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O CAPITÃO DO BOPE E A BABÁ DO MORRO- Linhas cruzadas.

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intro-logo
Blurb

Gabriel, capitão do BOPE, vive o pesadelo de perder a esposa após uma retaliação brutal comandada por um chefe do morro. A tragédia não apenas destrói sua família, mas também afeta profundamente sua filha de cinco anos, que, traumatizada pela perda da mãe, para de falar e se fecha para o mundo, comunicando-se apenas com o pai, mas sem usar palavras.Com a necessidade de voltar ao trabalho, Gabriel procura desesperadamente alguém que possa cuidar da filha e ajudá-la a superar o trauma. É nesse contexto que a vida de Manuela, moradora do Complexo do Alemão, cruza seu caminho.Manuela é uma jovem cheia de sonhos, mas com poucos recursos para realizá-los. Morando sozinha desde os quinze anos, após perder os pais em uma invasão, ela sobrevive diariamente no morro e tenta escapar das investidas de um chefe local, que a deseja como sua mulher.A situação de Manuela se agrava quando, numa noite, o chefe do morro é preso e exige que ela o visite intimamente. A jovem começa a receber ligações dele, vivendo sob constante ameaça. Em uma dessas chamadas, um número desconhecido cruza sua linha, ouvindo seu pedido de socorro, ao implorar para não ter que fazer e nem ir aonde o chefe do complexo do alemão ordena... mas o estranho, intrigado e movido pelo apelo, decide encontrá-la a qualquer custo.Em meio à violência urbana e à busca por redenção, Gabriel e Manuela veem suas vidas se entrelaçarem de forma inesperada, enquanto enfrentam perigos e dilemas em busca de proteção, liberdade e esperança e uma amor que nenhuma dos dois sabia que poderia existir.

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01 GABRIEL ALENCAR
GABRIEL NARRANDO O barulho da porta-balcão batendo com o vento foi o primeiro som que me tirou da pisão que a minha mente muitas vezes se tornar. A casa estava silenciosa demais. Silenciosa do jeito que dói. Antes… sempre havia o riso dela ecoando pelos corredores, contando histórias inventadas enquanto penteava os cabelos da nossa filha. Agora, silêncio. Silêncio e fantasmas. Passei a mão pelo rosto, afastando o peso de mais uma noite m*l dormida, e olhei para a sala iluminada pelo sol que começava a nascer. Minha filha estava ali, sentada no sofá, abraçada ao ursinho que carrega de um lado para o outro desde… desde o dia em que tudo acabou. Sofia tem cinco anos. Cinco anos e olhos mais velhos que a própria idade. Olhos que viram o que criança nenhuma deveria ver. GABRIEL- Bom dia, minha princesa_ murmurei, me aproximando devagar. _ Ela levantou os olhos para mim, mas não respondeu. Mas já tem semanas, na verdade quase dois meses que ela não responde nada. A única coisa que faz é levantar os bracinhos para que eu a pegue no colo. E eu pego. Sempre. Porque é assim que ela diz “eu te amo”, “eu estou aqui”, “não me deixa”. segurei minha menina contra o peito, sentindo o cheirinho de shampoo infantil misturado ao perfume suave dela. Um nó apertou minha garganta. Não posso desmoronar. Não na frente dela. Eu me chama Gabriel Alencar, tenho trinta anos, sou moreno, cabelos castanhos, olhos verdes e sou Capitão do BOPE. Sou nascido e criado no rio. Meus pais são pessoas avulsas na minha vida. Fui criado pela minha avó e por meu avô que já não são mais vivos. Foram esses dois serem de alma iluminada que me fizera o homem que eu sou hoje. O homem que eu fui e que sempre vou ser, mesmo em meio a tanta dor. Estou no Bope desde os meus vinte e dois anos. Me tornei capitão com vinte e seis anos e desde então estou fazendo o meu trabalho da melhor forma que posso. Já comandei invasões, negociei rendições, coloquei joelho no chão por civis que eu nem conhecia. Mas nada me preparou para perder minha esposa numa retaliação covarde de um desgraçado que se por ser dono do morro... acha que domina o mundo. Nada me preparou para viver esse momento e ver minha filha se quebrar por dentro. E agora… agora o tempo está acabando. Preciso voltar ao batalhão em breve. Preciso voltar para a rua. Mas não posso deixá-la com qualquer pessoa. GABRIEL - A gente vai dar um jeito, filha_ prometi, mesmo sem saber como. Mas sabendo que ela quer saber o que está acontecendo, mesmo pequena. [...] Depois de dar um banho na minha filha e preparar ela para escola, sentei ela na cadeira da mesa da cozinha e coloquei o café na mesa, mesmo sabendo que ela m*l tocaria na comida. Desde a morte da minha mulher tem sido assim... Sofia apenas sentou, apoiou o queixo nos joelhos e ficou me observando. É assim que ela fala agora... com os olhos. E eu aprendi a traduzir cada olhar como se fosse um idioma que só nós dois entendemos. Ela não fala, a quase dois meses não sei o que é ouvir a voz da minha mulher. Coloquei o suco na sua frente e meu celular vibrou no bolso e, só pelo toque, reconheci o chamado. LIGAÇÃO ON DANILO- Capitão Alencar, precisamos do senhor na base. Urgente. _ escuro o cabo da minha equipe falando. GABRIEL- Eu ainda estou de licença, cabo. _ eu falo curto e grosso como sempre fui. DANILO- Eu sei, senhor. Mas… é sobre o Complexo do Alemão. _ O nome do lugar reacendeu tudo dentro de mim. O cheiro de pólvora, o sangue no chão, o grito sufocado da minha esposa… e a cara do desgraçado que a tirou de mim. Fechei os olhos por um segundo. Respirei fundo. Mas minha filha percebeu. Sempre percebe. Ela veio até mim e segurou meu dedo com a mãozinha miúda, como quem tenta me trazer de volta para casa. GABRIEL- Eu falo com vocês mais tarde _ respondi, desligando. LIGAÇÃO OFF Eu precisava resolver minha vida primeiro. Precisava de alguém que ficasse com Sofia, alguém de confiança, alguém que ela aceitasse. E isso parecia impossível. Entrei no carro com a Sofia, para levar ela na escola. Desde que tudo aconteceu, a vinte dias ela voltou para escola. A professora diz que ela faz tudo, entende tudo e quando não entendi, eles tentam entender ela. Eu fico na porta da escola, da hora que ela entra, até a hora que sai e agora que eu tenho que voltar, eu estou perdido e sem saber o que fazer... porque mesmo que eu consiga alguém para cuida dela. Eu ainda não vou confiar em deixar ela aqui sozinha. Enquanto eu dirijo a minha mente me leva a quase três meses atras. LEMBRANÇAS ON GABRIEL- SAMANTHA..._ grito o nome dela como se tudo na minha dependesse desse grito... e dependia, pois, Samantha era a minha mulher- SAMANTHA FALA COMIGO. _ eu gritava de novo. SAMANTHA- AMOR EU TO AQUI. _ a voz dela sai pesada, com dor, com choro, com medo. GABRIEL- VAI FALANDO AMOR, EU VOU TE ACHAR, FALA. _ a dor a cada palavra era imensa, mas não dava para fraquejar ali, não naquele momento. SAMANTHA- AMOR ME TIRA DAQUI. _ ela chorava e, chorava e eu estava com vinte homens do Bope, no meio de uma beco no complexo do alemão, enquanto mais cem estava no meio do morro trocando tiros. TERROR- acha mesmo que vai achar ela? _ escutei a voz dele e meu sangue ferveu de ódio. GABRIEL- seja homem para lidar comigo seu filho da p**a. _ falei percebendo que ele estava por perto. TERROR- eu estou lidando com você, tu ta aqui não ta? _ pergunta eu seguia a voz dele. BRUNO- calma capitão. _ bruno, meu amigo e meu sargento falava atras de mim enquanto íamos para uma casa. SAMANTHA- NÃO... NÃO... POR FAVOR NÃO.... _ o grito dela o desespero dela me consumia, fiz sinal para os meus e invadimos a casa e a visão que eu tive foi a pior da minha vida. - Amor..._ vi a minha mulher nua em cima de uma mesa, ela estava destruída, machucada, ferida e claramente violentada. GABRIEL- vou te tirar daqui. _ quando falei isso o filho da p**a apareceu. TERROR- gostou de como eu deixei ela para você. _ olhei para ele e mirei os olhos do maldito. GABRIEL- você vai pagar por isso. _ ele sorrio do jeito mais perverso que eu já vi na minha vida e eu já vi de tudo, na minha vida. SAMANTHA- amor..._ ela sussurrou atras de mim. Eu olhei para os meus e fiz sinal com as mãos. Erem vinte dentro da casa, terror com a mesma quantidade, mas dali ele só saia preso ou morto. GABRIEL- eu vou te matar seu desgraçado. _ eu falei para ele que negou e riu na minha cara. TERROR- não vou não..._ ele afirmou. - Vocês são bons demais para matar algum e nós. _ olhei para ele e naquele momento uma grande explosão aconteceu. Fomos jogados um pouco para cada lada. Era como estivessem dividindo o Bope e o tráfico. Quando acordei o morro estava em uma guerra ainda pior. O Bope enfrentava não só o alemão, mas a maré que entrou para tomar o morro. Naquele momento, eu não tinha como pensar em nada e, nem em ninguém além da minha mulher. Olhei pra Samantha entre os escombros e eu mais o bruno e quatro soldados tiramos ela de lá. Foram quase uma hora para conseguir descer o morro e dos cento e vinte que subiram comigo, somente noventa desceu. CONTINUA... VAMOS DE MAIS UM LANÇAMENTO.

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