6 CAPITULO

2256 Words
Pov Isadora Parei diante da cena que encontrei quando me aproximei do local onde a festa de aniversario dos meninos acontecia. Gabriela estava com seu corpo seminu à mostra, aquela não era a primeira vez que eu via seu corpo, mas ainda assim era impossível não olhar para sua barriga bem definida e não achar a coisa mais linda do universo. Tia Marcela e tia Hanna tentava tirar a filha de cima da mesa enquanto ela se debatia recusando-se a obedecer às duas mães e eu já estava com pena do que aconteceria com Gabriela na manhã seguinte. Mauricio filmava a cena alegremente deixando claro o quanto estava embriagado também, o que me fez questionar internamente o que diabos os dois haviam bebido. Harry, Rafaela e Heitor pareciam tão surpresos com a cena como eu estava, afinal Gabriela nunca tinha feito algo que fosse no mínimo parecido com aquilo, apesar de ser bem loucona de vez enquanto Gabriela sempre era muito respeitosa e cuidadosa com sua exposição, ela preservava sua imagem a cima de qualquer coisa e agora vendo aquela situação eu me perguntava o que diabos a tinha levado a fazer algo tão irresponsável assim. Vi quando Evinha parou ao meu lado e sussurrou... – Acho que é hora de você agir! – Suas palavras me tirou do transe que me encontrava e fui em direção a mesa onde tia Marcela já perdia a paciência com a filha. – GABRIELA PRADO, VISTA-SE E DESCE DESSA MESA AGORA! Falei com autoridade e Gabriela fitou meus olhos com um misto de... Eu não sei explicar, mas Gabriela não me olhava com a mesma ternura de sempre, ela parecia magoada ao mesmo tempo que emocionada, vi lagrimas se formar em seus olhos e suas bochechas extremamente brancas logo adotaram um tom avermelhado. Apesar de Gabriela está visivelmente embriagada ela não me questionou e logo sentou-se na mesa sem olhar para outra pessoa a sua volta que não fosse eu, seus olhos pareciam petrificados nos meus que obviamente não estava diferente. Passei pelas mães de Gabriela que pareciam me agradecer com o olhar por ter conseguido controlar a situação, sem dizer uma só palavra me aproximei da garota e tirei minha jaqueta jeans colocando-a por cima de seu ombro deixando seu corpo exposto agora devidamente coberto como deveria estar. Passei meus braços em volta da sua cintura e a puxei para junto do meu corpo. – Vem comigo, eu vou cuidar de você! – Sussurrei em seu ouvido e ela deitou a cabeça em meu ombro. Entrei no quarto de Gabriela sentando-a na cama, como não tinha muita roupa para ser retirada Gabriela foi logo deitando-se, mas não permiti que ela pegasse no sono, levei Gabriela para o banheiro mesmo sobre inúmeros protestos por sua parte, ela m*l se aguentava em pé e eu anotei mentalmente o quanto deveria lembrar de não deixa-la beber daquela forma nunca mais, ela era engraçada bêbada, mas também conseguia ser ainda mais teimosa do que o normal. – Vamos lá Biela, me ajuda garota, você está me molhando inteira! – GELADA! – Foi à única coisa que Gabriela falou protestante determinada a sair do Box. – É eu sei, mas você precisa. O que diabos deu em você para beber dessa forma garota? – Eu não estou bêbada, eu até sei fazer um quatro ô... – Gabriela fez um dois deduzindo ser um quatro e sorri com aquela cena. – Aham, é eu estou vendo como você está na mais perfeita consciência. Agora vem, vamos para cama! Guiei Gabriela em direção ao quarto e a coloquei sentada em sua cama enquanto fui até o guarda roupas em busca de algo confortável para ela vestir, tirei de lá um short folgado que eu sabia que ela gostava e um moletom cinza para aquecê-la. – Toma, veste isso! Era impossível não me divertir com aquela Gabriela bêbada, ela conseguia ser ainda mais desajeita que o normal. Observei ela pegando o moletom e sua tentativa frustrada de passar a cabeça pelo o mesmo o que deixou seu cabelo todo bagunçado, os braços de Gabriela ficaram emaranhados nas mangas do moletom e tudo que ela não tinha conseguido fazer era cobrir a parte superior do seu lindo corpo. – Deixa eu te ajudar com isso! Me aproximei de Gabriela que ainda estava sentada na cama peguei o moletom e comecei ajuda-la com aquela tarefa aparentemente complicada para a garota a minha frente. As coisas começaram ficar literalmente estranhas quando fui ajuda-la com o short, quando meus dedos tocaram levemente as coxas expostas da garota vi sua pele arrepiar e Gabriela soltou um gemido baixo, porém rouco, meu corpo pareceu responder, senti uma adrenalina tomando conta de mim, mas tentei afastar aqueles pensamentos. – Prontinho, está pronta para a cama. – Falei com divertimento tentando deixar o clima melhor. Doce ilusão a minha! – Você vai me levar para cama é? – Gabriela falou com divertimento e percebi o duplo sentido naquela pergunta – NÃO! Pelo o amor de Deus, não é isso que você... Mesmo com dificuldade Gabriela levantou-se e me agarrou pela cintura puxando-me para junto do seu corpo me pegando totalmente de surpresa e me deixando sem reação, jamais tivemos um contato parecido com aquele, mas eu poderia dizer naquele momento que a pegada de Gabriela era de tirar o fôlego, claro que se fosse em outra ocasião eu estaria tendo um colapso naquele momento sem saber como agir. Sentir a respiração de Gabriela tão próxima do meu rosto enquanto nossos corpos estavam grudados era algo alucinante, mas ainda me restava um pingo de sanidade mental e logo lembrei que ela estava completamente bêbada, aquela não era a minha Biela. – Você está bêbada e não sabe o que está fazendo, vem deitar! – Falei em um fio de voz que ainda me restava. Gabriela não pareceu disposta a me dar ouvidos, a garota cuidadosamente inclinou a cabeça para meu pescoço me deixando entorpecida com aquele contato. A garota inicialmente apenas cheirava o local, mas logo distribuiu alguns pequenos beijos pela região me causando arrepios e despertando sensações desconhecidas por mim. – Você tem cheiro de morango! Você sabia que morangos é minha fruta preferida? Gabriela sussurrou em meu ouvido me fazendo suspirar, ela deixou um beijo molhado naquela região e eu já estava completamente tomada por um desejo que parecia ter despertado como um vulcão em erupção, mas infelizmente uma parte de mim foi despertada quando senti o cheiro forte de álcool saindo da boca dela. – Você é incrível! – Falei amorosamente. – Porque tem que está bêbada? Mesmo me estapeando por dentro e lutando contra milhões de EUS naquele momento eu precisei ser mais sensata, afastei lentamente Gabriela do meu corpo e lhe fiz um carinho no rosto quando nossos olhos encontraram-se. – Você não me acha atraente o suficiente para ficar comigo? – Olhei espantada para a figura de Gabriela que apesar do seu estado deplorável tinha em seus olhos o que parecia ser uma magoa. – Você não sente nada por mim, não é mesmo? – Não é isso Biela – Respondi com paciência passando o polegar por seus lábios, carinho esse que provavelmente ela jamais lembraria na amanhã seguinte. – Eu nunca me arrependeria de ficar com você, eu já te disse que te acho linda? – Gabriela falou com um tom de voz calmo, porem arrastado. Ela grudou nossas testas deixando aquela situação ainda mais complicada. – Heitor tem sorte de beijar sua boca e eu sou uma completa i****a. Gabriela falou aquelas ultimas palavras com tristeza e lágrimas nos olhos, eu estava sem entender absolutamente nada, porque Gabriela estava fazendo e falando tudo aquilo? Nunca ela deu indícios de qualquer interesse em mim, então porque agora? Será que aquilo era apenas uma carência despertada pelo o efeito do álcool em suas veias? – Você não é i****a, bom, talvez às vezes! Mas não é isso que me impede de ficar com você Gabriela – Fiz ela olhar em meus olhos como se estivesse falando com uma pessoa completamente em sua perfeita consciência. – Eu só não quero que façamos coisas impensadas com você nesse estado, eu te conheço o suficiente para saber o quanto você se arrependeria amanhã. Somos amigas e eu não quero que nada mude isso e só para deixar claro, eu e Heitor não temos nada. – É, somos amigas! – Gabriela repetiu as minhas palavras com tristeza na voz. – Você está cansada, meu anjo, vem deitar! – A puxei em direção à cama e ela foi sem relutância. – Deita comigo? Preciso de você! – Ela pediu fazendo bico com cara de cachorro que caiu da mudança e eu sorri. Às vezes eu esquecia como Gabriela conseguia qualquer coisa fácil de mim. – Ok mocinha, não vou te deixar sozinha combinado? – Gabriela sorriu abertamente e segurou minha mão que estava estendida para ela – Agora vem cá! Deitei-me ao lado de Gabriela e ela se aninhou no meu peito não tardando a dormir. Fiquei ali fazendo carinho em seus cabelos enquanto olhava para o teto e pensava em tudo que tinha acontecido essa noite. Se Gabriela soubesse o quanto sou apaixonada por ela jamais me perguntaria se eu não a achava atraente. Eu não entendia o porque de Gabriela ter falado aquelas coisas, a garota jamais me deu qualquer indicio de sentimento, então aquilo tudo só poderia ser carência provocada pela bebida em seu cérebro, mas uma coisa eu tinha certeza, há muito tempo tenho um sentimento guardado dentro do meu coração pela minha melhor amiga, porém sempre foi um sentimento oculto, eu nunca havia tido a coragem de falar com ninguém sobre isso, eu não poderia decepcionar minhas mães que já haviam me tirado de um orfanato, ter uma relação com Gabriela poderia causar problemas entre minhas mães e minhas tias, além disso eu não estava disposta a correr o risco de confessar isso a Gabi e nossa amizade ficar estranha já que a garota nunca demonstrou um sentimento que fosse além de amizade, então eu sempre soube que o máximo que eu teria de Gabriela em meus braços seria em momentos como esse onde como sua melhor amiga eu cuidaria dela até que adormecesse. A porta do quarto foi aberta me triando dos meus pensamentos e o rosto da minha Dinda foi revelado, ela estava com um misto de preocupação e cansaço. – E então, como ela está? – Ela me perguntou olhando para a filha ao meu lado – Agora está bem, mas amanhã vai está péssima. – Falei e olhei para Gabriela que dormia tão tranquilamente que parecia um anjo. – Dei um banho gelado e logo ela adormeceu aqui, não se preocupe dinda! – Não tenho duvidas! Não sei o que deu na minha filha, mas confesso que estou com medo de descobrir. – A festa acabou? – Perguntei tanto mudar o assunto. – Hanna estava fazendo essa gentileza e eu precisei trazer o Mauricio para o quarto. Ele não estava tão diferente da irmã, alias, isso me faz lembrar que eu preciso saber o que diabos colocaram nas bebidas desses garotos. Eu poderia esperar isso de Heitor, mas não dos dois mais sensato dessa casa. – Eles só exageraram um pouquinho! – Tentei apaziguar a situação. – A Gabriela ultrapassou todos os limites e você sabe disso Isa, ela comportou-se como uma criança e não como a mulher de 25 anos que é. – Eu sei dinda, mas tenta pegar leve com ela, a senhora sabe que a Biela não é irresponsável. Deve existir uma explicação plausível para ela agir assim. – Eu sei Isa, e é justamente esse o meu medo, a explicação por trás desse comportamento. Os olhos da tia Marcela me fitavam de forma avaliativa como se buscassem por resposta de algo que eu não sabia o que era. Eu continuava deitada com Gabriela em meus braços e não me movimentava para que ela não acordasse e minha dinda parecia analisar essa situação o que acabou me deixando constrangida e mesmo contra vontade resolvi me afastar. – Bom, eu acho que ela não acorda mais hoje, então vou descer acho que minhas mães estão esperando. Afastei lentamente Gabriela do meu corpo e me levantei da cama, ajeitei almofadas ao redor do seu corpo para ela que ela ficasse confortável, cobri Gabriela e fui em direção ao banheiro pegando uma aspirina, escrevi um bilhete e deixei junto com o remédio no criado mudo ao lado da cama. Dei um beijo na testa de Gabriela sob o olhar indecifrável de tia Marcela. – E então, vamos descer? – Perguntei calma – Isa, o que aconteceu entre você e o meu filho... Bom, não quero me intrometer, mas espero que saiba o que estão fazendo. – Ela me falou calma, porém firme. – Nós não temos nada, dinda. Eu fui pega de surpresa assim como vocês, porém o Heitor falou que estava apaixonado e... Bom, ele falou de namorar, mas não terminamos a conversa. – Eu amo meus filhos e te amo como se fosse minha, não quero ver confusão entre vocês. Vocês já são adultos e não posso intervir em nada, mas preciso dizer que estou atenta a tudo e a todos. – Tia Marcela me fez um carinho no rosto como se aquilo pudesse explicar coisas desconhecidas por mim. – Vamos descer! Dei uma última olhada em direção a Gabriela respirei fundo e segui com tia Marcela em direção à porta do quarto.
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