mais velha sempre fui preparada desde pequena para assumir os negócios da família, porém viver sentada atrás de uma mesa assinando papéis não era o meu forte, até tentei sou formada em administração, porém definitivamente não era o que eu queria fazer da minha. Uau! Isso explica porque a mesma sabe explicar tão bem as vantagens de abrir minha filial aqui na galeria, além de linda é inteligente uma combinação perfeita. — Então posso quase apostar que você agora é considerada a ovelha da família por não seguir exatamente o que foi traçado para você, me corrija por favor se eu estiver errado. A mesma sorri pela primeira vez desde que estamos aqui. — Sim, eu sou a famosa ovelha n***a da família, claro não perdi contato com ninguém, mais é nítido que não suportam o fato de eu ter abandonado tudo para seguir minha carreira como uma "simples bailarina" como meu pai já falou várias vezes. Desculpe! Estou aqui falando pelos, os cotovelos, te enchendo com assuntos da minha família. Por incrível que pareça eu não estava entediado em escutar tudo que ela estava me falando, pelo contrário estava mais interessado do que deveria. — Com quem posso falar para ver os detalhes do primeiro que você me mostrou lá na frente? Eu sei que nas galerias a gente tem que alugar o espaço, porém acredito que a visibilidade está perfeita, é uma pena que a Milena não queira seguir administrando empresas ela tem uma visão para os negócios, incrível. — Aqui está o número, se você quiser ligar podemos esperar pelo dono aqui, assim você já ver todos os detalhes. Determinada! Está é a palavra que a define, com certeza ela está querendo garantir que não vou mais atrás do estúdio, até está querendo esperar para deixar tudo acertado logo. — Não se preocupe, ligarei assim que chegar na empresa, gosto de tratar assuntos de negócios lá, por que se tudo der certo já batemos o contrato. O seguro morreu de velho, também quero combinar tudo com o dono junto com o Júlio e sem ela por perto, algo me diz que essa gentileza toda é apenas para salvar o sonho dela que não deixa de ser um investimento de certa forma. — Ok! Então aqui encerra a minha ajuda, quero lhe agradecer por ter me escutado, ter dado a oportunidade de fazer você mudar de ideia, espero que tudo dê certo e quando inaugurar com certeza vamos vir prestigiar, a gente se vê por aí, boa sorte com sua nova filial. Não posso negar que a mulher é esperta, tem uma lábia para derrubar qualquer obstáculo que ela encontrar na sua frente, fiquei curioso para saber de quem ela é filha, porém ela não me falou nenhum nome da sua família. Sigo para empresa quero discutir este assunto com o Júlio, quero ver o que ele achar de tentarmos abrir a filial na galeria, o lugar né agradou, porém, sempre gosto de tomar decisões em conjunto com ele. — O Júlio já está me esperando na minha sala? Pergunto a minha secretária assim que saio do elevador. — Sim, senhor. Ótimo! Assim já adiantamos este assunto, achei que o mesmo faltaria hoje, não costumamos trabalhar no sábado, mais como quero resolver está questão da filial abrir está exceção, claro todos que tiveram que vir, receberão hora extra, pois o dia de hoje não estão no contrato dos mesmos.
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