MANUELA NARRANDO
PESADELO- Você visitar ele. Sozinha. _ eu gelei quando eu ouvir essa frase. Quando o telefone tocou nas minhas mãos eu já sabia que era coisa r**m, mas nem tanto assim.- fala alguma coisa p***a. Não é a fiel dele._ eu n**o com a cabeça. Mas a minha voz some. Diante da voz dele que é grave, irritada.
MANUELA- pesadelo... por favor… _ minha garganta queimava - eu não quero fazer isso, eu não… eu não posso! Sabe que eu nunca quis isso. _ eu falo e escuto a respiração de raiva dele do outro lado.
PESADELO- tu pode e tu vai. Vai fazer o que eu mandar, como eu mandar e vai entrar lá para ajudar o meu irmão no que ele precisar. ou acha que tudo que teve nesses anos foi de Graça Manuela? _ fico em silêncio. Ai escuto, mais baixo, só que de uma forma mais perigoso- se eu tiver que sair de onde estou para ir atras de você, não vou ter a mesma paciência que meu irmão. _ A ligação cortou. Meu corpo inteiro desabou numa cadeira velha. Eu precisava respirar. Precisava correr. Precisava desaparecer. Mas correr para onde? Eu não tenho família. Não tenho amigos próximos. Não tenho dinheiro. Não tenho nada. Terror e deixou nas mãos dele... ele é perigosos e c***l, mas pesadelo consegue ser ainda mais e, eu mesma nunca estive de frente com ele.
Meu celular vibrou de novo, minhas pernas falharam. Eu quase deixei cair. Mas atendi.
MANUELA- eu juro que não consigo… eu tenho medo… por favor, não faz isso comigo…_ minhas palavras saíam atropeladas. - Não por favor, não, eu te imploro não. _ eu supliquei, na ligação... Eu ainda sou virgem, por favor não. _ e então eu escutei Moça? _ uma voz masculina, firme, profunda. - Você está bem? Quem está falando? _ eu não sabia o que fazer... se eu dissesse algo para ele, eu poderia morrer antes de ele me achar, se é que ele poderia me achar no meio do alemão. - Moça está me escutando. _ eu ouvia eu ouvir ele. _ a linha claramente esta cruzada e eu tinha uma chance de pedir socorro.
Minhas mãos tremiam. Eu nunca tinha falado com um desconhecido assim. Muito menos com uma voz que parecia… segura. Forte. Diferente de tudo que eu conhecia. E talvez fosse isso que fez as palavras escaparem.
MANUELA- Ele… ele quer que eu vá lá _ sussurrei. - Eu não quero. Eu não posso. Ele vai me machucar se eu não for…
PESADELO- ta falando com que p***a. _ Olhei para a porta, como se pesadelo pudesse surgir a qualquer momento. A voz dele pareceu ficar presente na minha frente. minha respiração começou a falhar. Eu me encolhi na cadeira, sentindo o choro subir. A ligação começou a chiar. e eu não ouvi mais a outra voz. Era só o pesadelo ali.
Eu entrei em pânico. Toquei na tela sem pensar e desliguei. O telefone voltou a tocar. Fechei os olhos, suando frio.
PESADELO- se desligar essa p***a de novo, eu vou te quebrar. _ a voz dele vinha lenta, c***l- te quero na rocinha em vinte minutos. eu mando te buscar. Não enrola e não faz graça. _ eu choro ainda mais.
MANUELA- Por favor… não faz isso comigo… _ minha voz falhou em meio a desespero.
PESADELO- Vinte minutos. _ A ligação desligou.
Eu fiquei ali, imóvel, sentindo as paredes apertarem meu corpo. Sozinha. Sem saída. Sem ar. E com uma voz desconhecida ecoando na minha mente.
“MOÇA ME FALA AONDE ESTA?”
Foi a última coisa que eu ouvir ele falar... Por que alguém que eu nem conheço ajudaria?
Quem ele era? Polícia? Morador? Um bandido de facção rival? Ou apenas… alguém que ouviu meu desespero e decidiu não virar o rosto? Eu não sabia.
Mas naquele momento, quando o medo me sufocava, eu desejava com todas as forças que ele ligasse de novo. Porque, pela primeira vez em muito tempo, alguém soou como… esperança.
Olhei na tela do celular e já tinha se passado dez minutos que eu estava imersa aos meus pensamentos.
Me levanto da cadeira e coloco uma roupa, a mais coberta, larga e desarrumada que eu poderia ter. me apeguei na esperança de que a roupa me livraria de ter que ir até aquele presidio. Para ser o que eu sei que eles querem... a mulher do chefe, a visita intima dele.
[...]
Escuto baterem na porta e vejo o vapor piolho... de todos aqui, ele é o único descente. O único com caráter pelo que aprece. Pois ele é o único que me trata com respeito.
PIOLHO- eu sinto muito Manu. _ ele fala e eu encho os meus olhos de lagrimas. Eu conheço a irmã dele. Elaine o nome dela, linda.
MANU- o que eu faço para me livrar disso? _ ele me olha com pesar.
PIOLHO- queria poder te ajudar. _ ele fala e me dá passagem. - Vamos andando, senão eu me enrolo. _ concordo e entro no carro. -Mas se posso te da um conselho..._ eu o olho e concordo- não fica pedindo para não ir, não implore, não chore. Porque isso vai deixar eles com ainda mais raiva e vão te machucar. _ eu passo a língua nos lábios no banco de trás.
MANU- quando eu estava falando com o pesadelo, a ligação cruzou com outra e um homem perguntou onde eu estava. _ ele me olha.
PIOLHO- quem? _ ele pergunta.
MANU- não sei. Eu acho que ele não me ouvia. Ou só eu ouvia ele. _ não sei. _ falo. - Ele perguntou onde eu estava... ele parecia querer me ajudar. _ ele me olha.
PIOLHO- só um milagre para isso aconteceu Manu. _ ele fala e eu deixo as lagrimas que posso cair dentro do carro.
[...]
Quando eu vejo o carro subindo a rocinha, meu corpo começa a tremer. As minhas mãos já estavam até enrugadas de tanto suar.
PIOLHO- é aqui. _ ele fala quando para o carro. Um homem abre a porta de trás e eu desço quase que caindo no chão de tanto que eu tremia.
PESADELO- você vai ir no presidio em três dias. _ eu o olho na mesa. Ele parece o terror, só que mais velho, mas frio e mais tenebroso- vai levar o que eu manda e, como eu manda. _ eu só escuto. - Sem conversa, sem gracinha e sem atraso. _ eu o olho e seguro para não chorar. Ele joga uma maço de dinheiro na mesa. - compra tudo o que ele precisar, vou manda a lista._ eu respiro fundo e pegou o dinheiro.- espera._ ele fala quando o celular toca.- fala._ ele fala no celular e eu não escuto nada- ela é linda mesmo._ engulo seco com o seu olhar em mim- sabe que ela é virgem?_ vejo o olhar de maldade dele.- depois quero provar._ ele fala e passa a língua nos lábios e ai eu fico com ainda mais medo.- vou deixa ela primeiro pra você, só por esta onde está._ ele sorri, mas o sorriso dele é perverso. m*****o e cheio de maldade. - Se cuida ai. _ ele fala e desliga. - Sábado as três pilho vai te levar no presidio. _ eu só concordo com a cabeça- mete o pé agora. _ sinto o corpo gelar. Quase não consigo sair do lugar. Mas reúno forçar e sigo meu caminho para fora da sala e se eu pudesse eu correria... correria para e sem olhar para trás. Mas o que eu faço é entra no carro que eu vim e volto para o alemão em silencio e em meio ao choro.
Agora é só deus para me tirar desse inferno que eu estou passando.
VAMOS COMENTAR, VOTAR.
O PRÉ LANÇAMENTO É DIA 10/12
LANÇAMENTO 15/12.